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Novo nome e poucas mudanças para a América Latina

Alessandra Correa | 00:06, quarta-feira, 28 setembro 2011

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Sem muito alarde, o presidente Barack Obama enviou ao Congresso americano a proposta de efetivação de Roberta Jacobson no cargo de Subsecretária de Estado para o Hemisfério Ocidental, que ela já vem exercendo desde julho, com a saída de Arturo Valenzuela.

Com vasta experiência na região e uma carreira de vários anos no Departamento de Estado - ela foi vice de Valenzuela, dirigiu o escritório de assunto mexicanos, foi coordenadora de assuntos cubanos e passou pela Embaixada americana no Peru -, Jacobson é considerada uma aposta segura.

Em um momento de extrema divisão política nos Estados Unidos, o que o governo menos quer é que se repita o episódio da indicação de Valenzuela.

Na época, em 2009, o senador republicano Jim DeMint provocou o adiamento da aprovação de Valenzuela devido a divergências sobre a postura do governo Obama em relação à crise em Honduras.

Como me disse o brasilianista Peter Hakim, presidente emérito do instituto de análise política Inter-American Dialogue, Jacobson já seria uma forte candidata ao cargo em qualquer circunstância, mas o fato de não ser identificada com atividades políticas ou posições ideológicas ajuda bastante.

Além disso, se em 2009 havia vários temas polêmicos relacionados à América Latina, no momento as relações dos Estados Unidos com o continente estão em uma fase mais tranquila e carecem tanto de grandes conflitos quanto de entusiasmo.

Valenzuela anunciou ainda no início de maio que deixaria o cargo para retomar suas atividades na Universidade de Georgetown, onde é professor.

Depois de dois anos de poucos avanços, o anúncio da troca de comando no cargo mais importante do Departamento de Estado para a América Latina foi encarado como uma oportunidade de os Estados Unidos darem novo rumo à relação com o continente e recuperar a influência perdida.

A confirmação de Jacobson, porém, indica que, pelo menos por enquanto, em véspera de ano de eleição presidencial, não se deve esperar grandes mudanças na política americana para a região.

O plano para gerar empregos e o apoio a Obama

Alessandra Correa | 01:14, sábado, 17 setembro 2011

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Uma semana depois de Barack Obama ter apresentado sua proposta para combater o desemprego nos Estados Unidos - com um plano no valor de US$ 447 bilhões, que ainda precisa ser aprovado pelo Congresso -, uma nova pesquisa de opinião revela que o apoio ao presidente continua em baixa.

Segundo a pesquisa, realizada em conjunto pelo jornal The New York Times e a rede CBS News, a aprovação do presidente caiu para 43%, nível mais baixo desde o início de seu governo, mas ainda assim acima dos 39% registrados pelo Instituto Gallup em agosto.

A desaprovação ao presidente também chegou pela primeira vez a 50% (outros 7% não responderam). Segundo o New York Times, Obama segue perdendo apoio dentro de sua própria base e, apesar dos esforços, não tem conseguido conquistar os independentes.

Se por um lado a maioria dos entrevistados diz aprovar os principais pontos do plano apresentado por Obama, apenas 34% apóiam a maneira como ele lida com a economia, e mais da metade afirma temer que o país esteja a caminho ou até mesmo já tenha mergulhado em uma nova recessão.

A economia - e principalmente o desemprego, insistentemente acima dos 9% - são citados como as principais preocupações dos americanos, que no ano que vem elegem seu presidente.

Mas se o horizonte não é bom para Obama, também não parece muito melhor para a oposição republicana de acordo com a pesquisa, que foi feita por telefone com 1.452 adultos e com margem de erro de três pontos percentuais.

Segundo o levantamento, no geral o eleitorado não concorda completamente com as mensagens apresentadas pelos republicanos que buscam a indicação do partido para concorrer à Presidência e 50% gostariam de ter mais opções de candidatos.

Quando questionados sobre a atuação dos congressistas, os americanos soam ainda mais desiludidos: apenas 12% dizem aprovar a maneira como o Congresso está desempenhando suas funções.

As eleições nos EUA e o "fator mórmon"

Alessandra Correa | 01:35, quarta-feira, 7 setembro 2011

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Uma pesquisa que acaba de ser divulgada nos Estados Unidos revela que a aceitação dos mórmons na sociedade americana ainda está bem atrás de outras religiões - um dado interessante no momento em que a corrida presidencial tem dois representantes da crença, os republicanos Mitt Romney e Jon Huntsman, que brigam pela indicação do partido para concorrer nas eleições do ano que vem.

Segundo a pesquisa, divulgada pelo Public Religion Research Institute em conjunto com o Brookings Institution, em Washington, 67% dos americanos têm opinião favorável em relação aos mórmons - percentual abaixo do obtido por católicos (83%) ou judeus (84%).

Entre os republicanos, os mórmons contam com 74% de aprovação, nove pontos percentuais acima do registrado entre democratas.

Em um capítulo batizado de "O Fator Mórmon", os autores da pesquisa revelam que ainda há desconhecimento e confusão por parte dos americanos sobre a religião: menos da metade da população (e apenas 34% dos evangélicos) pensam que a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias é cristã.

No entanto, o estudo indica que o fato de a maioria dos evangélicos acreditarem que os mórmons não são cristãos não significa necessariamente que tenham uma opinião negativa sobre eles. Segundo os autores, as atitudes dos evangélicos em relação aos mórmons são moldadas não tanto pela teologia, mas por aspectos como vida familiar, valores tradicionais e sua "tendência conservadora".

De acordo com a mais recente pesquisa de intenção de voto, divulgada pelo jornal The Washington Post e pela rede de TV ABC, Romney perdeu a dianteira na preferência dos republicanos, com 22%, ultrapassado por Rick Perry, governador do Texas que entrou na disputa em agosto e obteve 27%.

Mas muito ainda pode acontecer antes de o Partido Republicano escolher seu candidato e de os americanos elegerem seu presidente.

"A principal questão diante de Mitt Romney e Jon Huntsman nos próximos nove meses não será se são cristãos, mas se são suficientemente conservadores", dizem os analistas do Brookings.

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