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Arquivo para junho 2009

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Bruno Garcez | 03:51, sexta-feira, 26 junho 2009

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michaelwalkoffame.jpgFoi esse o título do último disco dele. Lançado em 2001.

Com 10 milhões de cópias vendidas, Invincible esteve longe, muito longe de alcançar os 109 milhões de Thriller.

Mas a trajetória do artista faz total justiça ao título.

Com 12 anos de idade, ele alcançava as primeiras posições das paradas americana e britânica com uma canção...sobre um ratinho.

Uma década mais tarde, ele conseguia romper barreiras até então intransponíveis para um artista negro.

No início dos anos 80, a imberbe MTV não tinha por hábito exibir clipes de astros afro-americanos.

Thriller e Billie Jean não só acabaram exibidos pela emissora, como também ganharam as TVs de todo o mundo e redefiniram o conceito de videoclipe.

O álbum que trazia as duas canções se tornou um sucesso sem paralelo na história da música.

E seu intérprete se tornou o artista mais popular dos últimos anos.

Foi recebido pelo presidente dos Estados Unidos e, deferência ainda maior, seu bailado ganhou loas de ninguém menos que Fred Astaire.

Muito antes de os Estados Unidos terem um presidente negro, ele superava tabus em um país que apenas alguns anos antes ainda segregava seus cidadãos e fazia vista grossa para linchamentos e crimes motivados pelo ódio

Brancos, negros e hispânicos nos Estados Unidos passaram a copiar seus passos, suas roupas e trejeitos. Aos poucos, a tendência se repetia em todo o mundo.

Depois de Thriller, ele viveu uma maldição semelhante à que vitimou o cineasta e ator Orson Welles após Cidadão Kane.

Todos esperavam uma repetição da opra-prima inicial e não se contentaram com álbuns que mesclavam momentos brilhantes, pop competente e canções menos inspiradas.

Mesmo vivendo o que muitos caracterizavam como crise, ele seguia vendendo milhões e lotando estádios.

E o caminho aberto por ele, fazia do hip hop e do R 'n' B dois dos gêneros mais populares no planeta.

Sua vida atribulada, as acusações de abuso sexual contra crianças, as sucessivas cirurgias plásticas que deram a seu rosto o aspecto de uma máscara de cera incompleta ajudaram a derrubá-lo ainda mais.

Ele administrou suas finanças de forma inconsequente e logo estava afundado em dívidas, sofrendo processos de ex-assessores e tendo que sacar uma excursão do bolso para tentar equilibirar as contas.

Pouco antes de morrer, ele se preparava para uma megaturnê com 50 shows em Londres.

Mesmo não estando mais no auge, a notícia de que ele não mais estava entre nós levou americanos a montar vigílias improvisadas em diferentes partes do país, em sua homenagem.

Em uma de suas últimas entrevistas, para a revista Ebony, ele disse desejar que sua música lhe conferisse imortalidade.

Seu desejo se cumpriu. Michael Jackson não é só invencível. É também imortal.

Não chores por mim

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Bruno Garcez | 20:25, quarta-feira, 24 junho 2009

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marksanfordap226dentro.jpg
Em apenas uma semana, dois potenciais candidatos republicanos à sucessão de Barack Obama em 2012 admitiram - ou foram forçados a admitir - que tiveram relações extra-conjugais.

E daí?

E daí que por aqui, isso quer dizer muita coisa.

O Partido Republicano nos últimos anos se tornou um bastião da moral e dos bons costumes.

Pelo menos no papel.

Logo, sempre que algém em seus quadros incide em atos pouco condizentes com tais práticas, está em flagrante contradição com a suposta cruzada moral da legenda.

A última vítima é o governador da Carolina do Sul, Mark Sanford.

O governador, após um suspeito sumiço que ninguém em sua assessoria sabia justificar, reconheceu que passara os últimos dias na Argentina.

Pelo relato dele, tudo começou como uma amizade, mas aos poucos, sua relação com uma ''querida amiga'' passou para algo mais sério.

Como que um personagem do mais triste tango de Gardel, Sanford disse que passou os últimos cinco dias chorando na Argentina.

Sanford admitiu hoje o caso e renunciou à Presidência da associação de governadores republicanos.

E, por tabela, abdicou de um cargo bem mais grandioso...

a Presidência dos Estados Unidos.

Há poucos dias foi a vez do senador por Nevada John Ensign ter admitido que teve um caso com a mulher de um ex-assessor.

Ensign também vinha sendo mencionado como um potencial presidenciável em 2012.

O Partido Republicano já vinha passando por uma fase difícil, após ter sido duramente varrido das urnas por Barack Obama.

Desde os anos 80, os representantes da legenda se apresentam como os ''coroinhas'' da política americana, sempre zelando pelos valores familiares e a fidelidade e pregando contra o aborto, o casamento gay ou a presença de homossexuais no Exército.

Das duas uma, ou o partido abandona a cartilha moralizante ou arrisca estar sempre sendo exposto, com a escapolida de um senador, o flagra a um governador ou a pulada de cerca de um congressista.

Se os republicanos apostarem em seguir pelo caminho atual, é bem provável que as lágrimas que Mark Sanford contou ter derramado em Buenos Aires sejam vistas em profusão dentro de quatro anos, mas em Washington.

As reações à crise iraniana

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Bruno Garcez | 21:28, sexta-feira, 19 junho 2009

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khamenei190609_450.jpg

O presidente Barack Obama se limita a dizer que as cenas de violência no Irã, que mataram ao menos oito pessoas, lhe causaram ''profunda preocupação''.

Hoje, o líder supremo do Irã, Ali Khamenei, pediu a suspenção de manifestações de rua contra o resultado da eleição e as supostas fraudes que atingiram o pleito, lançando ameaças veladas de repressão.

