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Meirelles diz que BC pode tomar medidas 'impopulares'

Caio Quero | 18:38, sexta-feira, 26 fevereiro 2010

Pouco mais de duas semanas antes da reunião do Copom que decidirá pela manutenção ou não da taxa básica de juros, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, afirmou que medidas "" podem fazer parte da atuação da instituição.

"Atuar de forma consistente significa também não evitar decisões tecnicamente justificadas que, no curto prazo, possam parecer antipáticas ou impopulares, mas que visam, sim, ao bem comum", disse Meirelles durante a posse do novo diretor para assuntos internacionais do BC, Carlos Hamilton Vasconcelos Araújo.

As declarações foram feitas em um momento em que analistas e agentes do mercado esperam que o Copom aumente a taxa básica de juros - que atualmente encontra-se em 8,75% - devido à pressão inflacionária, o que já foi sinalizado na da última reunião.

O aumento na taxa de juros é criticado por alguns setores, inclusive dentro do próprio governo, que temem que uma taxa maior comprometa o crescimento econômico.

Um eventual aumento Selic, no entanto, pode ser utilizado como uma forma de controlar a inflação, que no último mês de janeiro teve seu maior crescimento desde maio de 2008.

A próxima reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central está marcada para os dias 16 e 17 de março.

Durante seu pronunciamento nesta sexta-feira, Meirelles também afirmou que as eleições deste ano não devem influenciar as decisões do BC.

"Enganam-se aqueles que esperam por mudanças na conduta política do BC em função do calendário cívico", disse.

Confiança da indústria alcança maior nível desde 2007

Caio Quero | 11:55, sexta-feira, 26 fevereiro 2010

O otimismo dos empresários brasileiros com relação à situação da economia nos próximos meses e sua avaliação sobre o cenário atual melhoraram entre janeiro e fevereiro, atingindo seu maior nível em mais de dois anos, segundo dados da .

O Índice de Confiança da Indústria (ICI), divulgado pela FGV nesta sexta-feira, apresentou um crescimento de 1,9% em fevereiro, passando para 115,8 pontos - o maior nível desde dezembro de 2007 e o terceiro maior da série histórica iniciada em abril de 1995

Segundo a FGV, das 1.056 empresas entrevistadas para a composição do índice, 32% avaliam a situação atual dos negócios como 'boa', em uma leve queda em relação a janeiro, quando o nível era de 35%.

A proporção de empresas que avaliam a situação atual como 'fraca', no entanto, teve uma queda maior, passando de 11,5% em janeiro para 8% em fevereiro.

De acordo com a FGV, os indicadores que avaliam o otimismo dos empresários em relação aos próximos meses tiveram melhora em todos os quesitos, com destaque para as perspectivas de contratações.

Entre as empresas consultadas, 31,3% dizem que pretendem aumentar o número de empregados no trimestre que vai de fevereiro a abril, e apenas 3% preveem demissões.

Banco do Brasil registra maior lucro da história do setor

Caio Quero | 12:43, quinta-feira, 25 fevereiro 2010

O lucro de R$ 10,148 bilhões em 2009 anunciado pelo nesta quinta-feira é o maior já registrado por uma instituição brasileira de capital aberto, de acordo com a consultoria Economática.

Segundo o levantamento, em segundo lugar no ranking de maiores lucros de bancos brasileiros aparece o Itaú Unibanco, que faturou R$ 10,067 bilhões também em 2009.

No ranking dos dez maiores lucros históricos dos bancos brasileiros, no entanto, a instituição que aparece mais vezes é o Bradesco, em quatro oportunidades, contra três registros para o BB e outros três para o Itaú Unibanco.

De acordo com o Banco do Brasil, o lucro líquido registrado em 2009 foi 15,3% maior que o obtido em 2008.

Desemprego volta a subir, mas é o menor para janeiro

Caio Quero | 11:17, quinta-feira, 25 fevereiro 2010

Depois de quatro quedas consecutivas, o desemprego voltou a subir no mês de janeiro, registrando uma alta de 0,4 ponto percentual em relação a dezembro, o que fez com que a taxa de desocupação fechasse o mês em 7,2%, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira pelo .

Apesar do ligeiro aumento em janeiro - quando há tradicionalmente um crescimento na desocupação - o resultado é o melhor para o mês de toda a série histórica iniciada em 2003.

O melhor resultado anterior havia sido registrado em janeiro de 2008, quando a taxa foi de 8%.

Quando a comparação é feita com janeiro de 2009, a taxa de desocupação no mês passado recuou 1 ponto percentual, com uma diminuição de 10,7% da população desocupada.

Já o rendimento médio dos trabalhadores apresentou uma diminuição de 0,4% em relação ao mesmo período do ano passado, passando a ser de R$ 1.373,50. O número, no entanto, aumentou 1,1% em relação a dezembro.

Dilma escapa de depor no Senado, mas cresce pressão por caso Telebrás

Caio Quero | 16:24, quarta-feira, 24 fevereiro 2010

No mesmo dia em que escapou de ser obrigado aver a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, tendo que explicar o polêmico Programa Nacional de Direitos Humanosno Senado, o governo começa a sentir aumentar a pressão das denúncias sobre suposto tráfico de influênciado ex-ministro José Dirceu.

