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Arquivo para junho 2010

O futuro energético da Europa deve subir o telhado

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Eric Camara | 12:07, quinta-feira, 24 junho 2010

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telha-solar.jpgO futuro energético europeu deve subir o telhado, mas no melhor sentido: um novo levantamento da Associação Europeia da Indústria Fotovoltaica (AEIF) calcula que 40% da energia consumida na Europa até 2020 poderia ser produzida por paineis solares em telhados e fachadas dos 27 países do bloco.

A associação estima a área aproveitável em nada menos que 22 mil quilômetros quadrados, o equivalente a 40% de todos os telhados e 15% das fachadas europeias. Com o aproveitamento dessa área, a Europa instalaria 1,5 mil GW de capacidade.

Para se ter uma ideia, o Brasil tem apenas cerca de 20 MW de capacidade instalada - um gigawatt (GW) equivale a mil megawatts (MW) - atualmente. A Alemanha, um dos líderes mundiais no setor de energias renováveis tem 9 GW instalados, e no mundo tudo a capacidade instalada gira em torno de 20 GW.

A Associação Europeia da Indústria Fotovoltaica quer incentivos dos governos para que prédios deixem de ser consumidores passivos de energia e passem a produzir eletricidade também.

vaticano.jpg"É essencial que sejam criadas condições favoráveis na Europa para apoiar um largo uso de células fotovoltaicas integradas aos prédios, que terão um grande impacto no desenvolvimento de construções na Europa", disse o secretário-geral da AEIF, Adel El Gammal.

O Vaticano há alguns anos entrou nessa onda e aproveitou para instalar paineis solares em uma parte do telhado que precisava de novas telhas.
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No Brasil, a ideia de integrar paineis solares à construção civil ganha força. Recentemente, o governo recomendou a instalação de sistemas solares de aquecimento d'água para as casas do programa "Minha Casa, Minha Vida".

Para a Copa do Mundo de 2014, estuda-se a instalação de paineis fotovoltaicos na cobertura de estádios para reduzir e até zerar o consumo de eletricidade da rede.

E onde você mora, será que o futuro também está na energia solar?

James Cameron contra o petróleo no Golfo

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Eric Camara | 19:08, quinta-feira, 17 junho 2010

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O diretor de Avatar, o canadense James Cameron, convidou há duas semanas um painel de 28 especialistas para discutir formas de parar o vazamento que desde o dia 20 de abril emporcalha o Golfo do México. O pelo Instituto Oceanográfico Woods Hole nesta semana.

As recomendações dos especialistas em oceanografia, direito marítimo e do governo americano, entre outros, vão desde ideias semelhantes às já tentadas ou aventadas pelos engenheiros da BP - como o uso de mangueiras menores para reduzir a quantidade de óleo que escapa ou a instalação de tampas sobre o poço - até planos mais arrojados e de longo prazo.

Nesta última categoria, incluo a proposta de criação de sistemas de monitoramento permanentes do fundo do mar e a aplicação de robôs para investigar nos escombros a 1,5 quilômetro de profundidade as causas da explosão da plataforma Deepwater Horizon.

Este último ponto pode ser extremamente importante para o Brasil (e outros países envolvidos em exploração em grandes profundidades), uma vez que poderia potencialmente evitar uma tragédia semelhante em plataformas em águas brasileiras.

A proposta de um sistema integrado (entre diferentes instituições) de monitoramento também é vital para que os cientistas tenham parâmetros para comparar o antes e o depois de desastres como este. Atualmente, pouco se sabe sobre os ciclos naturais da região como um todo.

E o pouco que se sabe está isolado em instituições independentes.

Talvez a ideia mais "cinematográfica" seja a criação de uma equipe de emergência para acidentes como este.

O esquadrão especial, na concepção do grupo reunido por Cameron, seria equipado com pequenos veículos-robôs e embarcações que poderiam ser rapidamente lançadas por aviões, barcos ou helicópteros sobre a região afetada, produzindo e transmitindo em tempo real informações sobre o desastre de forma de combate.