Obama se viu forçado a reagir.

Mas o líder americano manteve o tom cauteloso, dizendo que ''todo mundo está assistindo'' aos desdobramentos da crise e acrescentando que os manifestantes têm o direito de se exprimir sem o risco de sofrer violência.

Obama tem evitado questionar a lisura do processo e preferiu não se aprofundar nas amplas denúncias de fraude que se seguiram ao pleito.

Muitos nos Estados Unidos compreendem a preocupação do presidente em evitar que os americanos sejam vistos como ''penetras'' em assuntos internos iranianos.

E, com isso, ameaçar polarizar ainda mais o clima no país e oferecer um pretexto para uma repressão violenta ao movimento oposicionista do Irã.

Mesmo com toda a cautela, o líder supremo do Irã, Ali Khamenei, já está acusando os americanos de ingerência na política iraniana.

Mas o Congresso e o Senado dos Estados Unidos decidiram que é hora de agir, se anteciparam ao líder americano e aprovaram nesta sexta-feira moções condenando o regime do Irã.

Para o candidato presidencial derrotado, o senador John McCain, Obama deveria falar publicamente que ''esta é uma eleição fraudada, corrupta'' e que os Estados Unidos apóiam o povo iraniano contra um regime opressivo.

A prudência do líder americano é o outro lado da moeda da ''real politik'' manifestada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Assim que indagado sobre os resultados da eleição, Lula afirmou que seria improvável ter havido fraude, visto que Mahmoud Ahmadinejad conquistou mais de 60% dos votos.

O líder brasileiro chegou a dizer que os protestos e denúncias lembravam a disputa de um Flamengo e Vasco, comentário quase quase idêntico ao do próprio Ahmadinejad, que comparou a divergência a um jogo de futebol.

Tanto o silêncio americano como o pragmatismo brasileiro se devem ao fato de que Estados Unidos e Brasil têm interesses em relação ao Irã que vão além do resultado da disputa eleitoral.

Os americanos buscam negociar diretamente com os iranianos o fim do programa nuclear do país.

E o Brasil, que deseja ter cada vez mais um papel ativo em fóruns multilaterais e finalmente assegurar o tão buscado assento no Conselho de Segurança da ONU, quer se cercar de amigos em tudo que é canto.

Por isso, o presidente Lula se apressou em dizer que o convite para Ahmadinejad visitar o Brasil segue de pé e que continua interessado em ir ao Irã.

Ele prefiu não levar em conta os inúmeros questionamentos sobre a legitimidade do regime iraniano, caso se confirme o quadro atual, e as perspectivas de uma explosão de violência no país, caso a tensão se intensifique.

Por isso, ainda que fazendo uso de expedientes totalmente distintos, ambos países estão colocando interesses nacionais acima da natureza do regime com o qual se negocia.

O líder da França, Nicolas Sarkozy, também demonstrou ponderação, mas salientou que não se pode deixar de identificar erros, quando estes são percebidos.

''Sou sempre favorável ao diálogo com o Irã, mas quando temos que condenar, nós condenamos.''

Lula e Obama deveriam analisar a frase do colega francês e encará-la como um conselho.

Karate Kid

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Bruno Garcez | 15:38, quinta-feira, 18 junho 2009

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obama_mosca450.jpgPrimeiro, ele deu o aviso: "Ei! Saia daí''. Mas o insolente intruso não atendeu ao pedido.

Assim, dotado de profunda concentração e disciplina, o presidente-ninja fez de sua mão um instrumento letal...

Para a mosca que insitiu em interromper uma entrevista que ele concedia à rede CNBC.

A destreza do líder americano em eliminar sem hesitação o pobre inseto foi vista em todas as TVs mundiais.

Clique aqui para ver o vídeo em que Obama elimina a mosca sem piedade

Mas, agora, um grupo de ativistas pró-direitos dos animais está condenando o presidente, por julgar que ele agiu não com a sabedoria de um senhor Miyagi, mas mais como um jiu-jitsu boy da Barra da Tijuca.

O grupo Pessoas em Defesa do Tratamento Ético para Animais (Peta, na sigla em inglês) enviou a Obama um dispositivo intitulado Katcha Bug Humane Bug Catcher.

Uma ferramenta que o próprio Buda teria saudado, uma vez que permite aprisionar uma mosca e, creio eu, quando esta não mais representa um tormento, permite soltá-la novamente.

''Nós defendemos a compaixão para todos os animais, até para os mais pitorescos, pequenos e menos simpáticos. Acreditamos que as pessoas devem demonstrar compaixão para com todos os animais '', explicou um porta-voz do Peta, Bruce Friedrich.

Para muitos que pensavam o contrário, e aqui nos Estados Unidos estes não parecem ser tão poucos assim, Friederich afirmou que ao matar uma mosca diante das câmeras, Obama ''demonstrou que não é perfeito''.

O vice-secretário de imprensa Josh Earnest afirmou que a Casa Branca não iria se pronunciar sobre o assunto.

O silêncio do ninja-no-comando só pode ser indicativo de que ele atualmente está em reclusão e em jejum, a fim de se livrar de pensamentos impuros.

De certo, uma forma de preparação para desferir um golpe certeiro capaz de consertar a economia americana, conseguir a aprovação de um amplo programa de Saúde e encontrar uma solução para o impasse no Oriente Médio.

Uma tarefa que nem mesmo o mestre do Kung Fu, Kwai Chang Caine (vivido pelo recém-falecido David Carradine), encararia de bom grado.

E um trabalho ainda mais difícil quando se vê que aquele que está incumbido de exercê-la não é perfeito. Longe disso. É tão somente um talentoso matador de moscas.

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