Em uma reação a uma reportagem do jornal ,que sugere que Dirceu teria recebido pelo menos R$ 620 mil de um grupo empresarial que seria beneficiado com a eventual reativação da Telebrás, como promete o governo, o presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Ophir Cavalcante, cobrou explicações do presidente Lula.

"O governo Lula não pode ficar com essa pecha, essa acusação de tráfico de influência de um ex-ministro, e precisa dar uma explicação à sociedade brasileira neste momento", disse Cavalvante.

As denúncias também geraram reações de deputados do PSDB e fizeram com que o líder do DEM na Câmara, deputado Paulo Bornhausen, defendesse a instalação de uma CPI para investigar as acusações.

PNDH

Na outra casa do Legislativo, no entanto, a bancada governista conseguiu aprovar um requerimento que evita o desgaste de um depoimento da pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, na Comissão de Constituição de Justiça no Senado.

Dilma havia sido convocada para prestar explicações sobre o Programa Nacional de Direitos Humanos no último dia 10 de fevereiro.

Na audiência, a oposição pretendia questioná-la sobre pontos polêmicos do projeto, como as questões relativas ao aborto, à monitoração dos meios de comunicação e ao tratamento legal para as ocupações de terra.

Por meio de um requerimento de autoria do líder do governo no Senado, Romero Jucá, a convocação de Dilma foi substituída pela do ministro Paulo Vannuchi, da Secretaria Especial de Direitos Humanos.

Paulo Octávio renuncia ao governo do Distrito Federal

Caio Quero | 21:06, terça-feira, 23 fevereiro 2010

Alvo de processos de impeachment na Câmara Legislativa do Distrito Federal e acusado de participação em um suposto esquema de corrupção que ficou conhecido como 'Mensalão do DEM', o governador em exercício do DF, Paulo Octávio, apresentou sua renúncia ao cargo nesta terça-feira.

Octávio enviou uma carta com sua renúncia à Câmara do DF pouco depois de ter pedido sua desfiliação do partido Democratas, cuja cúpula deveria se reunir na próxima quarta-feira para decidir sobre sua expulsão.

Na carta, que foi lida na Câmara do DF, Octávio afirma não ter conseguido o apoio necessário para continuar no governo e disse que "sai da cena política e me coloco nas fileiras da cidadania".

Com a renúncia de Octávio, que era o vice do governador afastado, José Roberto Arruda, preso no último dia 11 de fevereiro, quem assume o cargo, de acordo com a linha sucessória, é o presidente da Câmara Distrital, Wilson Lima, do PR.

O anúncio da renúncia acontece menos de uma semana depois de Octávio ter surpreendido analistas, aliados e rivais ao anunciar que permaneceria no governo do DF, apesar das dificuldades para conseguir apoio. Na ocasião, no entanto, ele já havia afirmado ter uma carta de renúncia pronta.

A renúncia de Octávio deixa ainda mais complicada a situação política do Distrito Federal e pode dar mais argumentos aos defensores de uma intervenção federal em Brasília, que ainda deve ser analisada pelo Supremo Tribunal Federal.

Na próxima quinta-feira, o Supremo deve analisar um pedido de habeas corpus para o governador afastado do DF, José Roberto Arruda, que está preso preventivamente, acusado de tentar obstruir as investigações sobre o caso.

Paulo Octávio pede desfiliação do DEM

Caio Quero | 16:03, terça-feira, 23 fevereiro 2010

O governador em exercício do Distrito Federal, Paulo Octávio, entregou nesta terça-feira uma carta em que pede a desfiliação do Democratas, de acordo com a assessoria do presidente do partido, deputado federal Rodrigo Maia.

Com a iniciativa, Octávio - que é acusado de participação no esquema que ficou conhecido como 'Mensalão do DEM' - se antecipa à decisão da Executiva Nacional do partido, que se reuniria na próxima quarta-feira para analisar sua expulsão.

De acordo com informações da Agência Brasil, a carta de desfiliação do governador traria apenas uma frase: "Venho por meio desta comunicar a minha desfiliação do partido."

Paulo Octávio é alvo de cinco pedidos de impeachment na Câmara Legislativa do Distrito Federal e, na última quinta-feira, chegou a afirmar que tem uma carta de renúncia ao governo pronta, mas decidiu permanecer no cargo.

Com a decisão anunciada nesta terça-feira, Octávio segue o mesmo caminho do governador afastado do DF, José Roberto Arruda, que anunciou sua desfiliação do DEM um dia antes de uma reunião que analisaria sua expulsão, em dezembro do ano passado.

Arruda encontra-se detido desde o último dia 11 de fevereiro, acusado de tentar obstruir investigações a respeito do suposto esquema de corrupção.

Na próxima quinta-feira, o plenário do Supremo Tribunal Federal deve julgar um pedido de habeas corpus para Arruda.

Investimento estrangeiro direto é o mais baixo em 3 anos

Caio Quero | 13:27, terça-feira, 23 fevereiro 2010

Os investimentos estrangeiros diretos no setor produtivo da economia brasileira somaram US$ 789 milhões no último mês de janeiro, o pior resultado desde maio de 2007, quando chegaram a US$ 497 milhões, de acordo com informações divulgadas nesta terça-feira pelo .

