Brasil ol铆mpico!
Eleita pelo Comit锚 Ol铆mpico Internacional como sede dos Jogos Ol铆mpicos e Paraol铆mpicos de 2016, a cidade do Rio de Janeiro apresentou durante sua campanha aspectos 煤nicos, que n茫o podem passar despercebidos.
Pela primeira vez na hist贸ria dos Jogos Ol铆mpicos, o Brasil competiu de igual para igual com tr锚s pa铆ses ricos, fato impens谩vel num passado recente.
Imaginem a rea莽茫o do COI a uma candidatura de uma cidade brasileira no come莽o da d茅cada de 1990, tentando desbancar a tradicional Madri, a din芒mica Chicago ou a endinheirada T贸quio.
Ningu茅m levaria a s茅rio. Afinal, a economia brasileira estava afundada numa espiral de hiperinfla莽茫o e o pa铆s vivia um turbilh茫o pol铆tico com a redemocratiza莽茫o gradual.
Agora, menos de 20 anos depois, ouvimos um presidente brasileiro falar com seguran莽a que o pa铆s tem condi莽茫o financeira de arcar com os custos de constru莽茫o de uma vila ol铆mpica, de complexos esportivos, est谩dios modernos e demais obras de infraestutura necess谩rias a um megaevento deste porte.
Tomara que a chance n茫o passe em branco. Tomara que desta vez se consiga aproveitar a prosperidade e entrar com a cara e a coragem nesse embalo primeiro mundista, mesmo que seja apenas na 谩rea esportiva. J谩 茅 um come莽o e tanto.
No discurso de apresenta莽茫o em Copenhague, o presidente Lula ressaltou a paix茫o do povo brasileiro pelo esporte.
脡 verdade, temos uma aptid茫o esportiva quase que natural. A gente se adapta facilmente, vai aprendendo a gostar, treinamos com equipamento inadequado, improvisado e sem apoio. E ainda conseguimos resultados surpreendentes.
Tomara ent茫o que desse 铆mpeto ol铆mpico saia um planejamento s茅rio para a forma莽茫o adequada de atletas brasileiros. Tomara que haja investimento na cria莽茫o de centros de treinamento para todas as modalidades nos quatro cantos do Brasil.
Tomara que as jovens promessas brasileiras no atletismo, gin谩stica, nata莽茫o, enfim, nos esportes ol铆mpicos ou n茫o, possam receber amparo financeiro que permita dedica莽茫o plena e garanta o desenvolvimento atl茅tico para que possamos competir em n铆vel internacional.
Se come莽armos agora, com a seriedade que o presidente prometeu dedicar ao plano 2016, teremos grande chance de melhorar a posi莽茫o do Brasil no quadro de medalhas, finalmente ultrapassando Noruega, Ucr芒nica, Eti贸pia, Qu锚nia, Hungria, Pol么nia, Rom锚nia, Jamaica e Belarus, para citar apenas alguns pa铆ses que nos superaram em Pequim em 2008.
Seria realmente um avan莽o digno das promessas dessa era pr茅-sal, que, se bem aproveitado, poderia acabar deixando para a hist贸ria da era pr茅-real as medalhas de ouro em desnutri莽茫o, em analfabetismo, em desigualdade social e em m谩 distribui莽茫o de renda.
O povo brasileiro aguarda ansioso a oportunidade de poder competir e brilhar.
