³ÉÈËÂÛ̳

Arquivo para outubro 2010

O Estado e as escolhas difíceis

Rogério Simões | 12:14, terça-feira, 26 outubro 2010

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francablog.jpgDinheiro não cai do céu. Entre os inúmeros ditados populares, esse talvez seja o primeiro a ser ouvido por muita gente, ao pedir ao pai ou à mãe a compra de um brinquedo ou um chocolate extra. A economia mundial, setores privado e público incluídos, tentou nos últimos anos despistar esse fato criando modelos econômicos e financeiros baseados demasiadamente no crédito. Ou, mais precisamente, no débito. O setor financeiro cresceu e gerou riqueza espalhando crédito mundo afora, deixando grande parte do planeta endividada. O sistema ruiu e, para que não fosse à falência completamente, foi resgatado pelo Estado, que muitos no setor privado já consideravam um ator menor na economia. Nos Estados Unidos, na Europa ou no Brasil, a cena foi a mesma: o setor público salvando bancos ou impedindo o colapso da atividade econômica por meio de aportes bilionários ou incentivos fiscais. Como dinheiro não cai mesmo do céu, essa conta tem de ser paga por alguém em algum momento. É onde se encontram hoje, particularmente, a Europa e os Estados Unidos, que têm de fazer escolhas difíceis para salvar o futuro sem destruir o presente.

O Senado da França aprovou, dias atrás, o aumento da idade mínima para aposentadoria de 60 para 62 anos. A decisão, confirmada nesta terça-feira, foi tomada apesar dos inúmeros, gigantescos e muitas vezes violentos protestos (foto acima) de trabalhadores e estudantes por várias semanas em muitos pontos do país. O governo francês parece ter concluído que, especialmente com as pessoas vivendo muito mais do que antigamente, a população precisa pagar mais pelos benefícios da aposentadoria, trabalhando por mais tempo. Aqui na Grã-Bretanha, as eleições deste ano foram marcadas pelo tema dos cortes para reduzir o déficit público. O então governo, trabalhista, prometia cortar, mas não muito e aos poucos. A oposição conservadora prometia cortar imediatamente e bastante. Os conservadores saíram das urnas com o primeiro lugar, montaram uma coalizão com os liberais-democratas e na semana passada anunciaram cortes de 80 bilhões de libras (mais de R$ 200 bilhões) para os próximos quatro anos. A perspectiva é de que cerca de 500 mil empregos sejam fechados no serviço público britânico (parte deles inclusive na ³ÉÈËÂÛ̳).

Nos Estados Unidos, o debate também gira em torno de cortar ou não cortar, mas o governo do outro lado do Atlântico parece seguir o caminho oposto ao de Londres. A equipe de Barack Obama parece convencida da necessidade de ainda incentivar o crescimento econômico, por causa do alto desemprego no país (quase 10%). O presidente do Fed indicou semanas atrás que novas medidas serão necessárias para estimular a economia americana, mas muitos se preocupam com o atual nível do déficit. Esse debate colocou frente a frente, dias atrás, , defensor de cortes para conter a dívida. Outros países europeus e o Japão também sofrem com altos níveis de déficit público e têm tomado medidas para combater o problema. A palavra do momento, em grande parte do mundo desenvolvido, é "austeridade".

E o Brasil? Com crescimento econômico acima de 7% em 2010 e as menores taxas de desemprego desde 2002, o país não precisaria se preocupar, certo? Não exatamente. Nos últimos anos, o Estado brasileiro aumentou de tamanho, tanto na administração direta como nas suas estatais. Além disso, foi o Estado o grande responsável pela rápida recuperação econômica no meio da crise global, especialmente com medidas que incentivaram o consumo interno. O Estado demonstrou o seu valor na crise, mas precisa manter as contas em ordem se quiser evitar algum choque mais para frente, até porque a atividade econômica provavelmente terá menor ritmo a partir de 2011. O governo diz que ajuste fiscal neste momento não é necessário, apesar dos apelos de alguns especialistas, que veem em possíveis cortes uma mãozinha para a redução das taxas de juros.

