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Arquivo para janeiro 2010

Deu United no duelo de Manchester

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Ricardo Acampora | 11:56, quinta-feira, 28 janeiro 2010

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A vontade e a raça de Carlos Tevez não foram suficientes para garantir a vaga do Manchester City na final da Copa da Liga, aqui na Inglaterra.

O time foi derrotado por 3 a 1 pelo grande rival Manchester United, na partida de volta da semi-final, disputada na noite de quarta-feira, em Old Traford, casa do United.

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Na primeira partida o City tinha vencido por 2 a 1, com dois gols de Tevez. As comemorações do argentino, dispensado pelo United, provocaram reação de alguns jogadores dos Reds, e acabaram esquentando ainda mais a rivalidade entre as torcidas.

Mas no jogo de ontem prevaleceu a maior categoria dos Reds.

Depois de um primeiro tempo com placar em branco, Paul Scholes e Michael Garrick deram vantagem ao United.

Tevez voltou a calar a torcida do ex-clube com um gol arrancado na raça quando faltavam menos de 15 minutos para o final.

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Quando tudo indicava que o jogo iria para a prorrogação, a estrela de Wayne Rooney voltou a brilhar.

Já nos descontos, o craque inglês escorou de cabeça um cruzamento de Ryan Giggs, marcando seu 21º gol da temporada e garantindo o United em mais uma final.

A partida serviu para expôr as deficiências da defesa e do meio-campo do City. O time é fraco e o técnico Roberto Mancini deve saber que tem muito trabalho pela frente para alcançar o objetivo da diretoria de terminar o campeonato deste ano no G-4.

O futsal inglês existe e é dominado por brasileiros

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Victor De Martino | 15:18, terça-feira, 26 janeiro 2010

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Quando aportei em Londres pela primeira vez, em setembro de 2008, julgava que poderia pendurar meu tênis de futsal.

Sempre imaginei que os ingleses só conheciam o futebol e o five-a-side, aquela versão do futsal em que não tem lateral, nem linha de fundo, e que usa gols mais largos e bem mais baixos.

Mas eu estava redondamente enganado. O futsal não só existe na Grã-Bretanha como é dominado por brasileiros.

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Atualmente, a federação inglesa de futebol (FA) organiza a FA Futsal League e a FA Futsal Cup.

A liga inclui 24 clubes e o campeonato dura quase dez meses.

A copa, por sua vez, é um torneio de apenas três dias, reunindo em Sheffield os melhores times do país.

Para se ter uma idéia do domínio brasileiro, a equipe que detém o título da FA Futsal League e é bicampeã da FA Futsal Cup é o Helvécia. Fundado por brasileiros, treinado por brasileiros, formado por brasileiros (segundo o site da equipe, oito dos onze atletas confirmados para 2010 são do Brasil), o Helvécia é o time mais bem-sucedido da história do futsal no país.

Há pelo menos mais duas outras equipes essencialmente brasileiras jogando nas quadras do país: o Kickers, time que eu acabei defendendo, e o London United.

Além delas, há técnicos brasileiros comandando ao menos outros dois times -- o Sheffield e o Manchester (nenhuma relação com os poderosos United ou o City) -- além de uma porção de jogadores brasileiros atuando por diversas outras equipes.

Diante do fato de que os principais torneios de futsal da Grã-Bretanha são comandados pela FA, alguém pode imaginar que o nível é tão alto quanto o da Premier League. Mais do que isso, podem até supor que eu sou bom de bola.

Longe disso, longe disso mesmo.

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Para começo de conversa, o futsal ainda é uma modalidade absolutamente incipiente em terras bretãs. Foi somente no início da década que o esporte começou a ganhar alguma força no país.

Rogério de Oliveira, meu ex-técnico do Kickers e que participou desse processo de expansão do futsal por aqui, diz que os torneios da modalidade começaram a surgir em 2003 graças ao empenho de um bando de brasileiros, além de portugueses, russos e lituanos.

Em 2008, a FA resolveu assumir o futsal, bancando todos os custos dos torneios. Mesmo assim, os clubes continuam com pouca estrutura. A maioria absoluta treina uma ou duas vezes por semana em quadras alugadas e não paga qualquer salário a seus jogadores.

