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Arquivo para maio 2009

Acabou em pizza a briga da F-1

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Ricardo Acampora | 12:23, sexta-feira, 29 maio 2009

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Não deu em muita coisa a ameaça feita por cinco equipes de Fórmula 1 de não participar da temporada do ano que vem caso a FIA, a federação internacional de automobilismo, insistisse em limitar o orçamento de cada escuderia a 45 milhões de euros.

Ferrari, Toyota, Renault, Toro Rosso e Red Bull, entregaram suas fichas de inscrição para o campeonato de 2010 nesta sexta-feira, junto com as outras cinco equipes.
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Para resolver o impasse a FIA concordou em adiar a limitação de custos proposta para a temporada de 2011 e as equipes concordaram que ninguém gastará mais de 100 milhões de euros no ano que vem.

Tanto a FIA como a FOTA (Formula One Teams Association) sabem que se os custos operacionais não forem reduzidos as equipes pequenas não vão aguentar, principalmente se a crise econômica perdurar.

Para se ter uma ideia do efeito desses tempos bicudos de crise, a Brawn, vencedora de cinco dos seis GPs, ainda corre atrás de contratos de patrocínio que cubram os custos e garantam o desenvolvimento do carro.

Até agora os carros de Jason Button e Rubens Barrichelo têm corrido cheios de espaços em branco. Os únicos patrocinadores grandes são o grupo Virgin do magnata Richard Branson e a fabricante de pneus japonesa Bridgestone.

Com o novo acordo a FIA quer que as equipes atuais facilitem no futuro a entrada de novas equipes no circo da Fórmula 1.

O Motoradio vai para .....

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Ricardo Acampora | 13:26, quinta-feira, 28 maio 2009

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Quem gosta de bom futebol não deve ter se decepcionado com a final de ontem. O Barcelona fez prevalecer sua melhor categoria e venceu o Manchester United por 2 a 0, garantindo o terceiro título de campeão europeu da história do clube.

Pela fluência do toque de bola e pela determinação ofensiva o Barcelona merece os troféus e prêmios conquistados.

Quando eu era adolescente, a equipe esportiva da Rádio Globo elegia a cada partida o melhor jogador em campo e a ele dava de presente um Motoradio.

Fiquei pensando a quem daria meu Motoradio pelo jogo de ontem. Candidatos não faltaram.

A precisão e eficácia de Iniesta e Xavi merecem ser premiadas. Assim como a raça e a experiência de Puyol, e a determinação e o brilhantismo de Lionel Messi.
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Pensei em premiar o time inteiro do Barcelona pelo futebol coletivo, limpo e bonito.

Mas qualquer dessas escolhas por mais acertadas que fossem não fariam justiça ao criador disso tudo, o jovem técnico Josep Guardiola.

Na sua primeira temporada como técnico, Guardiola impôs ao time uma filosofia de ataque marcada pelo toque de bola com deslocamentos rápidos e triangulações curtas. Nada de chutão, bola no chão o tempo todo.

Ao assumir o comando da equipe Guardiola deprezou a pirotecnia ineficiente de Ronaldinho e aos poucos criou seu próprio padrão de jogo. O time se regenerou e ganhou tudo o que viu pela frente.

Venceu a Copa del Rey goleando o Athletic Bilbao por 4 a 1 e fechou o campeonato espanhol com uma vitória de 6 a 2 sobre o arquirival Real Madrid em pleno Santiago Bernabeu.

Antes do jogo de ontem Guardiola disse que queria que seu time jogasse com ousadia ofensiva. Ousados e ofensivos eles foram. Envolveram e encurralaram o Manchester United.

E ele tinha tudo para evitar se expor. Era sua primeira grande final. Já tinha conquistado dois troféus na temporada de estréia. Se perdesse ontem, desculpas não faltariam. Estava com a defesa improvisada pelos desfalques. Bem que podia optar por se defender.

Coragem rara de se ver numa época em que clubes vencem campeonatos e técnicos se mantêm no emprego segurando ao longo das competições magros placares de 1 a 0 com esquemas altamente defensivos.

No banco oposto, o escocês Alex Ferguson não conseguiu tirar proveito da fragilidade da defesa adversária. Não ousou taticamente.

Preferiu a disciplina burocrática do limitado sulcoreano Park deixando no banco o talentoso e raçudo Carlos Tévez. Pagou pela falta de ousadia. O time não teve talento para responder ao domínio do Barcelona.

Depois da partida Ferguson elogiou a ousadia do time dirigido por Guardiola que não teve medo de continuar atacando.
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Com Guardiola o Barcelona marcou 153 gols em 57 jogos disputados, uma média de quase 3 gols por jogo.

Pela ousadia, pela ofensividade, pelo sucesso obtido, meu Motoradio vai para Pep Guardiola!

Só espero que a moda pegue e o espírito ofensivo contagie outros técnicos e que a retranca seja abolida pela Fifa.

Que vença o melhor!

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Ricardo Acampora | 12:40, quarta-feira, 27 maio 2009

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Não há favorito para a final da Liga dos Campeões a ser disputada hoje à noite no estádio Olímpico de Roma. Pelo menos é o que indicam as famosas casas de apostas de Londres.

Os banqueiros de apostas preferiram não arriscar e Barcelona e Manchester United recebem cotação idêntica.

Torcedores neutros como eu tentam encontrar sinais de favoritismo aqui e ali, mas parece impossível escolher um time sem apelar para motivos mais emocionais.

As estatísticas confundem mais do que ajudam. Se por um lado mostram que o Barcelona tem o ataque mais ofensivo dos dois, por outro revelam que a fragilidade defensiva pode comprometer o time catalão.