É uma discussão longa, para a qual ainda não há resposta, e é possível argumentar em favor do pensamento do governo ou daqueles mais preocupados com o futuro das contas públicas. O mais importante, a esta altura do campeonato, seria saber o que pensam os dois candidatos a presidente. Mas não se sabe ainda o que fará Dilma Rousseff em relação aos gastos públicos depois que tomar posse. Ou o que fará no Planalto José Serra quanto à valorização do real, que promove importações e dificulta as vendas para o exterior. Muito pouco tem sido ouvido dos candidatos sobre o futuro da economia brasileira, que hoje vai muito bem, mas amanhã pode enfrentar problemas. O chamado Primeiro Mundo está tendo que cortar na própria carne para pagar a dívida pública, nascida do setor privado, o que agora não importa, porque quem paga a conta é o país. O Brasil já fez muito disso no passado e deveria evitar voltar a fazer no futuro. Espera-se que os candidatos a presidente tenham planos para essa questão, mesmo que não gostem de compartilhá-los com os eleitores.

Brasil, EUA e a sanidade

Rogério Simões | 15:17, segunda-feira, 18 outubro 2010

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odonnellblog.jpgBrasileiros e americanos irão às urnas nas próximas semanas. Três dias depois de o Brasil escolher um novo presidente da República, os Estados Unidos terão seu Congresso renovado e novos governadores eleitos. Os chefes das duas nações estão preocupados. Luiz Inácio Lula da Silva, que a esta altura do campeonato acreditava já poder estar opinando sobre o ministério de Dilma Rousseff, sabe que existe uma real possibilidade de ter de devolver a faixa presidencial ao PSDB. Barack Obama também pode receber o troco dos seus adversários, caso perca o comando das duas casas do Congresso para os republicanos, após apenas dois anos na Casa Branca.

Mas as semelhanças entre as duas eleições não se restringem aos desafios dos dois presidentes. Manifestações políticas vistas recentemente parecem dar razão ao humorista Jon Stewart, que convocou para o próximo dia 30, em Washington, . O alvo do sarcasmo de Stewart é o radicalismo de posições políticas que misturam preceitos morais, religião e preconceito e prejudicam aquilo que se espera da função pública: bom senso. O movimento conservador Tea Party tem sido destaque nas campanhas americanas, catapultando candidatos com pouca ou nenhuma experiência política. O conservadorismo do movimento vai muito além das posições de George W. Bush. A candidata republicana ao Senado em Delaware, Christine O'Donnell (foto acima), . Ela também já disse em entrevistas que os Estados Unidos gastam excessivamente em prevenção e tratamento da Aids e que seu país tem hoje uma economia "socialista".

O'Donnell não tem, aparentemente, chances de vencer o democrata Chris Coons na disputa em Delaware. Mas, em Nova York, outra criação política do Tea Party, o empresário Carl Paladino, ainda pode conseguir o posto de governador do Estado. Já apresentado aqui na ³ÉÈËÂÛ̳ Brasil por Lucas Mendes como um político no mínimo polêmico, por ter criticado a Parada Gay novaiorquina e o homossexualismo, que, pare ele, "não é uma opção igualmente válida ou bem-sucedida", em comparação com a formação de uma família tradicional. Talvez indicativo do sucesso de Paladino em parte do eleitorado, , incluindo o recente sequestro e tortura de um homossexual.