Na verdade, os atletas é que costumam contribuir para manter o time jogando.

Outra prova da incipiência da modalidade é que a seleção inglesa de futsal surgiu apenas em 2003 e conseguiu apenas três vitórias em sete anos.

É difícil prever se um dia o futsal vai mesmo deslanchar por aqui. A intenção da federação e dos clubes é que todos tenham sua própria quadra para mandar seus jogos a partir de 2011. Ou seja, eles precisarão virar clubes de verdade.

Mas isso parece pouco provável diante de tamanho desinteresse pelo esporte por parte dos ingleses e, por tabela, da mídia.

Há boatos até de que a FA vai cancelar a FA Futsal Cup deste ano. Talvez o domínio brasileiro esteja incomodando os dirigentes.

Em suma, o futuro do futsal no país é muito incerto.

Quanto ao meu futebol, comunico que pendurei o tênis de futsal no meio do ano passado depois de me conformar com o fato de que não passava de um ex-atleta em atividade.

Fotos: jogo Kickers x Enfield pela FA Futsal League

E agora, é bye-bye Robinho?

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Ricardo Acampora | 14:21, segunda-feira, 25 janeiro 2010

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Se valer o escrito nos jornais ingleses desta segunda-feira, Robinho fez sua última partida com a camisa do Manchester City neste domingo e agora deve estar arrumando as malas para voltar ao Brasil.

O jogador marcou o quarto gol do City na vitória de 4 a 2 sobre o Scunthorpe pela Copa da Inglaterra. O primeiro gol de Robinho na temporada 2009-10. Ao todo, ele marcou 16 vezes desde que foi contratado em 2008.

Seu destino seria o Santos, de onde saiu em 2005 para sua aventura em campos europeus.

Até semana passada o jogador não desmentia mas também não confirmava os rumores, mas no domingo, em entrevista à rádio Bandeirantes, ele disse que foi avisado pelos diretores do City que deveria mesmo ser emprestado ao Santos.

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O técnico do City, o italiano Roberto Mancini, diz que Robinho ainda é jogador do clube e gostaria de contar com ele. Pelo seu lado, o jogador disse que se sair a culpa é de Mancini, já que com o italiano não teve muita chance de jogar.

O certo é que o jogador da seleção brasileira não correspondeu às expectativas no futebol inglês.

Decepcionou os torcedores, não agradou aos dois técnicos que teve no City, e se transformou num potencial prejuízo financeiro para os príncipes árabes que desembolsaram quase R$ 100 milhões para comprá-lo ao Real Madrid.

Robinho não se adaptou ao futebol daqui, muito rápido e com marcação em cima. Suas pedaladas não o levaram longe e acabou na reserva de um time que é apenas médio.

A situação piorou no fim de semana anterior quando o City enfrentava o Everton pelo campeonato inglês.

Chamado do banco aos 9 minutos do primeiro tempo para substituir o paraguaio Roque Santa Cruz que tinha se machucado, Robinho foi tirado do time aos 15 minutos do segundo tempo pelo técnico, depois de mais uma atuação apagada.

Se deixar mesmo o Manchester City Robinho não deverá levar saudade da cidade chuvosa, fria e cinzenta.

Da mesma forma, sua passagem por lá não foi marcada pelo sucesso. Depois de ter chegado como a grande promessa que iria levantar o City, Robinho caiu na desgraça da torcida que passou a vaiá-lo, o acusou de individualismo e de não se empenhar no combate ao adversário quando perdia a bola. Um dos representantes da torcida organizada do City, disse que a maioria dos torcedores do clube querem ver Robinho pelas costas. Segundo ele, o brasileiro não tem espírito de equipe e acaba atrapalhando os planos do clube.

Pelo lado bom, ele vai para a ensolarada Santos, vai ter oportunidade de brigar mais de perto por uma vaga na seleção que vai à Copa e de quebra deve levar uma conta bancária recheada de libras. Segundo os jornais, desde que assinou com o City Robinho faturou £100 mil por semana, cerca de R$300 mil a cada 7 dias.