Depois de realizar com Avatar uma espécie de manifesto ambientalista hollywoodiano e de se envolver na defesa de grupos indígenas que se opõem à construção da hidrelétrica de Belo Monte, James Cameron parece ter assumido de vez a sua faceta ativista verde.

Será que ele vai fazer diferença?

'Americanos estão mais preocupados com o clima'

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Eric Camara | 18:12, quarta-feira, 9 junho 2010

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Nos Estados Unidos, depois da explosão da plataforma Deepwater Horizon, só se fala nas responsabilidades e obrigações das empresas petrolíferas, mas - ou talvez por isso mesmo - uma nova pesquisa de opinião indica que as mudanças no clima também preocupam os americanos cada vez mais.

Desde janeiro, a percepção de que o aquecimento global é um problema real subiu quatro pontos percentuais, para 61%, enquanto a percepção de que o problema é consequência das atividades humanas subiu três pontos, para 50%.

usaflag226.jpgOs resultados devem fazer pensar os senadores americanos que votam nesta semana uma resolução para derrubar a regulamentação do dióxido de carbono pela agência ambiental americana, a EPA.

Na pesquisa, realizada por pesquisadores das universidades de Yale e George Mason, o número de americanos que considera o aquecimento global uma questão importante pessoalmente também aumentou cinco pontos, passando a 63%.

Diante da maior catástrofe ambiental da História do país, os americanos também mostram uma preocupação cada vez maior com o uso de energias renováveis: a parcela que acredita que energias limpas deveriam ser uma prioridade do governo subiu 11 pontos desde janeiro, para 71%.

Já a porção de americanos que gostaria de ver o aquecimento global como prioridade máxima do presidente Barack Obama subiu um pouco menos: seis pontos, para 44%.

Outro resultado da pesquisa que pode servir de recado aos negociadores americanos atualmente discutindo um acordo sobre o clima em Bonn, na Alemanha, foi o aumento na proporção dos que querem que os Estados Unidos se comprometam em médio e longo prazo a combater o aquecimento global.

O número subiu sete pontos percentuais, chegando a 69% dos americanos, segundo a pesquisa das universidades.

Até o fim da semana, tanto senadores do Congresso americano quanto negociadores em Bonn deverão chegar às suas conclusões. Se essa pesquisa de opinião serve de bússola para as expectativas dos Estados Unidos sobre os seus governantes, há motivos para otimismo.

Mas servirá mesmo? E mais: se servir, estarão os governantes sintonizados com o povo?

Queimadas podem anular ganhos de Redd na Amazônia

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Eric Camara | 18:16, sexta-feira, 4 junho 2010

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O número de queimadas na Floresta Amazônica aumentou em 59% nas áreas com baixos índices de desmatamento - e estes incêndios podem ameaçar a redução de emissões obtida por projetos de preservação conhecidos como Redd (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação).

As conclusões são de um estudo da universidade britânica de Exeter que cruzou dados de desmatamento com os de queimadas detectados por satélite.

Em artigo publicado na edição desta sexta-feira da revista Science, os estudiosos destacam que as técnicas tradicionalmente usadas na agricultura amazônica são as grandes culpadas, já que provocam queimadas em ciclos de três a cinco anos.

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Como as emissões de gás carbônico resultantes do espalhamento destes incêndios a porções de floresta ao redor e às margens da mata, além da destruição de áreas em recuperação, não são levadas em conta nos sistemas de monitoramento do governo federal, os pesquisadores afirmam que os ganhos com projetos Redd podem estar sendo anulados.

A conclusão do estudo é que o uso de queimadas na agricultura precisa ser administrado de maneira sustentável para que programas de Redd possam ter o efeito desejado sobre a redução de emissões da região.

"Mudanças na frequência das queimadas podem ameaçar os benefícios conquistados pelo Redd, já que as tendências de incêndios são opostas às tendências de desmatamento", disse o cientista ambiental Luiz Aragão, da universidade de Exeter.

"No entanto, apesar da importância fundamental do mecanismo de Redd das Nações Unidas para a região amazônica, as queimadas atualmente são negligenciadas no arcabouço da ONU."

A recomendação de Aragão é um combate cerrado às queimadas, com financiamentos para equipamentos, treinamento e campanhas de informação para os agricultores amazônicos.

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