O time marcou 151 gols em 56 partidas, enquanto que o Manchester fez apenas 101 gols em 58 jogos disputados.

Esse esquema ofensivo tem deixado a defesa do Barça mais exposta. O time sofreu 53 gols na atual temporada contra somente 37 do Manchester United.

E para piorar as coisas, o time entra hoje à noite desfalacado dos dois laterais, Daniel Alves e Eric Abidal, ambos suspensos, e do zagueiro central Rafael Márquez.

No Manchester não joga o meio-campo Darren Fletcher, cumprindo suspensão automática, e o zagueiro Rio Ferdinand vem de recuperação de um estiramento na panturrilha.

Mas há quem diga que o jogo vai ser decidido mesmo é fora das quatro linhas.

A experiência e a astúcia do escocês Alex Ferguson (ele tem 67 anos) dariam ao Manchester United uma grande vantagem. Afinal Ferguson leva na bagagem 25 títulos conquistados nos 23 anos de Man U, incluindo dois da Liga dos Campeões e o atual tricampeonato da Premier League.

Mas não devemos desprezar a ousadia e a inteligência do jovem (38 anos) Pep Guardiola. No seu primeiro ano à frente do Barça, conquistou tudo o que disputou. Chega em Roma com um título de campeão da La Liga e com uma Copa del Rey debaixo do braço.

Ou seja, argumentos não faltam para qualquer um dos lados o que torna impossível escolher um favorito.

A indefinição só aguça ainda mais minha vontade de ver esse jogão.

Só espero que a vitória não venha de um erro fatal de um jogador ou de uma decisão equivocada do juiz ou de um dos bandeiras.

Que vença o melhor!!!

O conquistador europeu

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Rodrigo Durão Coelho | 15:57, segunda-feira, 25 maio 2009

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Rumores da ida de Keirrisson para a Juventus e de Chicão ao Benfica. Estas transferências podem até não se concretizar, mas sinalizam o início iminente de outra temporada de pilhagem internacional.

E o nosso futebol, como uma donzela a ser entregue a corsários ou um Tibete sem exército, se prepara para ser novamente diminuído enquanto ostenta um estranho sorriso de poliana orgulhosa, que descobre sempre novas maneiras de apreciar o estupro.

Afinal, pensem, todos ganham. Clubes, jogadores, empresários, atravessadores e torcedores. Os estrangeiros, claro, especialmente os europeus que se acostumam a devorar o talento vindo de partes mais pobres com a voracidade de glutões impacientes. E o torcedor no Brasil?

Este esqueceu como ter vínculos mais aprofundados. Não acredita mais no casamento. Aprendeu a viver de namoricos curtos. E tem o consolo de ver seu antigo caso de amor, quase nunca amadurecido, mas interrompido às pressas quando era ainda futuro promissor, brilhar do outro lado do oceano, mais rico, beijando outro escudo. A felicidade agridoce de pensar que todos os gols da final da UEFA foram brasileiros.

O que fazer? Virarmos todos torcedores do Real Madrid ou fãs do Totti? Realmente não sei. Há alguns anos pedi ao doutor Sócrates que se imaginasse surgindo hoje para o futebol, sendo como era nos anos 70, tão superior aos seus colegas. Perguntei se a adaptação dele ao futebol europeu seria desta vez tão inevitável como parece ser a de todo e qualquer bom jogador. Ele respondeu na lata: "nunca. Sou brasileiro e amo viver aqui, não se compra a minha felicidade".

E até não muito tempo atrás este negócio de se adaptar à Europa não era para qualquer um, vide Didi, Jairzinho, Roberto Dinamite, o próprio doutor, Viola e Marcelinho.

Mas hoje, um Adriano levanta todo tipo de suspeita quando diz ao mundo que não quer passar outro ano longe da sua cidade e dos seus. Como se nossa auto-estima fosse tão baixa a ponto de desconfiar quando alguém diz que escolhe ficar aqui por opção e não por falta dela.

Enquanto isso, eu continuo torcendo para que surjam outros Marcos e Rogério Cenis para tornar nossas vidas melhores.

Semana tem esporte para vários gostos

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Ricardo Acampora | 12:41, sexta-feira, 22 maio 2009

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Atletas do sofá, preparem-se. Ponham para gelar a cerveja e deixem o tira-gosto ao alcance da mão.
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A semana que começa promete muita emoção e justifica plenamente o ócio defronte da telinha. Tem esporte para todo gosto.

Já no fim de semana Felipe Massa e Rubens Barrichelo tentam nas ruas de Mônaco a primeira vitória brasileira na Fórmula 1 neste ano.

Treinos oficiais no sábado a partir das 9h00 de Brasília e largada para valer no domingão no mesmo horário.

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No domingo também tem diversão para os amantes do tênis. Começa o Aberto da França, disputado nas quadras de saibro de Roland Garros. Esse ano a disputa promete esquentar já que o favoritismo do rei do saibro está meio abalado.

No último domingo o suíço ex-número 1 do mundo, Roger Federer, venceu o atual número um do mundo, o espanhol Rafael Nadal por dois sets a zero, e levou o título do Aberto de Madri, disputado exatamente em piso de saibro.

Federer não só venceu Nadal diante da torcida adversária como também terminou uma seca de 5 partidas sem vencer o rival. A derrota encerrou uma série invicta de 33 partidas de Nadal no saibro.

Federer que parecia não saber mais como ganhar de Nadal (quem não lembra o choro convulsivo do suíço diante de câmeras e microfones depois da derrota no Aberto da Austrália?) deve ter se sentido aliviado, recuperado parte da confiança perdida, e porque não dizer...vingado.