Tévez x Manchester United: primeiro round

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Ricardo Acampora | 15:19, quinta-feira, 21 janeiro 2010

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A polêmica envolvendo Carlos Tévez e Gary Neville esquentou a rivalidade entre as torcidas dos dois grandes clubes da cidade de Manchester, o City e o United.

Tévez, comprado pelo City depois de ter sido dispensado pelo United, fez, na terça-feira, os dois gols da vitória de 2 a 1 em cima do ex-clube, na partida de ida da semi-final da Copa da Liga.

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Na comemoração de cada um dos gols, Carlitos saiu correndo na direção do banco do Manchester United e em frente ao técnico Alex Fergusson colocou as mãos em concha nas orelhas como quem diz: e agora, quem vai falar mal de mim?

Fergusson não quis pagar o preço de £25 milhões pedido pelo passe do argentino. Tévez acabou comprado pelo City, que agora pertence ao cheque árabe Mansour bin Zayed Al Nahyan.

Ofendido pela "vingança" de Carlos Tévez, o lateral reserva do United, Gary Neville, revidou fazendo um gesto obceno, esticando o dedo médio na direção do ex-colega de clube.

Carlitos continuou a gozação abrindo e fechando os dedos da mão direita como a chamar de faladores o lateral, a torcida e a diretoria do Manchester United.

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Nesse primeiro round o argentino levou a melhor. Saiu de campo vitorioso, e de uma maneira geral a imprensa condenou o gesto agressivo de Neville com alguns jornalistas chegando a sugerir que o lateral fosse punido pela federação, o que parece que não vai acontecer.

Em entrevista ao jornal Daily Mail, Tévez disse que Gary Neville não conhece os detalhes da sua dispensa do clube e que o gesto do lateral tinha sido desrespeitoso.

A polêmica continuou crescendo. Os jornais de sexta trouxeram mais decalrações do argentino, chamando Gary Neville de idiota e puxa-saco.

O tablóide Metro, distribuído gratuitamente no metrô de Londres, tomou as dores do jogador do United, dizendo que Neville merece respeito e lembra que ele passou toda a sua carreira num único clube enquanto Tévez já esteve em 4 clubes desde que saiu da Argentina, "o que mostra uma preocupação mercenária que tem mais a ver com ambição financeira do que com a carreira esportiva."

Com seu conhecido estilo de jogo, que alia técnica e muiita raça, e com 12 gols marcados no campeonato desse ano, Tévez se tornou o maior ídolo do City e a torcida agora aproveita para provocar os torcedores do clube vizinho, revidando anos de gozação.

Agora o argentino deve se preparar para enfrentar a fúria dos torcedores do United na partida de volta, marcada para a próxima quarta-feira no campo do adversário.

Tentando aliviar a tensão entre as torcidas e evitar possíveis problemas, a Football Association já convocou representantes dos dois clubes para uma reunião.

Destaques da rodada

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Ricardo Acampora | 16:40, segunda-feira, 18 janeiro 2010

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Desta vez foi unânime, tanto no Brasil como aqui na Europa, Ronaldinho recebeu elogios pelo futebol apresentado em campo.

Na rodada deste fim de semana, Ronaldinho foi o grande nome entre os brasileiros que jogam aqui na Europa, tendo marcado três dos gols da vitória de 4 a 0 do Milan sobre o Siena.

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Mesmo sem mostrar o brilhantismo do passado, o Gaúcho teve uma excelente atuação e mereceu os elogios que vem recebendo da imprensa brasileira.

E a imprensa italiana também elogiou o brasileiro. O jornal Gazzetta dello Sport, chamou o Gaúcho de Super Ronaldinho.

Será que o futebol dele já é tão super assim, a ponto de convencer o Dunga a colocá-lo como titular da seleção?

Domingo tem Milan x Inter. Vamos ver se no grande clássico milanês, Ronaldinho consegue convencer os mais céticos (dentre os quais me incluo) de que já faz por merecer uma convocação.