Segundo o BC, o volume de investimentos estrangeiros diretos no mês passado também ficou bem abaixo do registrado no mesmo período de 2009, quando totalizou US$ 1,9 bilhão.

Para o chefe-adjunto do Departamento Econômico do Banco Central, Túlio Maciel, o mau resultado de janeiro pode ser um reflexo de uma antecipação nos investimentos ocorrida no final de dezembro.

Ainda segundo Maciel, o BC espera uma forte recuperação no volume de investimentos estrangeiros diretos em fevereiro, já com base nos valores registrados até esta terça-feira.

As transações comerciais e financeiras do Brasil com o exterior também apresentaram déficit de US$ 3,8 bilhões em janeiro, resultado também pior do que o do mesmo período de 2009, quando o déficit foi de US$ 2,7 bilhões.

Vendas no varejo crescem 5,9% em 2009

Caio Quero | 11:23, terça-feira, 23 fevereiro 2010

A melhora no poder de compra da população após a crise econômica, a oferta de crédito e as desonerações implementadas pelo governo para estimular o consumo fizeram com que o volume de vendas no varejo registrasse em 2009 um crescimento de 5,9%, de acordo com dados divulgados pelo nesta terça-feira.

Apesar do resultado positivo, o aumento ficou abaixo do registrado em 2008, quando o crescimento no volume de vendas em relação ao ano anterior foi de, apesar da crise que atingiu o país nos últimos meses.

Quando a comparação é feita entre os meses de dezembro e novembro, o último mês de 2009 apresentou uma redução de 0,4% no volume de vendas no varejo, o que, segundo o IBGE, seria uma "acomodação no setor", após sete meses de resultados positivos.

Em relação a dezembro de 2008, quando a crise já atingia o país com força, o volume de vendas em dezembro do ano passado apresentou um aumento de 9,1%.

O setor que teve maior impacto no resultado global de 2009 foi o de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, que teve aumento no volume de vendas de 8,3% em relação ao ano anterior.

Já o setor de móveis e eletrodomésticos apresentou um crescimento de 2,1% no volume de vendas, impulsionado pelo aumento no crédito e pela redução no IPI da linha branca.

Justiça suspende a cassação de Kassab

Caio Quero | 17:41, segunda-feira, 22 fevereiro 2010

Depois de determinar a cassação do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, pelo suposto recebimento de doações irregulares durante a campanha de 2008, o juiz Aloisio Silveira, da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, acolheu nesta segunda-feira um recurso da defesa que suspende a medida até que ela seja analisada pelo Tribunal Regional Eleitoral.

Com a decisão, Kassab e a vice-prefeita de São Paulo, Alda Marco Antonio, permanecem no cargo até o novo julgamento, que ainda não tem data para ocorrer.

O magistrado havia determinado a cassação com base em uma denúncia do Ministério Público Eleitoral, que acusava a campanha de Kassab de ter recebido cerca de R$ 10 milhões em recursos irregulares.

Na manhã desta segunda-feira, o prefeito já havia se defendido das denúncias, afirmando que sua campanha foi feita de forma "correta, transparente e ética" e que as acusações contra ele envolveriam apenas questões técnicas e jurídicas, e não valores morais (leia mais).

Kassab diz que acusações são técnicas, não morais

Caio Quero | 13:06, segunda-feira, 22 fevereiro 2010

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), voltou a se defender nesta segunda-feira das acusações de recebimento de doações irregulares durante a campanha de 2008, que levaram a Justiça Eleitoral a determinar a cassação de seu mandato.

Durante uma inauguração na Zona Leste da cidade, Kassab afirmou que as acusações contra ele envolvem apenas questões técnicas e jurídicas sobre as verbas de campanha, e não valores morais.

"São questões técnicas e jurídicas, não está havendo acusação no campo moral. A acusação é que (as doações) não são legais. A Justiça Eleitoral já mostrou posicionamentos diferentes dizendo que isso não é ilegal", disse o prefeito.

Os advogados de Kassab devem entrar nesta segunda-feira com um recurso contra a decisão que cassou seu mandato.

Com o recurso, a ação que determina a cassação do prefeito - que deve ser publicada no Diário Oficial da Justiça na terça-feira - fica suspensa até que o caso seja definitivamente julgado.

Além de Kassab, tiveram seus mandatos cassados pela decisão a vice-prefeita de São Paulo, Alda Marco Antonio, e oito vereadores.

A sentença do juiz Aloísio Silveira, da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, acata denúncia do Ministério Público Eleitoral que acusa a campanha de Kassab de ter recebido recursos irregulares de uma entidade que serviria de fachada para um sindicato do setor imobiliário, de empreiteiras que seriam acionistas de concessionárias de serviços públicos e de um banco responsável por parte da folha de pagamentos da Prefeitura.

Em nota divulgada no último domingo, a defesa do prefeito afirmou que as doações à campanha de Kassab foram feitas "seguindo estritamente os mandamentos da lei" e que a tese usada pelo juiz para determinar a cassação já teria sido derrotada pelo Tribunal Superior Eleitoral em 2006.

Kassab também recebeu apoio de seu partido. Em nota oficial, o presidente do DEM, Rodrigo Maia, afirmou estar "tranquilo", pois as contas da campanha "estão dentro da lei".