E correndo por fora vem o sérvio Novak Djokovic, sedento para brilhar. Nas semis de Madri, Nadal precisou de 4 horas para vencê-lo.

roma348276.jpgNa quarta, 27, a final que o mundo do futebol espera. Barcelona e Manchester United brigam em Roma pelo título da Liga dos Campeões. A partida começa às 15h45 de Brasília. Imperdível para quem gosta de um bom clássico.

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E na sexta deve sair a decisão sobre o impasse na Fórmula 1. Cinco equipes (Ferrari, Renault, Toyota, Toro Rosso e Red Bull) ameaçam abandonar a categoria caso a federação internacional de automobilismo insista em mudar as regras do jogo para a temporada do ano que vem, estabelecendo um limite máximo para os custos de cada escuderia.

No dia 29 encerram as inscrições para a temporada 2010 e aí saberemos se vamos ter pela primeira vez na história da F-1 um campeonato sem os carros vermelhos de Maranello.

Boa semana a todos nós!

10 anos de Premiership

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Rodrigo Durão Coelho | 20:24, terça-feira, 19 maio 2009

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Tinha implicância com o futebol inglês, quando me mudei para a Inglaterra em 1998. Na época, além de o campeonato do país não chegar perto do glamour de outras ligas como a italiana e a espanhola, era muito difícil se informar sobre campeonatos que ocorriam fora da ilha. Era como se, ilhados, os ingleses oscilassem entre achar que tinham os melhores talentos (as transações do futebol inglês ainda eram das mais caras do mundo) e admirar incondicionalmente a "sofisticação' continental, representada por pioneiros europeus como Cantona, Gullit e Vialli.

Desnecessário dizer que tudo mudou demais neste período. A ponto de o time símbolo do país, o Manchester United, apesar de não trocar de técnico, ter mudado sua forma de jogar. E para muito melhor. Se o clube ganhou a Liga dos Campeões de 99 com o coração na ponta da chuteira e a mentalidade quase de 'bola pro mato que o jogo é de campeonato', a equipe chega na final deste ano com um time por muitos considerado melhor até do que o Barcelona, talvez o símbolo máximo do futebol arte europeu.

Claro que ainda existe muita feiúra. Jogos tão horríveis que fazem até você, como expectador, se sentir medonho. Mas o fato de que pelo menos quatro times disputam realmente o campeonato nacional, representando escolas distintas e de quebra lutando pelo principal campeonato europeu, diz muito a favor da Premiership.

Fora que a constelação de estrelas que fizeram a história da Liga nestes 10 anos enche os olhos de qualquer um que preze uma bola rolando com qualidade. Pensando nisso, escalei minha seleção dos melhores e mais significativos que vi neste período. Já que escolher 11 seria pouco, elegi logo 22.

Goleiros: Peter Schmeichel - Talvez o melhor e mais monstruoso arqueiro que já vi jogar. O Man. United penou muito para substituí-lo. Reserva: Peter Czech - Antes de fraturar o crânio era, de longe, o melhor do mundo. Após a convalescença, permanece um dos principais.

Lateral Direita: Gary Neville - Longe de ser o melhor o mais técnico, atlético ou espetacular, o irmão do Phill é um dos símbolos do Manchester United e do futebol inglês mais brigador. Um atleta que, com dignidade, se beneficiou por jogar em uma posição que sofre de carência crônica de talento. Reserva: William Gallas - Quase escolhi Steve Finnan, mas considero que o zagueiro improvisado lateral, em sua época de Chelsea, ainda era muito melhor na posição do que o jogador do Liverpool.

Zaga Central: Jaap Stan: o melhor zagueiro que já vi atuar. Alex Ferguson demorou para arrumar um substituto à altura do holandês. Reserva: Tony Adams: O jogador símbolo da famosa "muralha inglesa", como era conhecida a defesa do Arsenal.

Quarta Zaga: Rio Ferdinand: Cotado como mais um talento com cabeça de vento, Rio surpreendeu e aprendeu a ser um dos maiores zagueiros do futebol mundial. Reserva: John Terry: Compensa a falta de técnica com uma ótima antecipação, capacidade de liderança e garra acima de qualquer suspeita. Só não é muito bom para bater pênaltis em finais de campeonatos importantes.

Lateral Esquerda: Silvinho - o único brasileiro na lista, sobrou quando jogava pelo Arsenal. Mostrou tanta classe, habilidade e velocidade que foi parar na Cataluña. Reserva: Ashley Cole: é titular há tanto tempo da seleção inglesa e de alguns dos principais times do país que não poderia deixar de estar aqui.

Médio- Volante: Roy Keane: Se teve um jogador que representou o campeonato inglês neste período, foi este irlandês temperamental. Um cão pitubul que também sabia jogar muita bola, vide a volta da semifinal da Liga dos campeões de 99 contra a Juventus. Reserva: Patrick Vieira: O capitão do Arsenal foi o único que fez, durante alguns anos, frente à Keane. Vários duelos memoráveis entre os dois terminaram com cartões vermelhos. O francês ainda jogava mais bola.

Segundo Volante: David Beckham: Como não selecionar esse cara? De bode espiatório da Copa de 98 a maior estrela do mundo, não é fácil ignorar o marido da Spice Girl. Reserva: Frank Lampard: Um pouco improvisado como segundo homem do meio-campo, se tornou o maior nome do Chelsea de Mourinho.

Meio campo central: Steve Gerrard: Não gostava desse jogador. Achava que ele concentrava e desperdiçava a maioria das jogadas do Liverpool. Mas me rendi aos fatos. Ele tem estrela, chuta bem e come grama se precisar. Reserva: Steve Mcmanaman: Um craque. Jogava olhando para cima, como se deve fazer. Me lembrava uma mistura de Boban com Leonardo. Foi importante na conquista da Liga dos campeões de 2000, com o Real Madrid.