Contrastando com a boa fase de Ronaldinho Gaúcho, Robinho teve mais uma rodada de inferno astral aqui na Inglaterra.

O brasileiro já é a terceira opção de atacantes do novo técnico do Manchester City, Roberto Mancini.

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No jogo de sábado contra o Everton, Robinho foi chamado por Mancini aos 9 minutos do primeiro tempo para substituir o paraguaio Roque Santa Cruz que se machucou.

O City sofreu dois gols no primeiro tempo e Robinho teve mais uma atuação inexpressiva.

Aos 15 minutos do segundo tempo, Mancini preferiu tirar o reserva Robinho para colocar no seu lugar o esforçado Shaun Wright-Philips.

A substituição não alterou o placar do jogo, mas foi de uma certa forma humilhante ver o jogador mais caro do futebol inglês, tido por muitos como titular da seleção brasileira, não ter espaço nem como segundo reserva de um time medíocre como o Manchester City.

Será que o Dunga está preocupado? Ou será que ele também já escalou Robinho na reserva do seu time?

Outro destaque da rodada foi a excelente atuação do Barcelona no sábado ao vencer o Sevilla por 3 a 0 no Camp Nou.

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O time de Guardiola voltou a mandar no jogo, mantendo cerca de 70% de posse de bola, não dando a mínima chance ao Sevilla.

No final do jogo, o time catalão ainda aplicou um olé no time do Sevilla, que ficou na roda vendo os jogadores do Barça trocarem passes com cada um dando apenas um toque na bola.

A torcida delirou e deu para sentir um sabor de vingança no olé do Barcelona. Afinal, na quarta-feira, o time tinha sido eliminado da Copa del Rey pelo mesmo Sevilla.

Guardiola, enfim, "dá provas de que é humano"

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Ricardo Acampora | 16:48, quinta-feira, 14 janeiro 2010

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Apesar de ontem ter vencido o jogo de volta contra o Sevilla por 1 a 0, o Barcelona acabou eliminado da Copa del Rey.

O técnico do Barça, Josep Guardiola, perde assim o primeiro torneio que disputa desde que assumiu o comando da equipe no começo da temporada de 2007.

Até hoje foram seis taças levantadas: Copa da Espanha, Campeonato Espanhol, Champions League, Copa del Rey, Super Copa da Uefa e Campeonato Mundial Interclubes da Fifa.

Mesmo tendo dito no início da temporada que não se deveria esperar do time do Barcelona, o mesmo nível de sucesso este ano, Guardiola entrou em campo ontem com a chamada força máxima.

Dos titulares de sempre o time só não contou com Keita e Touré, que estão disputando a Copa Africana das Nações.

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O gol de Xavi, mercado no segundo tempo, não foi suficiente para evitar a eliminação.

O Sevilla tinha vencido a partida de ida, disputada no Camp Nou, por 2 a 1, e segue na competição favorecido pelo critério do maior número de gols marcados na casa do adversário.

Se por um lado a eliminação do Barça reforça os argumentos dos que vêem os primeiros sinais de decadência do time catalão, por outro, alivia a situação do Sevilla, que vem colecionando resultados negativos no cameponato espanhol.

O Gaúcho e o Fabuloso

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Ricardo Acampora | 12:38, segunda-feira, 11 janeiro 2010

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Ontem não vi Milan x Juventus, vencido pelo rubro-negro por 3 a 0, gols de Nesta e Ronaldinho (2). Todos a partir de cobranças de escanteios.

Fico confuso e desorientado toda vez que tento recuperar um jogo perdido do Milan lendo as matérias de jornais e sites esportivos.

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Os sites brasileiros têm destacado sempre as boas atuações de Ronaldinho. Falam maravilhas e dão como certa a convocação pelo Dunga. Fico sempre com a impressão de que o gaúcho está voltando à melhor forma.

Leio os sites europeus, incluindo os italianos e tenho uma outra impressão.

A de que Ronaldinho vem jogando bem, é verdade, mas ainda está muito longe do jogador que desequilibrava, do artista que humilhava adversários com dribles desconcertantes, lançamentos geniais e chutes mortais que desafiavam as leis da Física.