As denúncias contra o prefeito aparecem em um momento delicado para o partido, que se vê envolvido em um escândalo no Distrito Federal que ficou conhecido como "Mensalão do DEM".

Lula diz que não pensa em concorrer de novo em 2014

Caio Quero | 13:39, sexta-feira, 19 fevereiro 2010

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que não pensa em voltar a concorrer à Presidência da República em 2014 caso sua candidata à sucessão, Dilma Rousseff, vença as eleições de outubro.

As declarações foram feitas por Lula em uma entrevista ao jornal publicada nesta sexta-feira.

Na entrevista, acrescentou que, caso seja eleita, Dilma terá "o direito legítimo" de voltar a ser candidata em 2014.

"Ninguém aceita ser vaca de presépio, e muito menos eu iria escolher uma pessoa para ser vaca de presépio", disse o presidente ao responder a uma pergunta sobre se a eleição de Dilma abriria caminho para que ele voltasse em 2014.

"Eu já tive a graça de Deus de governar este país por oito anos. Minha tese é a seguinte: rei morto, rei posto", disse Lula, que afirmou que sua posição em um eventual governo Dilma seria de "torcedor".

Lula ainda afirmou que chegou ao governo maduro, e disse que o fato de ter perdido a eleição de 1989 para Fernando Collor foi "obra de Deus".

"Se eu chego em 1989, com a cabeça do jeito que eu pensava, ou eu tinha feito uma revolução no País ou tinha caído no dia seguinte".

O presidente também disse que, quando deixar o cargo quer "investigar coisas que me pareceram muito estranhas ao longo de todo o processo" do mensalão, afirmando que há "algumas coisas" sobre o escândalo que ele não sabe.

Questionado sobre quem o teria traído no processo do mensalão, o presidente se limitou a responder: "Quando eu deixar a Presidência, eu posso falar".

Paulo Octávio supreende e diz que fica no governo do DF

Caio Quero | 20:16, quinta-feira, 18 fevereiro 2010

Depois de um dia repleto de especulações a respeito de sua possível renúncia, o governador interino do Distrito Federal, Paulo Octávio, surpreendeu analistas, aliados e rivais políticos ao anunciar nesta quinta-feira que permanecerá no cargo.

A em um pronunciamento na sede do governo do Distrito Federal. Horas antes, na manhã desta quinta-feira, Octávio havia se reunido com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

De acordo com o governador - que assumiu o cargo na semana passada, após a prisão preventiva de José Roberto Arruda - o próprio presidente teria recomendado que ele permanecesse no posto.

"Apesar de ter a carta de renúncia já pronta, aguardo mais alguns dias, conforme me recomendou o presidente Lula, para podermos ver o quadro que a Justiça vai apresentar", disse o governador.

Logo após o fim da reunião com o presidente, no entanto, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, havia afirmado que Lula teria dito a Octávio que "não poderia se posicionar" sobre a questão "até a Justiça tomar uma decisão" e que sua eventual renúncia seria "uma questão pessoal".

Em uma nota divulgada logo depois, o Planalto afirmou que teria oferecido apoio "estritamente institucional" ao governador em exercício.

Octávio - contra quem já foram protocolados quatro pedidos de impeachment na Câmara Legislativa do Distrito Federal e que também é alvo de denúncias - disse que uma eventual intervenção federal em Brasília, que está sendo analisada pelo STF, representaria uma "derrota para o povo brasiliense".

Ele tambémgarantiu que não irá se candidatar ao governo do DF nas próximas eleições.

Lula diz que prisão de Arruda deve 'servir de exemplo'

Caio Quero | 17:26, sexta-feira, 12 fevereiro 2010

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira que a prisão do governador licenciado do Distrito Federal, José Roberto Arruda, deve servir "de exemplo" e defendeu um projeto de lei enviado pelo Planalto ao Congresso no ano passado que torna a corrupção crime hediondo.

"Eu espero que o que aconteceu com o Arruda sirva de exemplo para que não possa mais se repetir em lugar nenhum", disse o presidente em umaa uma rádio de Goiânia.

Lula ainda afirmou que "nós precisamos ser mais duros com a corrupção, com o corrupto e com o corruptor", ao defender o projeto de lei que torna crimes hediondos os atos de corrupção cometidos por autoridades de primeiro escalão, aumentando suas penas e tornando-os inafiançáveis.

O presidente também negou ter ficado "chocado" com a prisão de Arruda e defendeu o trabalho da Polícia Federal, que, em sua opinião, agiu sem "pirotecnias" no caso.

"O que a Polícia Federal fez foi aceitar um pedido do próprio Arruda, que pediu para se entregar na Polícia Federal, sem precisar sair de casa algemado. Como também a Polícia Federal não está mais disposta a fazer pirotecnia com quem quer que seja, foi uma atitude correta dele ir lá e se apresentar", disse.

STJ determina prisão preventiva de Arruda

Caio Quero | 17:53, quinta-feira, 11 fevereiro 2010

O (STJ) determinou na tarde desta quinta-feira a prisão preventiva do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, acusado de estar envolvido em um esquema de corrupção que ficou conhecido como o 'Mensalão do DEM'.