Meia esquerda: Cristiano Ronaldo: Um dos melhores jogadores que já disputaram o campeonato inglês em todos os tempos. Reserva: Ryan Giggs: Muitos na Inglaterra acreditam que, se o gaulês tivesse escolhido a nacionalidade inglesa, como podia ter feito, o destino do English Team teria sido diferente nas últimas copas.

Primeiro atacante: Thierry Henry - O Arsenal ficou pequeno para todo o Va-va-vum do francês, que ainda desperta muita saudade no norte de Londres. Reserva: Alan Shearer: Atacante da escola antiga, um Evair saxão. Ainda não teve substituto.

Segundo atacante:Michael Owen: Um craque que não merecia ser tão azarado. De qualquer forma, durante muitos anos foi a maior esperança dos ingleses. Símbolo do Liverpool de Houllier. Reserva: Wayne Rooney: O Michael Owen de hoje, sem a má sorte.

E pensar que ainda faltaram Overmmars, Ginola, Bergkamp, Zola, Dennis Wise, Desailly, Scholls, Weah, Fabregas, Anelka, Pires, Drogba, Tevez....

Não gostou da minha seleção? Não sofra calado, amigo leitor, faça a sua!

Agora só falta a prova final

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Ricardo Acampora | 12:59, segunda-feira, 18 maio 2009

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Manchester United e Barcelona fizeram seus deveres de casa com competência e agora estão prontos para fazer a prova final.

Os dois melhores times da Europa no momento ganharam neste fim de semana os campeonatos nacionais da Inglaterra e Espanha, respectivamente, e no dia 27 se enfrentam na finalíssima da Liga dos Campeões, no estádio Olímpico de Roma.
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À primeira vista o Barcelona chega com melhores credenciais.

Ganhou a Copa del Rey, na quarta, aplicando uma goleada de 4 a 1 no Atlético de Bilbao, e foi campeão espanhol com duas rodadas de antecedência se dando ao luxo de entrar em campo no domingo para a partida com o Mallorca com apenas um jogador que deverá começar a partida final do dia 27, o centro-avante Samuel Eto´o, descansando os outros 10.

Comparativamente, o Manchester United foi campeão inglês com apenas uma rodada para o final e perdeu a semi-final da Copa da Inglaterra nos pênaltis para o Everton.

Mas o que mais impressiona no time catalão é a eficiência do seu ataque. O Barcelona marcou 104 gols em 36 jogos pela Serie A espanhola (média de 2,89 gols por jogo). Enquanto que o Manchester marcou apenas 67 em 37 jogos (média de 1,81 por jogo).
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Pelo lado dos ingleses a eficiência da defesa com certeza foi a maior arma na conquista.

Das 27 vitórias da campanha do Manchester United, 8 foram conseguidas pelo apertado placar de 1 a 0. O time passou 14 jogos sem tomar gol e ao final de 37 partidas a defesa só deixou passar 24. Já o Barcelona tomou 33 gols nos 36 jogos que disputou.

Quem pelos números espera um jogo de ataque contra defesa pode acabar se enganando. O Manchester tem um contra-ataque rápido e mortal, com Cristiano Ronaldo, Wayne Rooney e Carlos Tévez.
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E sobretudo não podemos esquecer que o Manchester United é o atual campeão da Liga dos Campeões e acabou de conquistar o tricampeonato inglês. O segredo do sucesso dos diabos vermelhos está no técnico, o escocês, Alex Ferguson.

Ferguson tem um ótimo olho para identificar jogadores que se encaixam bem no seu time. Vai ao mercado e não poupa esforços nem libras. A cada ano ele vem fortalecendo o time e o resultado é que nos 23 anos em que dirige os diabos vermelhos ele conquistou 11 títulos de campeão inglês, 2 Copas da Inglaterra, 3 Copas da Liga, duas Ligas dos Campeões Europeus, uma Copa da Uefa e dois títulos mundiais interclubes.
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Mas, sabendo que no futebol o que conta é bola na rede, o time de Pep Guardiola não deve se deixar impressionar com o CV do escocês.

A partida promete! Alguém,arrisca um palpite?

Ainda os estádios...

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Rodrigo Durão Coelho | 19:17, quinta-feira, 14 maio 2009

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Como sugeriu meu amigo Ricardo Acampora, talvez tenha chegado o momento de encerrarmos nossa saudável polêmica sobre estádios de forma democrática. Que tal se você, amigo leitor, votasse aqui no seu estádio preferido para se ver futebol? Onde você acha que o pacote completo (localização, conforto, espetáculo, etc) é melhor? Gostaria de pedir apenas para que todos votem em estádios onde realmente já tenham entrado e assistido uma partida. E começo votando no Maracanã. maraca226.jpgAcredito que ver um jogão lá, com casa cheia, é uma das experiências futebolísticas mais emocionantes e divertidas. Supera, inclusive outros problemas que chegam atrelados à ela, como poder ser assaltado, levar um copo de urina na cabeça ou ver o Obina jogar. E você, o que diz?

Renault entra no cabo-de-guerra da F-1

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Ricardo Acampora | 15:33, quarta-feira, 13 maio 2009

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A Renault resolveu entrar no bloco formado por Ferrari, Toyota, Red Bull e Toro Rosso, e anunciou nesta quarta que poderá abandonar a Fórmula 1 caso a federação internacional de automobilismo insista em adotar a partir do ano que vem as novas regras que limitam os gastos das equipes.
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A posição anunciada por essas equipes racha a F1 e ameaça o futuro da categoria ao confrontar diretamente os dois homens fortes do automoblismo mundial, Bernie Ecclestone (presidente da FOM - Formula One Mangement e da FOA - Formula One Association) e Max Mosley (presidente da FIA - Fédération Internationale de l´Automobile).

