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As férias da família Obama

Alessandra Correa | 2011-08-20, 0:34

Em um país em que as férias dos presidentes costumam ser alvo comum de críticas, seja pela escolha do destino ou pela duração do descanso, a viagem do presidente Barack Obama à ilha de Martha´s Vineyard, nesta semana, vem sendo cercada de polêmica.

Muita gente acha que pegou mal a decisão do presidente de relaxar com a família à beira-mar enquanto a situação econômica do país se agrava, com o desemprego insistentemente em alta e instabilidade nas bolsas.

Obama saiu de férias depois de uma exaustiva negociação no Congresso para resolver o impasse sobre a elevação do teto da dívida e a redução do déficit orçamentário - que acabou levando ao rebaixamento da nota dos Estados Unidos pela agência de classificação de risco Standard & Poor´s.

Antes mesmo de a família Obama deixar Washington rumo à ilha - localizada no Estado de Massachusetts e destino popular entre a elite americana - muitos republicanos já pediam que o presidente cancelasse as férias.

O Comitê Nacional Republicano chegou a lançar um site () no qual o internauta pode criar um cartão-postal escolhendo entre diversas fotos de Obama se divertindo nas férias.

As principais críticas vêm dos republicanos que buscam a indicação do partido para concorrer à eleição de 2012, mas também são cada vez mais comuns manifestações de descontentamento por parte de democratas e simpatizantes.

A Casa Branca rejeita os comentários e diz que o presidente pretende apenas passar algum tempo com a família, mas não vai deixar de trabalhar durante os dez dias em que estará fora de Washington.

Mas o fato é que a imagem do presidente não anda muito em alta com os americanos. Pesquisas recentes mostram que nas últimas semanas a popularidade de Obama atingiu o nível mais baixo desde o início de seu governo.

De olho na insatisfação popular - e na reeleição -, poucos dias antes de sair de férias o presidente realizou uma miniturnê de ônibus por Estados do Meio-Oeste americano, cujo objetivo oficial era falar à população sobre a economia, mas que também foi criticada por ser um suposto evento de campanha.

O esforço para melhorar a imagem e afastar o descontentamento dos americanos deve continuar quando Obama voltar à capital. Assim que a temporada de férias acabar, o presidente retoma sua agenda na Casa Branca com um grande discurso no qual pretende anunciar um novo plano para a geração de empregos.

°ä´Ç³¾±ð²Ô³Ùá°ù¾±´Ç²õDeixe seu comentário

  • 1. à²õ 02:09 AM em 29 ago 2011, C.Paoliello escreveu:

    Tanto faz Obama estar no Norte, no Sul, no Leste ou no Oeste americano já que ele já não governa. O desgoverno dele já foi totalmente dominado pelos republicanos, e pior, pela extrema-direita republicana, o tal de Tea Party, formado por uma legião de fanáticos fundamentalistas cristãos. O mundo que se prepare para a volta destes trogloditas ao governo, como nas eras Bush pai e Bush jr., de triste lembrança, pois Obama não tem força nem para impor sua recandidatura ao partido Democrata. O império americano se debate para sobreviver ante sinais concretos de decadência e de sua breve substituição pela China, como país mais poderoso do mundo. E é neste esperneio estadunidense que está o perigo de que venham a invadir outros países, para pilhar suas riquezas como fizeram no Iraque, no Afeganistão e agora na Líbia com a mão de gato da OTAN.

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