O Brasil é, como os Estados Unidos, um país jovem e de muita diversidade. Também é, como a superpotência do norte, um país em que a religião tem papel importante na condução da vida de cada indivíduo e na organização social de suas comunidades. Meses atrás, a campanha presidencial de 2010 parecia ser marcada por certa calmaria, diante de um país em um ótimo momento econômico e com os dois principais candidatos oriundos do movimento de centro-esquerda pela democracia e contra o autoritarismo. As indicações, porém, de que argumentos morais e de natureza religiosa poderiam garantir votos extras, caso fossem trazidos para o debate eleitoral, deram outra cara à campanha. O aborto passou a ser discutido a partir de crenças pessoais, em vez de ser analisado como uma questão de saúde pública ou mesmo sob o ponto de visto do custo financeiro (a morte de milhares de jovens mulheres tem um preço econômico alto para o país). Se a realidade nacional atual leva cidadãs brasileiras à morte, há um problema que a socieade precisa resolver, de forma racional e equilibrada. O problema concreto, entretanto, é deixado de lado para dar lugar a discussões subjetivas, como a própria crença pessoal de um político. A comunhão ou não de um candidato acaba tendo quase o mesmo peso das suas propostas para a ensino médio (o que, diga-se de passagem, ainda não foi detalhado por nenhuma campanha).

Quem investirá mais em saúde, Dilma Rousseff ou José Serra? Os dois pretendem ou não reduzir os gastos públicos a partir de 2011? Nas disputas americanas, o que defendem os candidatos ao Senado para melhorar as relações econômicas com a China? O que acham que deveria ser feito para reduzir a violência na fronteira com o México? No Brasil e nos Estados Unidos, perguntas importantes estão ficando sem respostas, enquanto crenças religiosas e discussões sobre estilos de vida tomam o tempo dos eleitores. Diante dos caminhos do debate político, é compreensível que um comediante esteja se mobilizando em favor da volta da sanidade.

A escolha de Marina

Rogério Simões | 11:15, segunda-feira, 11 outubro 2010

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marinabloged.jpgDos quatro principais candidatos no primeiro turno presidencial brasileiro, três tinham alguma ligação com o Partido dos Trabalhadores. Plínio de Arruda Sampaio, depois de passar quase 20 anos repetindo o bordão "Lula presidente!", não esperou nem o fim do primeiro mandado lulista para se desligar do partido que ajudara a fundar. Marina Silva ainda se arrastou pelo segundo mandato de Luiz Inácio Lula da Silva antes de abandonar o barco. Dilma Rousseff não fazia parte do grupo que criou o PT, mas acabou virando a nova cara de um partido que já teve nomes como Marina e Plínio impressos em seu DNA. Dos quatro candidatos, José Serra era o único que podia dizer que não tinha nada a ver com o atual governo. Agora, por ironia da vontade do eleitor, um segundo turno, julgado por muitos improvável, pode até mesmo dar a vitória ao solitário candidato tucano. Caso aconteça, será a maior derrota que um superpopular presidente da República já terá sofrido.

Como Plínio teve menos de 1% dos votos válidos no primeiro turno, tanto sua opinião como a do seu partido, o PSOL, contam pouco. Mas algo terá valor inestimável nesta segunda fase da disputa: a escolha de Marina. A ex-candidata apresentou uma lista de dez temas que deverão pautar a opção do seu Partido Verde para o segundo turno, que deve ser anunciada no próximo dia 17. Entre eles, . Mas Marina, que já avisou poder discordar e não seguir a orientação final da sua legenda, não é uma candidata qualquer, equidistante de PT e PSDB. Qualquer que seja sua decisão, mesmo que de neutralidade, o impacto no pleito poderá ser decisivo.