Até então parecia que a vontade de Bernie e Max iria prevalecer, apesar da maioria das equipes torcer o nariz para as novidades.

Mas aos poucos o bloco da oposição cresce e fica mais forte. Na turma do contra já tem três montadoras de grande porte, incluindo a Ferrari (leia-se Grupo FIAT), equipe mais tradicional da F1.

Se McLaren/Mercedes, BMW e Williams também baterem o pé, Bernie e Max ficarão em posição delicada, pois correm o risco de verem o grande filão dos ovos de ouro ficar reduzido às equipes de menor expressão e às pretendentes, como a USGPE, a nova equipe americana pronta para entrar na categoria em 2010.

Como já ameaçaram fazer no passado, as montadoras + Red Bull/Toro Rosso + Williams poderiam inaugurar uma categoria paralela que teria grande poder de atrair os apaixonados pelo esporte.

Para quem não vem acompanhando de perto o assunto aí vai um resumo do imbroglio.

De acordo com as novas regras, as equipes que mantivessem seus gastos abaixo dos £40 milhões (cerca de R$ 120 milhões) poderão usufruir de benefícios técnicos que garantiriam uma vantagem competitiva, como por exemplo o uso de asas traseiras móveis, banidas pelo regulamento atual.

Segundo a FIA as regras são necessárias para evitar o atual desnível técnico que prejudica as equipes menores que não podem bancar gastos elevados e desestimula a entrada de novas equipes que não podem acompanhar a escalada dos orçamentos da F1.

As equipes de ponta como Ferrari, Toyota, McLaren e BMW gastam atualmente mais de £300 milhões numa temporada.

Na opinião dos quase-dissidentes, as novas regras criariam duas categorias na F1, dividindo o grid entre as equipes beneficiadas pelas vantagens técnicas e as demais.

A Renault diz que é frustrante ver que a FIA ignorou a proposta de redução de custos gradual (entre 2009 e 2012) feita pela Fota (Formula One Teams Association) sem ao menos consultar as equipes para discutir os detalhes.

A Ferrari diz que não aceita participar de um campeonato dividido por regras técnicas arbitrárias e parâmetros econômicos.

Um detalhe: a equipe é a mais antiga da F1 tendo participado de todos os campeonatos desde que a categoria foi criada.

Até então a FIA continua irredutível e não vê motivos para mudar as regras para 2010.

Como as equipes têm até o dia 29 de maio para confirmar a inscrição para o campeonato do ano seguinte, não deveremos demorar muito a conhecer a decisão final.

Será que a corda da F1 dessa vez arrebenta? Quem será que ganha o cabo-de-guerra político? Quem será que cede?

No tapetão da Uefa não há perdão

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Ricardo Acampora | 11:00, terça-feira, 12 maio 2009

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A Uefa, a entidade máxima do futebol europeu, fechou as portas para um pedido de anulação do cartão vermelho aplicado ao escocês Darren Fletcher, do Manchester United, na partida de volta das semi-finais da Liga dos Campeões, contra o Arsenal.

Com a expulsão confirmada, Fletcher fica de fora da final do dia 27, a ser disputada em Roma, contra o Barcelona.

Segundo acreditam os dirigentes do Manchester, Fletcher teria sido expulso injustamente pelo juiz, o italiano Roberto Rosetti.

Rosetti deu cartão vermelho ao escocês por ter derrubado dentro da área o meiocampista Cesc Fábregas, do Arsenal, que se preparava para marcar. Para o Manchester, Fletcher tocou na bola antes de derrubar Fábregas o que no futebol inglês descaracterizaria a falta.

Curiosamente, o Barcelona era a favor da anulação já que a decisão abriria as portas para uma possível anistia dos seus dois laterais titulares. O francês Eric Abidal, expulso na semi-final contra o Chelsea e o brasileiro Daniel Alves que recebeu o segundo amarelo, também não jogam a final.

Até hoje a Uefa só reverteu decisões que acabaram por punir um jogador inocente no lugar de um infrator que pelo erro do juiz teria escapado impune.

Durante a semana passada alguns jornalistas chegaram a acusar os dirigentes da Uefa de serem intransigentes ao extremo, quando até os dois clubes concordavam com as anulações.

A entidade se manteve firme. Segundo um de seus diretores, as regras do torneio são divulgadas antecipadamente e se não forem desrespeitadas têm que ser mantidas para o bem da credibilidade do esporte junto aos torcedores. Ou seja, os clubes não têm poder de bagunçar os campeonatos.

Fico aqui refletindo sobre a declaração e pensando sobre os inúmeros casos ocorridos no Brasil onde a Justiça comum é acionada frequentemente pelos clubes para garantir a escalação de jogadores em desrespeito à decisões tomadas no campo pelos juízes e nos gabinetes das federações.

Tento avaliar o quanto a prática do chamado "tapetão" tem prejudicado a credibilidade do futebol brasileiro.e afastado o público dos estádios.

Quem tem os melhores estádios, São Paulo ou Londres?

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Rodrigo Durão Coelho | 14:13, segunda-feira, 11 maio 2009

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Desde meados dos anos 90 vejo jornalistas esportivos brasileiros entoando a ladainha, como se fosse um mantra sagrado, de que os estádios europeus estão há séculos-luz dos correspondentes nacionais. Que o que temos para apresentar seria digno de vergonha e vergonha certamente é o que passaríamos, caso europeus vissem nossas parcas dependências caso organizássemos algum torneio internacional, como uma Copa, por exemplo. Mas será mesmo?