Vejo que o Ronaldinho de agora resolve, mas marcando de cabeça, escorando um cruzamento, empurrando uma bola solta na área, cobrando pênalti e falta, sem as agradáveis surpresas do passado que faziam a diferença.

Não que não seja eficiente e útil, mas já temos quem faça isso na seleção. Acho que o gaúcho ainda tem que descobrir onde deixou a fórmula do futebol mágico que nos acostumou a ver.

Se Dunga decidir por ele, espero não me decepcionar. Espero não voltar a ver um Ronaldinho apático, fazendo pose para as câmeras de TV na hora de cobrar falta para fora. espero ver um Ronaldinho com arte e garra, como há alguns anos não vejo.

Fabuloso

Por falar em seleção, lembrei de Luís Fabiano e do campeonato espanhol. Rodada sem grandes novidades, com o Barcelona e Real Madrid vencendo seus jogos sem dificuldade e mantendo a ponta nesta ordem.

O que me chamou atenção foi a queda do Sevilla. Desde o jogo contra o Valladolid, no começo de dezembro, em que o Luís Fabiano se contundiu com uma forte torção no tornozelo, o time perdeu três vezes, sendo duas em casa, empatou uma e venceu uma única vez por 1 a 0.

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Do terceiro lugar que ocupava na tabela enquanto teve o Fabuloso no ataque, o Sevilla agora está em quinto, fora portanto do cobiçado G-4.

Será que no caso de uma necessidade como essa, a seleção do Dunga teria um substituto à altura do Luís Fabiano?

Crise, que crise?

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Ricardo Acampora | 15:06, sexta-feira, 8 janeiro 2010

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Bastaram alguns resultados negativos do Manchester United para a imprensa inglesa identificar os primeiros sinais de decadência no clube.

Um artigo do The Guardian, cita o torcedor "Richard" que durante um programa do canal a cabo do clube, pediu a demissão do super técnico Alex Fergusson depois da derrota de 1 a 0, em casa, para o Leeds, time da terceira divisão, e que acabou eliminando o Manchester da Copa da Inglaterra.

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Lógico que Sir Alex não vai ser demitido. Ele é o técnico de clube com o melhor CV do mundo. Nesses 23 anos em que está no comando do time, o escocês ganhou 11 campeonatos, 5 Copas da Inglaterra, 3 Copas da Liga, 2 Champions League, 2 Campeonatos Mundiais Interclubes, e 1 Super Copa da Uefa.

E apesar da fraca temporada, o Manchester se mantém no segundo lugar no campeonato inglês, apenas 3 pontos atrás do líder Chelsea.

Mas, os implacáveis jornalistas esportivos esmiúçam arquivos e compilam estatísticas para montar uma teoria que mostre que a má fase pode ser duradoura.

Para muitos, o clube perdeu a capacidade de renovação e já não consegue revelar talentos com a qualidade de um Giggs, Scholes ou Beckham.

As reportagens mostram que o plantel atual sofre com o envelhecimento dos ídolos Paul Scholes (35), Gary Neville (34), Ryan Giggs (36), Edwin van der Sar (39), Rio Ferdinand (31) e Michael Owen (30).

E fora Wayne Rooney e o zagueiro sérvio Vidic, as aquisições (incluindo o búlgaro Berbatov e os brasileiros Anderson, Rafael e Fábio) não conseguiram repetir o brilho de gerações anteriores.

O time não tem ainda um substituto à altura de Cristiano Ronaldo, vendido ao Real Madrid, e com isso perdeu a capacidade ofensiva que o levou a dois campeonatos mundiais.

Nas três partidas que disputou em casa pela primeira fase da atual Champions League, o Manchester United permitiu que os adversários marcassem primeiro.

Algumas reportagens ressaltam que o clube também perdeu poder de compra e com isso a capacidade de reverter a atual situação.

Com dívidas de cerca de R$ 2 bilhões - o que gera uma conta de juros de R$ 3 milhões a cada 6 dias - a diretoria não deve anunciar nenhuma contratação fabulosa na janela desse mês.