Por 12 votos a 2, a Corte Especial do STJ aceitou o pedido de prisão preventiva elaborado pelo Ministério Público Federal e que já havia sido acolhido pelo relator do inquérito que investiga a suposta distribuição de recursos a membros da base aliada do governo do DF, ministro Fernando Gonçalves.

Além de Arruda, outras cinco pessoas com suposto envolvimento no escândalo tiveram prisão preventiva decretada.

A Corte entendeu que Arruda e os outros envolvidos estavam comprometendo as investigações.

Entre os indícios de que haveria tentativas de interferir nas investigações estariam a suposta tentativa de suborno do jornalista Edson Sombra, além de "indícios de autoria e materialidade" dos crimes.

O STJ também determinou que não é necessária autorização do Poder Legislativo para que a prisão do governador seja decretada.

Segundo relatos divulgados pela imprensa, ao saber sobre o pedido de prisão preventiva, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria pedido que a Polícia Federal "não expusesse" Arruda no momento da prisão.

Dilma é convocada para explicar plano de direitos humanos

Caio Quero | 16:35, quarta-feira, 10 fevereiro 2010

Depois de praticamente sumir do noticiário, o, assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no final do ano passado, voltou a trazer dores de cabeça para o governo.

Em uma sessão conturbada na tarde desta quarta-feira, a Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou um requerimento da senadora Kátia Abreu (DEM-TO) que convoca a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, para prestar explicações sobre o PNDH-3.

A convocação - que obriga a ministra Dilma a comparecer diante da Comissão, sob o risco de se acusada de crime de responsabilidade - determina que a provável candidata do PT à Presidência apresente explicações sobre a "constitucionalidade e juridicidade" do programa.

Após a aprovação do requerimento - por 9 votos a 7 - senadores da bancada governista deixaram a sessão como forma de protesto.

O líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante, afirmou que houve um descumprimento das normas do regimento na votação e disse que vai recorrer ao Plenário contra a decisão, de acordo com a.

O PNDH-3 é uma ampla carta de propostas que inclui medidas em áreas como saúde, defesa de minorias, política fundiária, entre outras.

No início de janeiro, a senadora Kátia Abreu, que também é presidente da Confederação Nacional da Agricultura, já havia criticado o plano por criar dificuldades para a reintegração de posse de terras ocupadas ao propor a formação de câmaras de conciliação para conflitos agrários.

Comissão da Verdade

Outro ponto polêmico do PNDH-3, a criação de uma Comissão Nacional da Verdade para a apuração de violações dos direitos humanos durante o período do regime militar, também voltou à tona nesta quarta-feira.

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, anunciou que pediu a exoneração do general Maynard Marques de Santa Rosa do cargo de chefe do Departamento-Geral do Pessoal do Exército após ele fazer críticas à criação da comissão.

O pedido foi feito depois de uma carta atribuída ao general ter sido divulgada publicamente. Nela, o militar classifica os membros da Comissão Nacional da Verdade como "fanáticos".

Jobim afirmou que o pedido de exoneração do general foi encaminhado ao presidente Lula, de acordo com a .

Luiz Paulo Barreto assume Ministério da Justiça

Caio Quero | 13:27, quarta-feira, 10 fevereiro 2010

Na primeira mudança no gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva diretamente relacionada às eleições deste ano, Luiz Paulo Barreto assumiu nesta quarta-feira o comando do , substituindo o petista Tarso Genro, que deve ser candidato ao governo do Rio Grande do Sul.

Durante a cerimônia de posse, Lula elogiou a gestão de Genro e afirmou que Barreto dará continuidade a um trabalho já "consolidado", de acordo com a Agência Brasil.

O presidente ainda afirmou que é difícil trocar um ministro do governo, mas que isso é mais fácil quando ele sai para ser candidato.

"Quando o ministro diz que quer sair porque é candidato, esse é o momento menos sofrível", disse o presidente.

Funcionário de carreira

A escolha de Barreto foi uma espécie de 'solução doméstica' para a substituição de Tarso Genro, já que o novo ministro ocupava o cargo de secretário-executivo da pasta desde 2003.

Funcionário de carreira, Barreto ingressou no Ministério da Justiça em 1983, aos 19 anos de idade, por meio de um concurso público.

Ele também ocupava as Presidências do Conselho Nacional de Combate à Pirataria e do Conselho Nacional de Refugiados (Conare).

Enquanto estava à frente do Conare, o órgão votou pela não concessão de refúgio ao militante de esquerda italiano Cesare Battisti, decisão que depois foi desconsiderada por Genro.

Tarso Genro é o primeiro ministro do gabinete de Lula a deixar o governo para concorrer às eleições. Outros ministros, entre eles Dilma Rousseff, provável candidata do PT à Presidência, devem deixar o governo nos próximos meses.

O prazo final para a desincompatibilização de ministros é o dia 3 de abril.

Indústria se recupera, mas não retoma patamares pré-crise

Caio Quero | 11:34, quarta-feira, 10 fevereiro 2010

Apesar de ter apresentado uma recuperação no final do ano passado, a indústria brasileira não conseguiu superar os efeitos da crise econômica sobre seu desempenho, o que fez com os resultados acumulados de 2009 permanecessem negativos em relação ao ano anterior.