Como acho que não devemos acreditar em tudo o que se ouve, especialmente o que vem de cronistas esportivos, resolvi organizar um método científico e comparar as realidades de duas cidades em que já morei, São Paulo e Londres. Da primeira, conheço bem o Morumbi, Parque Antártica e Pacaembu e, da segunda, já vi jogos em Wembley (o velho e o novo), Emirates, Stanford Bridge (Olha eu lá, entre meus amigos Roland e Julien), White Hart Lane, Sellhurst Park e o do Fulham, Craven Cottage. Portanto, aos quesitos!chelsea226.jpg

Transporte, acesso - Apesar de que dois dos três estádios paulistanos avaliados serem bem centrais, a vantagem aqui é londrina. Culpa do metrô quase onipresente e de linhas de ônibus e trens que facilitam a vida. Ir embora do Morumbi costuma ser uma tristeza e o fato de que alguns jogos brasileiros andarem terminando por volta da meia-noite (por causa da novela), quando nosso humilde metrô já se recolheu, também não ajuda. Londres 1x0 São Paulo

Custo - Vantagem paulistana com duas voltas de vantagem. Em Londres, além da coisa custar caro pacas, você precisa conhecer algum torcedor de carteirinha e pedir para que ele te compre um ingresso com boa antecedência. Nada da espontaneidade brasileira de resolver ver um futebol ao vivo depois do almoço de domingo. Um saco. Londres 1x1 São Paulo

Clima da torcida - Outra vitória paulistana, com louvor. Em Londres, a torcida considerada a mais animada, a do Chelsea, perderia até para a sucinta gleba da Portuguesa de Desportos, no quesito decibéis. Nada de cantos inspirados como os da Gaviões ou a animação quase anfetaminada da Mancha Verde. Se bem que torcedores do Arsenal costumam criar cânticos simpáticos para seus jogadores, como o que fizeram para o atacante Kanu "He's black, he's fast, he had a heart attack" ("Ele é alto, ele é rápido, ele teve um ataque cardíaco" em referência a um probleminha que o nigeriano teve). Londres 1x2 São Paulo

Banheiros - Vantagem londrina. Sem comentários. Aliás, um comentário apenas. Para se aliviar a bexiga, não se precisa de dependências muito luxuosas, se você for homem. Mas, se você tiver o azar de sofrer um piriri dentro de um estádio brasileiro, a atitude correta é repetir para si mesmo que a sorte te abandonou e amanhã há de ser outro dia. Londres 2x2 São Paulo

³§±ð²µ³Ü°ù²¹²Ôç²¹ - Virada londrina. Pois é, amigo leitor, os hooligans ingleses já são coisa do passado, ou de quando a seleção do país vai jogar no exterior. Lá dentro, tudo pela ordem. Londres 3x2 São Paulo

Comes e bebes - Neste quesito Londres surpreende e vence com facilidade. Lá, se pode comprar cerveja de verdade (e não a sem álcool, como no Brasil) e a comida é mais farta e variada. A oferta nos estádios paulistanos é realmente fraca. Londres 4x2 São Paulo

Beleza - Já que beleza está nos olhos de quem vê, considero que nenhum estádio no mundo é mais belo do que o nosso Pacaembu. Nem os modernosos Emirates e Wembley. Londres 4x3 São Paulo

Futebol - Pois é, não dá para não comparar o espetáculo propriamente dito. E aqui meus critérios científicos apontam vantagem para São Paulo. Calma lá, leitor mais apressado, que sentiu vontade de me jogar na cara nomes suntuosos como Cristiano Ronaldo, Drogba e Fabregas que abrilhantam a grama de lá. Porque boa parte da graça do futebol é emoção de se estar pessoalmente envolvido. E, para mim, Palmeiras, Corinthians e São Paulo me dizem muito mais do que Arsenal, Chelsea ou Man U. Além do que, com Ronaldo, Neymar e Diego Souza, nossos times não estão tão mal assim. Londres 4x4 São Paulo

Clima em si - Quem achar esse critério meio errado, é porque não conhece a dor de ficar ao ar livre sob temperaturas negativas, em nome do futebol. Por mais que em São Paulo se possa topar com um pé d´água não anunciado, a cidade ainda assim é menos hostil. Londres 4x5 São Paulo

Pois é, meu amigo, vitória brasileira. Como diz o outro, dinheiro não é tudo...

Barcelona vai à final com gol milagroso

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Ricardo Acampora | 10:04, quinta-feira, 7 maio 2009

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Se é que existem, os Deuses do Futebol estiveram ocupados na noite de quarta-feira.

E com toda certeza ajudaram o Barcelona a arrancar "milagrosamente" a classificação para a final da Liga dos Campeões, ao empatar em um a um com o Chelsea, em Londres. barcelonafinal106133.jpg

O gol do Barcelona foi marcado pelo meiocampista Andrés Iniesta, aos 48 minutos do segundo tempo, no único chute dado na direção do gol do Chelsea durante todo o jogo.

E para aumentar o desespero dos torcedores do clube inglês, o Barcelona jogou os últimos 30 minutos da partida com 10 homens, depois da expulsão do lateral-esquerdo Abidal.

O gol fora de casa deu a vantagem ao Barça, depois do empate sem gols na partida de ida disputada no Camp Nou na terça passada.

Se houve intervenção divina, talvez tenha sido para premiar o futebol ousado e ofensivo que o Barcelona vem praticando nessa temporada.

No jogo de ida o Chelsea foi duramente criticado por entrar em campo com um esquema extremamente defensivo. No de ontem o time catalão voltou a ter quase 70% de posse de bola, mas apesar do domínio, foi o Chelsea que teve as melhores chances de gol.