O time vai assim na contra-mão do arqui-rival, Manchester City, o clube mais rico do mundo.

Aos poucos, o novo técnico do City, Roberto Mancini, vai reforçando o plantel. A novidade desta semana foi a contratação por empréstimo de Patrick Vieira, que apesar dos 33 anos, deve dar ao time a mentalidade vencedora de que Robinho tanto sente falta.

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Além de olharem com inveja para os vizinhos, os torcedores dos "Diabos Vermelhos" devem estar aguardando apreensivos a fase mata-mata da Champions League, quando o time encara o Milan, de Pato, Ronaldinho, Pirlo, Seedorf, e, ironicamente, de David Beckham, prata da casa e ex-ídolo do Man U. O jogo de ida está marcado para 16 de fevereiro, para o estádio San Siro, em Milão.

Um lugar para Beckham e a 'reinvenção' de Ronaldinho

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Daniel Gallas | 15:23, quinta-feira, 7 janeiro 2010

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Ao contrário dos campeonatos Inglês e Espanhol, que começaram o ano com desfalques e atrasos, o Italiano voltou em 2010 a todo o vapor. Todos os líderes ganharam suas partidas e 33 gols foram marcados na primeira rodada do ano, disputada na quarta-feira.

beckham226.jpgA Inter, primeira colocada, bateu o Chievo por 1 a 0 e abriu oito pontos em relação ao Milan, que tem um jogo a menos. Novamente, dois episódios se repetiram na partida: torcedores do Chievo fizeram xingamentos racistas contra Mario Balotelli, que respondeu marcando o gol da vitória.

A terceira colocada Juventus venceu o Parma por 2 a 1 e no próximo domingo poderá roubar o segundo lugar do Milan, em confronto direto dos dois times.

O destaque da rodada foi a goleada do Milan sobre o Gênova, de 5 a 2, que marcou o segundo recomeço de David Beckham na Itália com presença do técnico da seleção inglesa, Fabio Capello, no estádio. Beckham jogou por 76 minutos e participou do lance que gerou um dos três pênaltis a favor do Milan.

O curioso do jogo de quarta foram as mudanças de Leonardo no esquema tático e na escalação.

O Milan costuma jogar em um 4-2-1-3, com três atacantes e um elo, o holandês Clarence Seeforf. Com a lesão do holandês, Leonardo optou por um 4-3-3, surpreendendo a todos com Beckham no ataque, no lugar de Pato, que se machucou na véspera da partida.

O inglês é mais um a entrar no rodízio da frente, por onde passam Ronaldinho Gaúcho, Pato, Inzaghi e Borriello.

Leonardo já manifestou que gosta de Beckham e o vê com plenas condições de ser titular. Pelo que mostrou na quarta, o técnico brasileiro pretende reinventar a função do inglês - o transformando de ala em ponta.

Leonardo vinha sendo criticado no começo da temporada e chegou a estar com seu cargo ameaçado, mas nos últimos jogos vem colhendo bons resultados e mostrando versatilidade no uso de seu enorme plantel.

Curioso é que Leonardo parece ter "reinventado" Ronaldinho Gaúcho. No Barcelona, o jogador era uma espécie de "maestro", por quem passavam todas as jogadas. No Milan, o papel de maestro é de Pirlo. O outro "cérebro" do time é Seedorf.

Ronaldinho Gaúcho funciona mais como um soldado do ataque, puxando marcadores, driblando e tabelando com os ótimos atacantes Pato e Borriello. Hoje não há lugar para Ronaldinho no meio, já que Pirlo, Ambrosini e Seedorf sobram em campo. É nessa função mais ofensiva que Ronaldinho está apresentando bons resultados e talvez esteja aí sua chance de voltar à Seleção brasileira.

Desfigurado, o melhor do mundo perde em casa

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Daniel Gallas | 14:17, quarta-feira, 6 janeiro 2010

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Ressaca? O começo do declínio? Ou só um pequeno tropeço sem consequências?

messi226.jpgUm Barcelona irreconhecível entrou em campo na noite de terça pela Copa do Rei, na Espanha. Diante de um Sevilla desfalcado dos atacantes Luis Fabiano e Kanouté, a equipe grená voltou a perder uma partida no seu próprio estádio, o que não acontecia desde setembro, quando o Barça caiu para o Rubin Kazan, na Liga dos Campeões. O jogo acabou 2 a 1 para o Sevilla.