Dados divulgados pela nesta quarta-feira apontam que o faturamento da indústria de transformação em 2009 registrou uma queda de 4,3% em relação ao ano anterior.

Este foi o primeiro recuo verificado desde que a pesquisa foi iniciada, em 2003. Além disso, na média do ano passado frente à média de 2008, o emprego na indústria apresentou uma queda de 3,1% e a massa salarial se reduziu em 1,5%.

O índice de utilização da capacidade instalada (UCI) também não conseguiu superar o nível pré-crise, fechando 2009 como uma queda de 2,8 pontos percentuais em relação a 2008.

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Apesar dos resultados negativos no acumulado do ano, os dados referentes a dezembro apontam que a indústria está passando um processo de forte reaquecimento.

Levando-se em conta os dados livres de influências sazonais, o faturamento da indústria em dezembro cresceu 3,5% em relação a novembro.

Com o resultado, o faturamento real de dezembro supera em 0,2% o patamar de setembro de 2008, quando teve início a crise econômica.

Ainda segundo a CNI, o emprego na indústria no último mês de dezembro registrou um crescimento de 0,4% em relação a novembro, no primeiro aumento para este mês desde o início da séria histórica.Este foi o sexto mês consecutivo de crescimento do indicador.

Inadimplência do consumidor recua em janeiro

Caio Quero | 13:33, terça-feira, 9 fevereiro 2010

A melhora nas condições de crédito após a crise econômica e o uso do 13º salário para o pagamento de dívidas contribuíram para que o índice de inadimplência do consumidor registrasse uma queda recorde em janeiro, de acordo com informações divulgadas pela .

Segundo a consultoria, na comparação entre dezembro do ano passado e janeiro deste ano, houve um recuo de 6,3% na inadimplência do consumidor, o maior percentual de queda para um mês de janeiro desde que o indicador começou a ser divulgado, em 1999.

O recuo geral na inadimplência foi influenciado por uma queda de 16,2% no número de cheques sem fundos devolvidos, além de um recuo de 5,1% nas dívidas com bancos que não foram saldadas.

Os economistas da Serasa, no entanto, afirmam que as compras de Natal ainda não repercutiram no índice de inadimplência de janeiro, embora eles prevejam que o índice continue recuando nos próximos meses.

De acordo com a consultoria, as dívidas com banco representaram a maior parcela (47,7%) da inadimplência dos consumidores em janeiro, seguidas por dívidas com cartões de crédito e financeiras (33,2%) e cheques sem fundos (17%).

Emprego na indústria tem queda recorde em 2009

Caio Quero | 11:02, terça-feira, 9 fevereiro 2010

Em mais um indicador de como a crise econômica atingiu a indústria brasileira em 2009, o nesta terça-feira dados que apontam que o nível de emprego no setor industrial registrou no ano passado a maior queda da série histórica, iniciada em 2002.

De acordo com a Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário, o número de pessoas ocupadas em todo o país teve, no acumulado do ano de 2009, uma queda da ordem de 5,3%, em um recuo registrado em quase todos os setores da indústria e em todas as regiões pesquisadas pelo IBGE.

Segundo o instituto, os setores que tiveram mais influência sobre os resultados negativos foram o de meios de transporte (que teve uma redução de 9,8% no número de pessoal ocupado), o de máquinas e equipamentos (-8,6%), madeira (-16,8%), produtos de metal (-9,1%) e vestuário (-7,9%).

A redução no número de trabalhadores empregados também foi "generalizada" em nível regional. De acordo com o IBGE, o fechamento de vagas na indústria "foi mais intenso" em São Paulo (- 4%) e em Minas Gerais (-8,5%).

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As demissões na indústria também cresceram em dezembro do ano passado, após cinco meses de expansão no nível de emprego.

Em relação a novembro, houve em dezembro uma redução de 0,6% no número de pessoas empregadas, já com o ajuste sazonal

Apesar dos resultados do último mês do ano, o IBGE afirma que eles não alteraram "a trajetória ascendente do emprego", já que, no 4º trimestre de 2009, houve um avanço de 1,6% no nível de emprego em relação ao trimestre anterior.

Considerando os outros setores da economia, dezembro apresentou bons índices de emprego, com um crescimento de 1% na população ocupada em relação e novembro e de 1,4% frente a dezembro de 2008.

Mercado aumenta projeção de inflação em 2010

Caio Quero | 11:12, segunda-feira, 8 fevereiro 2010

A alta do dólar e as notícias de que o IPCA registrou em janeiro seu maior crescimento em quase dois anos mexeram com as expectativas dos analistas de mercado consultados pelo boletim Focus, do Banco Central, que aumentaram pela terceira semana seguida sua projeção de inflação para 2010.

De acordo como o , divulgado nesta segunda-feira, as estimativas do mercado apontam que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve ficar em 4,78% em 2010, pouco acima do centro da meta estabelecida pelo Banco Central, que é de 4,5%.

Na semana passada, as projeções apontavam que o IPCA fecharia o ano em 4,62%.

Os analistas também aumentaram suas expectativas para o valor do dólar, prevendo que a moeda americana deve fechar 2010 valendo R$ 1,80. Na semana passada, a projeção era de que o dólar terminaria 2010 valendo R$ 1,76.