Marina tem um quarto de século de história dentro do PT, no qual estabeleceu uma relação próxima com Lula. Foi ministra do gabinete lulista por pouco mais de cinco anos e, apesar da posterior filiação ao PV, manteve-se aliada politicamente ao PT no Acre. Esse passado de relação quase umbilical com o partido do presidente sugere que Marina, por mais que tenha desenvolvido divergências idológicas e práticas com o governo, venha a optar por Dilma no segundo turno. Esse foi o caminho escolhido por Gilberto Gil, também do PV e ex-ministro de Lula, mostrando coerência com sua recente carreira política. Não haveria por que, em tese, Marina não fazer o mesmo. Entre sua ex-colega de ministério e um candidato que nunca participou de sua história política, entre a candidata do seu antigo companheiro de luta e um ex-membro do governo que ela derrotou em 2002, entre o partido que ela ajudou a consolidar nacionalmente e a legenda que ela mesma combateu durante anos, não deveria ser difícil para Marina decidir seu caminho. Dilma Rousseff tem, então, motivos de sobra para esperar por uma ajuda da ex-companheira, apesar de as duas terem representado interesses distintos dentro do governo federal.

Essa mesma lógica, entretanto, torna ainda mais prejudicial à candidata petista qualquer uma das outras opções de Marina Silva: o apoio a José Serra ou mesmo a neutralidade. Caso fique do lado tucano, Marina terá dado a última punhalada em seus ex-companheiros petistas, entre eles Lula. Seria quase o mesmo que Hillary Clinton apoiar o republicano John McCain contra Barack Obama após ser preterida nas primárias democratas. A ex-ministra verde pode ter seus motivos para rejeitar o governo de que fez parte, e sua relação com Dilma no ministério certamente não foi das mais amistosas. Mas pode-se dizer que um apoio explícito à candidatura tucana seja bastante improvável. Se acontecer, poderá abalar a campanha governista. O problema, para Dilma e Lula, é que, como o apoio de Marina à chapa petista seria algo relativamente natural, a neutralidade marineira também colocará a candidatura do governo ainda mais em xeque. Se decidir ficar à margem da disputa, sem apoio a candidato algum, Marina Silva estará dizendo aos eleitores algo nesta linha: "Conheci de perto o trabalho de Dilma Rousseff, fui sua colega de ministério por cinco anos. Também lutei ao lado de Lula e dentro do PT por mais de 20 anos. Mas minha decepção com este governo foi tão grande que, apesar disso tudo, não consigo apoiar a continuidade do projeto político petista." Tais palavras certamente não sairão da sua boca, mas o eleitor, a partir do seu gesto, as lerá nas entrelinhas.

Disputas internas ocorrem em todo e qualquer partido deste planeta. Até mesmo na Coreia do Norte há algum nível de tensão dentro do partido único (com limites e riscos muito maiores, logicamente). O que ocorreu entre Marina Silva e Dilma Rousseff parece ter sido menos grave do que o eterno embate entre Tony Blair e Gordon Brown nos dez anos em que governaram juntos a Grã-Bretanha. Nem por isso Blair deixou de fazer campanha para o ex-amigo/adversário. Em tese, com base em sua biografia política, Marina teria todas as condições e razões para apoiar Dilma Rousseff. Mas talvez a ex-candidata verde tenha se desiludido tanto com o governo Lula que simplesmente não consiga mais sancionar um projeto que abandonou no meio. Nesse caso, José Serra, que já deixou dois ex-petistas para trás na primeira votação, pode acabar rindo por último (e bem melhor). Se tamanho desastre se abater sobre a cabeça do presidente Lula, restará a ele e ao PT apenas olhar para trás e lamentar o que poderia ter sido.

Por que um, por que outro

Rogério Simões | 12:46, segunda-feira, 4 outubro 2010

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serradilmablog.jpgA ex-companheira de Lula acabou mesmo brilhando. Marina Silva tornou-se o elemento surpresa do primeiro turno da eleição presidencial e atrapalhou os planos do seu ex-colega de ativismo e partido. Ao perder a ministra Marina dois anos atrás, Luiz Inácio Lula da Silva deve ter pensado: "Paciência...". Certo de que Dilma Rousseff e seu desenvolvimentismo eram o caminho à frente, Lula certamente não imaginava que a antiga heroína dos seringueiros pudesse liderar uma chapa presidencial de peso e convencer quase 20 milhões de brasileiros a segui-la. Em tempos de aquecimento global, Marina Silva e o Partido Verde registraram um feito que já entra para a história da jovem democracia brasileira.