Depois do apito final, o juiz norueguês Tom Henning Ovrebo foi cercado por vários jogadores do Chelsea que reclamavam de quatro pênaltis que não teriam sido marcados. drogba234178.jpg

O atacante Didier Drogba foi o mais exaltado de todos. Falando às câmeras de TV depois de confrontar acintosamente o juiz, Drogba teria sugerido que o resultado teria sido "armado" pela UEFA para impedir que a Liga tivesse outra final inglesa, idêntica à do ano passado.

O técnico do Chelsea, o holandês Guus Hiddink, foi mais pragmático. Além de lamentar a indicação de um juiz inexperiente para um jogo tão importante, Hiddink disse que a principal causa da eliminação foi a falta de gols por parte de seu time: "se tivéssemos marcado os gols perdidos não estaríamos lamentando agora."

O gol de Iniesta selou a final dos sonhos dos torcedores neutros que admiram o bom futebol. Afinal, ele pôs frente à frente na final do dia 27 em Roma os dois melhores times do mundo no momento, Barcelona e Manchester United.

As casas de apostas de Londres continuam dando vantagem aos espanhóis.

Em vão, fico tentando adivinhar em quem os Deuses do Futebol estão fazendo sua fezinha.

Uma vitória em onze minutos

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Ricardo Acampora | 10:13, quarta-feira, 6 maio 2009

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O Manchester United precisou de apenas 11 minutos para despachar o Arsenal e garantir seu lugar na final da Liga dos Campeões, pelo segundo ano consecutivo.

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De início a tarefa do Arsenal até que parecia fácil. O time precisava ganhar por uma diferença de dois gols, jogando em casa.

Empurrado por cerca de 70 mil torcedores, o time comandado por Arsène Wenger começou imprensando o Manchester em seu próprio campo, mas não criou nenhum perigo real de gol.

Aos 8 minutos, no primeiro contra-ataque do Manchester, o brasileiro Anderson enfiou uma bola longa para Cristiano Ronaldo que cruzou rasteiro para o meio da área.

As travas da super chuteira não foram suficientes para manter de pé no melhor gramado da Liga inglesa o jovem lateral-esquerdo do Arsenal. O escorregão de Gibbs deixou a bola solta para o sul-coreano Park marcar o primeiro gol do Manchester United.

Três minutos depois o excelente goleiro Almunia não conseguiu defender o chute de Cristiano Ronaldo numa cobrança de falta a cerca de 40 metros do gol. Culpa da bola nova?

Dois gols rápidos, duas fatalidades do futebol. Na teoria e na prática todos no estádio sabiam que o jogo tinha terminado ali.

O placar de dois a zero transformou a missão do Arsenal numa ladeira íngreme, arenosa e calorenta, quase impossível de ser conquistada. Uma pirambeira para a qual a equipe do Arsenal não está preparada.

O clube de Londres teria que fazer 4 gols num time que reconhecidamente sabe se defender muito bem.

No segundo tempo um gol para cada lado selaram o placar final em Manchester United 3 x 1 Arsenal. A primeira vitória do Manchester no estádio Emirates. E veio em ótimo momento.

Agora, o time aguarda o resultado do jogo desta quarta entre o Chelsea e o Barcelona para conhecer seu adversário na finalíssima do dia 27 em Roma.

No primeiro jogo no Camp Nou o Chelsea segurou o zero a zero. Quem se arrisca a indicar o vencedor?

Os novos Galáticos de Florentino Pérez

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Ricardo Acampora | 16:15, terça-feira, 5 maio 2009

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Os campeonatos nacionais aqui na Europa ainda nem terminaram e já começaram as especulações sobre possíveis contratações.

Nesta terça, jornais britânicos garantem que o Manchester United tem reservado £63 milhões, o equivalente a quase R$200 milhões, para comprar o atacante francês Franck Ribéry, atualmente o maior ídolo da torcida do Bayern Munich.

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Como diria um banqueiro abalado pelo credit crunch, seria um ótimo negócio para o Bayern em termos financeiros. Há dois anos o clube alemão pagou pouco mais de R$72 milhões pelo craque.

Da Espanha, o jornal Marca anuncia que o ex-presidente do Real Madrid, Florentino Pérez, vai apresentar a sua candidatura à sucessão de Ramón Calderón na elei;#ao de junho. O jornal diz que Perez vai rechear sua candidatura com a promessa de contratação de uma nova seleção de craques. Na lista de Florentino estariam segundo o Marca, o brasileiro Kaká, o português Cristiano Ronaldo e os espanhóis Cesc Fabregas e Xabi Alonso. Para técnico ele diz que tentaria levar para Madri o frances Arséne Wenger, desde 1996 no comando do Arsenal daqui de Londres.

Vale lembrar que foi Pérez quem saneou as finanças do Real durante seu mandato (2000 - 2006) numa jogada comercial que envolveu a venda do campo de treinamento do clube à prefeitura de Madri e a um grupo de empresas. Com o dinheiro arrecadado Florentino Pérez deu início a uma série de contratações milionárias que incluíram o português Figo, o francês Zidane, o ingles David Beckham e o brasileiro Ronaldo, formando um super time que foi apelidado de Galáticos pela mídia.

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Apesar do sucesso financeiro Pérez deixou o Real debaixo de muitas críticas. O empresário foi acusado de ter se concentrado por demais no desenvolvimento da marca Real Madrid e de ter relegado o futebol a segundo plano.

Mas será que depois da goleada vexaminosa aplicada no Real Madrid sábado pelo Barcelona em pleno Santiago Bernabéu, os sócios do clube vão voltar a votar em Florentino Pérez?

Futebol e cerveja

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Rodrigo Durão Coelho | 18:00, segunda-feira, 4 maio 2009

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Futebol e cerveja, o casamento perfeito, não?

Não, não e não.