A moeda americana registrou uma forte alta na semana passada, fechando o pregão de sexta-feira sendo vendida por R$ 1,891, o maior preço desde setembro de 2009.

Inflação tem maior alta desde maio de 2008

Caio Quero | 11:15, sexta-feira, 5 fevereiro 2010

Um dia depois da divulgação da ata da última reunião do , que sinaliza um aumento na taxa básica de juros devido a um possível crescimento na pressão inflacionária, o publica dados que apontam que o índice oficial de inflação do país registrou em janeiro sua maior alta em quase dois anos.

De acordo com dados divulgados nesta sexta-feira, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou no último mês de janeiro uma alta de 0,75%, o dobro da taxa de 0,37% apresentada em dezembro.

A variação do índice também é a maior desde maio de 2008, quando o IPCA havia registrado um crescimento de 0,79%.

Com os resultados, o índice acumulado nos últimos 12 meses ficou em 4,59%, ainda no centro da meta estabelecida pelo Banco Central, que é de 4,5%.

De acordo com o IBGE, a alta na inflação foi impulsionada em boa partepelo aumento nos preços do setor dealimentos e bebidas, que tiveram uma aceleração de 1,13% em janeiro.

O instituto atribui este aumento às chuvas do último mês, que teriam prejudicado a produção de legumes e hortaliças.

Apesar da alta nos alimentos, o maior impacto individual no IPCA do último mês veio das tarifas dos ônibus urbanos, que registraram crescimento de 3,9%.

O aumento nos combustíveis teve o segundo maior impacto individual, com alta de 2,08%.

Polêmica reacende debate sobre gays nas Forças Armadas

Diego Toledo | 16:13, quinta-feira, 4 fevereiro 2010

A repercussão das declarações do general Raymundo Nonato de Cerqueira Filho, que disse não considerar a homossexualidade compatível com o trabalho nas Forças Armadas, apimentou o debate sobre a presença de gays no serviço militar.

Indicado para ocupar uma vaga no Superior Tribunal Militar, Cerqueira Filho disse que comandantes gays não são obedecidos pelas tropas porque não têm os atributos necessários para exercer o comando, principalmente em atividades de combate.

"Não é que eu seja contra o homossexual, cada um tem que viver sua vida", disse o general. "Entretanto, a vida militar se reveste de determinadas características que, em meu entender, podem não se ajustar ao comportamento desse tipo de indivíduo."

As declarações causaram polêmica e foram criticadas pelo presidente nacional da OAB, Ophir Cavalcante, que considerou "discriminatórios" os comentários de Cerqueira Filho.

De volta aos holofotes, o assunto dividiu opiniões. Questionado sobre o assunto, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, afirmou que existe um debate no governo sobre a admissão de gays nas Forças Armadas.

PAC recebe em três anos 63% dos investimentos previstos

Fabricia Peixoto | 13:58, quinta-feira, 4 fevereiro 2010

Três anos depois de lançado pelo governo Lula, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) recebeu R$ 403,8 bilhões de investimentos, o que representa 63,3% do orçamento de R$ 638 bilhões previsto até 2010.

Os dados constam do balanço de três anos do PAC apresentado pela ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, nesta quinta-feira, em Brasília.

Quando o programa foi anunciado, em 2007, a intenção do governo era de que todas as obras do PAC pudessem começar a ser executadas até o final de 2010, ainda na gestão Lula.

O governo tem, então, um ano para investir os recursos que correspondem a 36,7% do orçamento previsto e ainda não foram utilizados.

Até agora, as iniciativas já concluídas consumiram R$ 256,9 bilhões, o que representa 40,3% do orçamento total do PAC.

O balanço do PAC inclui entre as iniciativas já concluídas financiamentos habitacionais a pessoa física - ou seja, empréstimos realizados por bancos públicos e privados para compra ou reforma da casa própria.

Esses empréstimos somaram R$ 144 bilhões de 2007 a 2009, o que representa mais da metade (56%) das iniciativas previstas no PAC já concluídas.

Tarso Genro anuncia saída do Ministério da Justiça

Caio Quero | 15:28, terça-feira, 2 fevereiro 2010

As eleições deste ano já começam a causar as primeiras mudanças no gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O ministro da Justiça, Tarso Genro, anunciou nesta terça-feira que deixa a pasta no próximo dia 10 para poder se dedicar exclusivamente à sua pré-candidatura para o governo do Rio Grande do Sul.

O anúncio foi feito após uma reunião com o presidente Lula no Conjunto Cultural do Banco do Brasil, em Brasília, onde está funcionando provisoriamente a Presidência.

Segundo o ministro, seu pedido de exoneração já havia sido encaminhado ao presidente Lula, e a reunião desta terça-feira teria acontecido apenas para apresentar um relatório sobre os projetos do ministério que estão em andamento.

Ainda de acordo com Genro, citado pela Agência Brasil, o governo deve anunciar o nome de seu sucessor já na próxima segunda-feira, três dias antes de ele deixar o cargo.

"Ele (Lula) fez uma avaliação de todo o quadro, levantou esses nomes que vocês estão acostumados a divulgar agora, mas só vai fazer sua opção provavelmente três dias antes do dia 10", disse.