O Barcelona de ontem não estava irreconhecível apenas na forma de jogar - passando menos tempo com a bola no pé e criando menos chances de gol - como também na escalação. Os habituais titulares Victor Valdez, Puyol, Piqué, Busquets, Xavi, Henry e Ibrahimovic começaram a noite esquentando o banco (por sinal, quase metade do time que foi campeão da Liga dos Campeões passada).

Em campo, a dupla de zaga que começou jogando foi o ucraniano Chigrinski - muito criticado por ter cometido o pênalti que deu a vitória ao Sevilla - e Milito, que voltou a jogar uma partida oficial após um ano e meio de afastamento por lesão.

As únicas coisas reconhecíveis do Barcelona eram o esquema tático 4-4-3 e o esquadrão da frente - com Messi, Iniesta, Pedro e as subidas do lateral Daniel Alves.

Desde que começou o ano, cheio de desfalques (não nos esqueçamos de Touré e Keita, que estão na Copa da África), o Barcelona empatou uma partida em casa e perdeu outra. Fosse qualquer outro time, seriam fatos totalmente comuns.

Mas o Barcelona não é um time comum. No ano passado, ele foi disparado o melhor time do mundo, tendo conquistado a Copa dos Campeões, o Campeonato Espanhol, a Supercopa Espanhola e o Mundial Interclubes.

O próprio técnico - o badalado Pep Guardiola - andou reconhecendo que depois da temporada passada será difícil alcançar as expectativas de todos. Após a vitória no Mundial Interclubes, Guardiola previu: "A partir de agora, o futuro será negro."

Após a derrota de terça-feira para o Sevilla, o jornal madrilenho As já vê o declínio do Barcelona. é a manchete desta quarta-feira do jornal, em um artigo cético sobre o resto da temporada no Camp Nou.

Eu não acho que o Barcelona tenha muito com o que se preocupar em vários torneios que disputa. É verdade que seu rendimento caiu nesta temporada - mesmo em partidas que jogou com força total em campo. Mas pelo simples fato de que há poucos concorrentes no futebol europeu, o Barcelona continuará, na minha opinião, soberano nos campos daqui. Quem poderia superá-los hoje? Na minha opinião, só Chelsea e Arsenal teriam condições de desafiar o time catalão, mesmo assim com desvantagem.

Mesmo ontem, com todos os problemas e desfalques em campo, o Barcelona esteve bem perto do empate com o Sevilla, não fosse um gol perdido no finalzinho que nem o próprio Messi acreditou.

O maior perigo do Barcelona é este mês de janeiro, quando ainda jogará desfalcado dos atletas que estão na África, e alguns reservas ainda parecem patinar um pouco. Será que seus rivais na Copa do Rei e no Campeonato Espanhol - Real Madrid, Valencia e Sevilla - vão conseguir se aproveitar disso?

Maratona de futebol (na lama)

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Ricardo Acampora | 14:53, segunda-feira, 4 janeiro 2010

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Antes de mais nada, Feliz Ano Novo para todos nós! mesmo que tardiamente. Só hoje voltei das pequenas férias de Natal que são bem comuns por aqui.

Muita gente tem direito ao chamado Christmas Break, e fica em casa do Natal até o Ano Novo.

Menos os boleiros.

Estes trabalham como nunca. É impressionante! Um jogo atrás do outro.

Acho que é a única liga no mundo cristão que aproveita o período de festas para acelerar o calendário futebolístico. E tome jogo!

Tem time que nem chega a digerir a ceia de Natal e já volta a entrar em campo no sábado 26 e não para mais, com um pequeno intervalo entre uma partida e outra.

Entre jogos do campeonato, da Copa da Inglaterra e da Copa da Liga, tem time que entra em campo 6 vezes em 15 dias.

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No meio dessa maratona não é raro acontecerem surpresas e contusões.