Depois de dez anos morando fora do Brasil (nove deles em Londres, terra de piratas e pinguços, entre outros), passei a desconfiar da integridade dessa combinação, tão cantada em verso, prosa e comerciais. Na verdade, agora que voltei ao Brasil, quero distância dela. Pelo menos por enquanto. pubdentro1.jpg

Tudo porque fui, por anos (dois), um ativista contra a TV. O período em que vivi sem uma foi, de longe, o mais rico do meu exílio na Inglaterra. E fazia campanha para que todos descobrissem as benesses mais preciosas de Londres, com seus eventos, pessoas e surpresas que só são descobertas quando você abdica da telinha, mexe as nádegas e vai encarar o frio lá fora.

Mas o tempo passa, a gente se acomoda e capitulei: passei a assistir TV, até exaltando o padrão de qualidade britânico embora talvez para preservar um resto de dignidade irracional, ou economizar uns trocados, nunca tenha cogitado assinar um pacote de televisão.

Aí é que está o problema. Quase não passa futebol na TV aberta. Assistir no estádio é coisa para vendedor de cachorro quente ou torcedor dedicadíssimo, daqueles que compram ingressos caríssimos com antecedência anti-brasileira.
Te sobra então ir ao pub. E no começo era uma alegria.

Sempre tinha a desculpa perfeita para ir beber cerveja, afinal todos sabem que os jogos imperdíveis aparecem regularmente nas nossas vidas e nos bares, a gente costuma ir com os amigos. Os jogos, portanto, acabam se tornando celebrações etílicas memoráveis.

Lembro bem onde estava em momentos cruciais, como quando paquerava uma alemã em Dulwich enquanto Steve Macmanaman e Raul despachavam o Valencia na final da Liga dos Campeões em 2000. Ou quando, na final do mesmo torneio, cinco anos depois, estava com dois amigos em um bar e nos divertimos vendo os torcedores do Liverpool que sentavam ao lado.

De quase suicidas por apanharem de 3 a zero ao final do primeiro tempo, eles se tornaram gradualmente mais assombrados com a reação impossível do time e acabaram por subir nas cadeiras e comemorar incontroláveis um título extraído do baú do sobrenatural. Ou ver um pub inteiro, com muitos casais frescos de classe média, parar em uma noite de sábado para ver Ronaldinho roubar o show em Madrid em uma noite histórica.

Tudo isso foi legal, mas o problema é perceber que, na minha memória, estes momentos importantes se diluem em uma névoa incômoda. A parte de mim que acredita ser minha vocação arquivar mentalmente os Grandes Momentos do Futebol, se ressente de vários primeiros tempos da última década me serem muito mais nítidos do que os segundos. Isso sem mencionar quando a empolgação é tanta e eu sou obrigado a assistir o VT inteiro do jogo depois, como quando o Brasil ganhou da Alemanha, no final de 2002.

E tudo que é obrigação, enche. Nos últimos anos, já tinha saudade da sensação de ver a bola rolando com meus reflexos intactos. E olha que o ambiente conspira contra.

No simpático bar nigeriano ao lado da minha ex-casa, chegaram a se negar a me vender um refrigerante. Fui então obrigado a comprar uma cerveja e vê-la esquentar, abandonada à minha frente, só para ter o privilégio de sentar e ver um jogo (de quinta) do Arsenal. Coisas assim irritam muito a pessoa.

Tanto que, agora de volta ao Brasil, onde o futebol é fácil e abunda, tanto na TV como é possível decidir ir ao estádio no último momento, ainda não tomei nenhuma cerveja durante um jogo de bola.

As frases da semana

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Ricardo Acampora | 15:57, sexta-feira, 1 maio 2009

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"Criamos uma nova liga. Desta vez é prá valer. Não estou feliz, mas era necessário."
Mauricio Zamparini, presidente do Palermo, falando sobre a mais nova ameaça de cisão no futebol italiano com a criação da Lega Calcio Serie A.

"Eles sabem que fizeram algo errado, por isso ganharam uma palmada."
Bernie Ecclestone, chefão da F1 comentando a punição aplicada à equipe McLaren por ter mandado o piloto Lewis Hamilton mentir aos fiscais após o GP da Austrália.

"É verdade, eu me vejo muito mais indo embora do que ficando aqui."
Carlos Tévez, atacante do Manchester United, em entrevista ao jornal The Sun, confirmando sua insatisfação com a condição de reserva.

"Nossa missão é puni-los lá em Londres pelos gols que não marcaram aqui."
Arsène Wenger, técnico do Arsenal sobre a derrota por um a zero sofrida diante do Manchester United no primeiro jogo da semi-final da Liga dos Campeões.

"A Federação Inglesa deveria exigir um tamanho mínino para os vestiários. Certos clubes têm vestiários menores do que a minha sala."
Alex Ferguson, técnico do Manchester United, em entrevista ao jornal The Guardian.

"O Barcelona virá com medo."
Miguel Torres, jogador do Real Madrid sobre o clássico de sábado contra o Barcelona a ser disputado na capital espanhola.

"Aconteça o que acontecer o Barcelona seguirá na liderança."
Andres Iniesta, meio-campo do Barcelona, sobre a vantagem de 4 pontos sobre o Real Madrid no campeonato espanhol.

"Foi uma das melhores partidas que joguei este ano no saibro, talvez em toda minha vida."
Rafael Nadal, tenista número 1 do mundo, após derrotar o sueco Robin Soderling, por 6-1, 6-0, no Aberto de Roma.

"A contusão do zagueiro Emerson do Botafogo preocupa o Flamengo para a final de domingo."
Provocação aos botafoguenses feita por um amigo flamenguista em alusão aos dois gols contra marcados por Emerson nos dois últimos jogos entre Fla x Bota.

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