O que fazÃamos em Copenhague mesmo?
Eu e outros 99 colegas brasileiros estivemos na loucura que tomou conta da Dinamarca por duas semanas: manifestações, céticos indignados, ONGs barradas e muito drama de bastidores. Fiquei sabendo nesta terça-feira que nós tÃnhamos o mesmo número de jornalistas lá que a China, e pouco mais que paÃses ricos - e vizinhos - como Itália, Holanda e Espanha.
Lembro-me de ter almoçado algumas vezes com o autor do estudo citado, James Painter, ex-colega aqui de ³ÉÈËÂÛ̳ e termos conversado sobre a alta concentração de brasileiros lá.
E não eram só jornalistas. A delegação brasileira - que foi oficiamente reconhecida como a maior do evento - também chamava a atenção pelo corpulência.
Estive ocupado demais para poder descobrir o que tanta gente fazia em volta do pavilhão brasileiro no centro de conferência. O fato é que toda vez que passava por lá, via gente batendo papo em português, totalmente alheias à correria que se via no resto do Bella Centre.
Agora, fico sabendo que tÃnhamos mais gente credenciada como parte da delegação do que a Dinamarca. Como assim? Estávamos em Copenhague... Nem quero entrar na discussão sobre quem pagou, porque não tenho qualquer informação sobre isso.
Havia necessidade de termos 572 pessoas representando o nosso paÃs no encontro? A China, com seu bilhão e tal de habitantes tinha 333 representantes na sua delegação.
Se, por um lado, o estudo de James Painter indica que a forte presença da imprensa brasileira na reunião sobre o clima parece refletir uma preocupação crescente do público do paÃs sobre o assunto, me pergunto o que significaria este aparente enorme interesse do governo.
°ä´Ç³¾±ð²Ô³Ùá°ù¾±´Ç²õDeixe seu comentário
Cara, que paranóia.
O prezado jornalista deveria pesquisar sobre a expressão "boca livre".
Se sobrar tempo, "gasto de dinheiro p[iblico".
Inda bem que o governo está preocupado com a questão do meio ambiente... afinal, o Brasil é o maior interessado neste tema.
Coisas da nossa história, como lotar avião para visitar a terrinha (Mombaça?)
Dinheiro público dá em árvore, por isso o clima tem de estar mto bom, senão a colheita diminui.
Mesmo evitando menções diretas, fica claro que o jornalista preferiu lançar suspeitas do que fazer qualquer apuração.
Temos boas motivações, somos o paÃs lÃder neste setor, o de matriz energéticva mais limpa. Temos um dos públicos mais interessados sobre o tema.
Temos uma população 40vezes maior do que a Dinamarca. aliás para o meio ambiente global, a Dinamarca não faz diferneça alguma, nós fazemos.
São boas linhas de apuração caso o jornalista queira apurar algo aoinvés de ficar nesta linha nada jornaliÃstica...
As conclusões de Copenhague foram um fracasso. Agora na China não será diferente. As nações que causam maior poluição e efeito estufa, simplesmente não tomaram uma decisão para ajudar a resolver a questão. Continuarão com suas industrias que poluem o ar e os americanos não deixarão de consumir gasolina e seus derivados. O resultado e sempre o mesmo quem vai pagar a conta será os fracos e pequenos. Para mudar a cabeça dos que detém o poder das decisões em suas mãos, somente algo muito grave que por ventura vier acontecer.
O contigente de jornalistas e convidados brasileiros, mostra que estamos longe de querer melhorar ou racionalizar o uso dos bens que temos a disposição. O sacrifÃcio será sempre para o nosso vizinho...
Prezado Adriano, obrigado por acompanhar o blog. Não se trata aqui de lançar suspeitas, mas de uma comparação direta entre paÃses. Note que o interesse da nossa população sobre o tema é refletido pelo número de jornalistas, não da delegação oficial. A China é inegavelmente uma potência muito maior do que o Brasil - de matriz energética muito mais suja, porém investimentos vastamente maiores em uma matriz verde - e ainda assim levou um grupo bem menor à Dinamarca. Dinamarca que, independentemente do tamanho da população, era o paÃs-sede, com interesses óbvios na conferência. Fico satisfeito que o objetivo do meu comentário, fazer refletir, tenha sido cumprido. Um abraço, Eric
COP15 e tantas outras reuniões são importantes, mesmo que não se colha frutos imediato. O mais nocivo é exatamente o interesse em poluir as iniciativas.
O texto pode por sua vez importante, para mais uma vez, mexer em uma terra compactada e árida que exige muita persistência de quem deseja ver a consciência ecológica avançar.
Se pelo menos 10% dos 572 representantes se lembrar do que foram fazer lá, tá bom!
ref Adriano= "..linha nada jornalÃstica..". Eu sim, concordo com o jornalista. Na ocasião foi enviado o ministro do meio ambiente, ao qual foi ordenado aceitar como sua "madre superiora" a então candidata á presidencia da Republica. Pra_que?? Para "faturar" a grande facada preparada nos gabinetes de BSB que era de exigir a bagatela de US$ 100 Bi dos paÃses "RICOS" p/o patropi em termos de compensação. Compensar o que?? Se os "gringos" querem que o BR faça preservação, então vão ter que pagar por isto, pois os meus suditos não querem saber de proteção ambiental. NÃO calcularam quanto custa se não fizer nada= enchentes em Santa Catarina, RS, RJ, MG, ES, SP etc enormes perdas nas lavouras em varias regiões do paÃs etc etc... (É, o esperto sempre pensa que só êle é esperto e os outros são uns aloprados).
Logo os outros dois candidatos não poderiam faltar a marcar presença, numé? Imagine se a "esperteza" do profess... desse certo, hem? E não por acaso foi justamente nestas semanas que a aprovação de Lula passou dos 70% para o patamar de 80%!! Mesmo quem era contra o Lula, nesse momento aderiu à já famosa "lei do Gerson" numé?! Mas o tiro saiu pela culatra.
Tudo normal para um paÃs onde chegam helicopteros e camionetes da fiscalizaçao ambiental nos rincoes onde nunca chegou uma ambulancia ou patrol para as estradas.