No domingo, o poderoso Manchester United acabou perdendo por 1 a 0 para o Leeds United, um time da terceira divisão. O resultado eliminou o Manchester da Copa da Inglaterra.

O pior de tudo é que esses jogos são disputados em gramados muitas vezes alagados pela chuva, ou cobertos de uma camada fina de gelo ou grossa de neve, o que faz cair o nível técnico das partidas.

Como diria João Saldanha, campo perfeito para os zagueiros pernas-de-pau que distribuem trombadas e chutões. Os atacantes habilidosos sofrem e ficam expostos ao risco de sérias contusões.

Eu tenho uma teoria (possivelmente furada por falta de base técnica), que diz que esse hábito de jogar na parte mais rigorosa do inverno acaba tendo uma grande influência no estilo de jogo inglês e também no nível (fraco) do futebol que é praticado pelos garotos pretendentes a craques.

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Como a gente sabe, a Inglaterra é cheia de parques verdes e lindos, muitos deles com inúmeros campos públicos de futebol, todos gramadinhos, como os que habitam o sonho de qualquer peladeiro brasileiro.

Só que durante todo o verão (junho a setembro), esses excelentes campinhos são revertidos para a prática do cricket e não se pode jogar futebol neles.

Resultado, os garotos daqui têm que aprender ou aperfeiçoar os dribles e lançamentos em campos cheios de lama e poças d´água, e aturando um frio desestimulante (hoje de manhã o termômetro marcava 3 graus negativos quando sai de casa).

Assim não há quem aprenda!

E no longo prazo o resultado disso (ainda segundo minha teoria) é um campeonato cheio de estrangeiros de segunda ou terceira categoria com pouca oportunidade para os jovens ingleses num time da primeira divisão.

Real perde chance de ouro

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Daniel Gallas | 12:35, segunda-feira, 4 janeiro 2010

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Com os times ingleses engajados no fim de semana na tediosa Copa da Inglaterra (o Manchester United conseguiu ser eliminado por um time da terceira divisão), voltei minhas atenções para a primeira rodada do ano do Campeonato Espanhol.

ronaldo283.jpgInfelizmente, 'La Liga' também começou o ano ainda em ritmo de férias. Seria possível formar um time de ponta só com os jogadores que não entraram em campo no Espanhol no fim de semana, seja por folga, lesão ou por convocação das seleções para a Copa da África: Luís Fabiano, Aguero, Keita, Touré, Pepe, Kaká, Messi, entre outros.

O time que tinha mais a perder era o Barcelona, que começou a partida contra o Villareal sem Keita, Touré, Iniesta e Messi - o melhor jogador do mundo. Com tantos desfalques, o milionário Barcelona é quase um time comum. O destaque do primeiro tempo foi Pedro, jovem jogador com passagem pela Espanha Sub-20, que substituiu Messi e fez o único gol do Barcelona no empate de 1 a 1.

Impressionante é a mudança de atitude da equipe quando Iniesta está em campo, que passa a jogar de forma mais ofensiva. No segundo tempo, o meio-campista espanhol deu nova cara ao Barcelona, que ainda assim não conseguiu superar o Villareal. Os dois pontos foram os primeiros perdidos pelo time no Camp Nou no Campeonato Espanhol esse ano, que ainda lidera o campeonato, com 40.

Pior foi o fim de semana do Real Madrid. Sem Kaká e Pepe, o time que não conseguiu aproveitar a derrapada do Barcelona. Uma vitória contra o Osasuna colocaria os madrilenhos no topo da tabela, empatados em pontos com o Barcelona.

Em temperaturas congelantes, o Real pouco fez contra o décimo segundo da tabela. Por pouco a equipe não saiu de campo com uma derrota.

Com as derrapadas do topo, o fim de semana foi do Valencia, que ficou empatado por 93 minutos com o Espanyol. O atacante da seleção espanhola quase marcou um gol de placa, mas coube ao sérvio Zigic aproveitar de seus 2,03 metros de altura para desempatar a partida no minuto final. Com a vitória, o Valência está a oito pontos do líder Barcelona.

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