O PT e o o Palácio do Planalto começam agora a traçar sua estratégia para convencer aqueles que não votaram em Dilma Rousseff a optar por sua candidatura. É interessante tentar entender, então, por que a candidata escolhida a dedo por Lula, um presidente com cerca de 80% de popularidade, não venceu o pleito já no primeiro turno. Por que, afinal, 54 milhões de eleitores preferiram dar seu voto a um dos outros oito candidatos? E por que 47 milhões de eleitores mostraram-se convencidos de que Dilma é a melhor opção para o Brasil?

Quem votou em Dilma claramente está feliz com o estado atual do Brasil. Não com tudo, obviamente, já que o país ainda tem problemas (na saúde, segurança, habitação etc) que levam gerações para ser solucionados. Mas os eleitores da candidata do governo querem a continuidade do que têm hoje, do projeto político e econômico de Lula. Isso inclui o forte investimento na área social, o aumento do poder de compra das classes menos favorecidas e o fortalecimento do setor público, do aumento da participação estatal na Petrobras à expansão do funcionalismo. Também inclui uma política externa mais agressiva, de liderança regional e engajamento em questões delicadas mundo afora. Mais: aqueles que votaram em Dilma podem até não gostar das críticas de Lula à imprensa e mesmo se indignar com as acusações de tráfico de influência na Casa Civil. Mas acreditam que tais problemas sejam menores diante do projeto do PT para o país, que reduziu a pobreza e a desigualdade ao mesmo tempo em que criou condições para altas taxas de crescimento econômico e colocou o Brasil num posto de importância crescente no cenário internacional. O eleitor de Dilma orgulha-se do Brasil de Lula.

Já quem não votou em Dilma Rousseff quer mudança. Provavelmente não concorda com a expansão do setor público ou com a relação de proximidade entre Estado e sindicalismo. Também talvez não concorde com a política externa mais ousada e muitas vezes polêmica adotada pelo Itamaraty de Celso Amorim, que claramente elevou o status internacional do Brasil, mas também o associou a alguns regimes controversos. Quem votou em José Serra, Marina Silva ou outros deve ainda ter se revoltado com as denúncias envolvendo a Casa Civil. Também pode não gostar da personalidade de Dilma Rousseff, tida por muitos como autoritária nas relações pessoais, nem da forma como o presidente Lula tem conduzido a relação entre governo e imprensa. A extrema confiança do governo federal em sua forma de lidar com o setor de comunicação pode atrair muitos brasileiros, que veem em ações da imprensa a tentativa de minar o Executivo. Mas também pode alienar outros, que querem governantes mais receptivos a críticas e investigações. Em tempo: os que não votam em Dilma alegando fisiologismo nas alianças políticas devem se lembrar que, no Brasil, a prática não foi patenteada por nenhuma legenda. A relação entre PT e PMDB sob Lula é parecida com a relação entre PSDB e PFL sob Fernando Henrique Cardoso. Justificável ou não, o modelo tem sido aplicado no Brasil de forma verdadeiramente democrática, ou seja, por praticamente todos.

Olhando para os argumentos acima, talvez seja mais fácil entender as opções dos brasileiros para o segundo turno. Não se tratará apenas de um plebiscito sobre o governo Lula ou sobre Dilma, já que agora o voto anti-Dilma não terá mais Marina Silva como opção. O tucano José Serra terá seu passado, seus projetos e sua personalidade avaliados tanto quanto os de Dilma. Pelo menos em tese, segundos turnos são úteis para que o debate em torno de propostas e estilos seja aprofundado e para que os eleitores decidam não necessariamente quem desejam ver no poder, mas quem preferem. Trata-se de uma escolha entre um e outro. Por que votar em um, por que votar no outro. Ou por que não votar em um ou não votar no outro. Agora é hora de decisão. É isto ou aquilo.

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