Entre os nomes citados pelo ministro como cotados para sucedê-lo na pasta estão o atual secretário-executivo do Ministério da Justiça, Luiz Paulo Barreto, e o deputado federal José Eduardo Cardoso (PT).

Em declarações a jornalistas, Genro disse que os dois nomes "são absolutamente compatíveis" para assumir o ministério.

Tarso Genro é o primeiro ministro a deixar o governo Lula para poder concorrer nas eleições deste ano.

Espera-se que outros nomes, entre eles a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff - provável candidata à Presidência pelo PT - deixem o governo até 3 de abril, prazo final para a desincompatibilização de ministros.

Produção industrial tem pior resultado em 19 anos

Caio Quero | 11:11, terça-feira, 2 fevereiro 2010

A produção industrial brasileira registrou no ano passado seu pior resultado em 19 anos, fechando 2009 com um recuo de 7,4% em relação a 2008 - a maior queda desde 1990, quando a redução foi de 8,9%.

De acordo com dados divulgados pelonesta terça-feira, os resultados do ano passado são consequência direta da crise econômica, que gerou uma redução no nível de investimentos, influenciada pela perda de confiança dos agentes econômicos e pela redução na demanda internacional.

A queda na produção foi mais acentuada no primeiro semestre, quando foi registrado um recuo de 13,4% frente ao mesmo período de 2008. No segundo semestre, a redução foi da ordem de 1,7%.

Segundo o IBGE, entre as atividades que registraram quedas mais expressivas no ano passado estão os setores de máquinas e equipamentos (com recuo de 18,5%), veículos automotores (-12,4%), metalurgia básica (-17,5%) e material eletrônico e equipamentos de comunicações (-25,5%).

A produção também registrou um leve recuo em dezembro do ano passado em relação ao mês anterior, com queda de 0,3% frente a novembro.

Já na comparação com dezembro de 2008, quando a crise econômica passou a atingir o Brasil com mais força, houve um crescimento de 18,9% na produção industrial no último mês de 2009, refletindo os resultados ruins daquele período de 2008.

A Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física do IBGE também evidencia a recuperação que o setor industrial apresentou ao longo do ano passado.

No quarto trimestre de 2009, houve um crescimento de 3,6% na produção frente ao trimestre anterior, na terceira expansão consecutiva neste tipo de comparação.

Para 2010, os analistas de mercado consultados pelo boletim , do Banco Central, esperam que a produção industrial brasileira apresente um crescimento de 8,3%.

Ibama libera licença para usina de Belo Monte

Fabricia Peixoto | 21:31, segunda-feira, 1 fevereiro 2010

O Ministério do Meio Ambiente informou nesta segunda-feira que a licença ambiental que permite iniciar as obras da hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, já está liberada.

A previsão agora é de que o leilão ocorra nos primeiros dias de abril. A expectativa é de que a usina fique pronta no prazo de cinco anos.

Considerada uma das principais obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a construção da hidrelétrica, no rio Xingu, tem sido alvo de críticas de ambientalistas, que questionam o impacto da obra na região, sobretudo na vida de moradores locais.

No final do ano passado, dois diretores do Ibama pediram demissão de seus cargos alegando "pressão" para a aprovação da licença.

Com capacidade para gerar mais de 11 mil megawatts de energia, Belo Monte poderá ser a terceira maior hidrelétrica do mundo, atrás das usina de Três Gargantas, na China, e Itaipu, também brasileira.

Segundo estimativas do governo, a obra poderá custar até R$ 30 bilhões. O edital deve ser divulgado até o final do mês.

Aprovação ao presidente Lula chega a 81,7%

Fabricia Peixoto | 11:57, segunda-feira, 1 fevereiro 2010

A aprovação ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva registrou uma ligeira melhora no mês de janeiro, de acordo com a pesquisa CNT/Sensus divulgada nesta segunda-feira.

A popularidade do presidente chegou a 81,7%, número 2,8 pontos percentuais acima do registrado em novembro.

O melhor desempenho da série foi registrado em janeiro de 2009, quando a aprovação ao presidente chegou ao recorde de 84%. O número caiu logo depois para 76,2%, em função da crise econômica - mas desde meados do ano passado vem seguindo uma tendência de recuperação.

Já a avaliação positiva do governo oscilou de 70% para 71,4%. Foram entrevistadas 2 mil pessoas em 136 cidades do país.

O questionário deste mês incluiu uma série de perguntas sobre o sentimento do brasileiro. Numa delas, 48% responderam que sua satisfação com o país "está aumentando". Em março de 2008, esse número era de apenas 15%.

Outros 37,4% disseram que esse sentimento "continua o mesmo", contra 47% da pesquisa anterior.

A pesquisa também aponta uma mudança significativa na forma com que o brasileiro escolhe o presidente da República. Na pesquisa divulgada nesta segunda-feira, 55,5% responderam que fazem a escolha levando mais em conta a "opinião própria". No levantamento de dois anos atrás, essa parcela era de apenas 1%.

Já a influência de amigos e familiares nessa escolha caiu de 30% para 14,2%, e a da televisão, de 24% para 13,8%.

A maioria dos entrevistados respondeu ainda ser contrário à pena de morte (55,2%), ao cigarro (74,1%) e ao aborto (73,5%).

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