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Nova Orleans, cinco anos depois do Katrina

Alessandra Correa | 10:32, sexta-feira, 27 agosto 2010

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Em meio a diversos eventos para marcar os cinco anos da passagem do furacão Katrina por Nova Orleans, uma pesquisa mostra que a maioria dos americanos acredita que o país não está melhor preparado para desastres naturais do que estava em 2005.

Segundo o levantamento do Instituto Pew Research Center, 57% dos entrevistados dizem que os Estados Unidos não estão melhor preparados, mas 69% afirmam que houve progresso na reconstrução da área afetada pelo Katrina.

Em 2006, ano seguinte ao desastre, só 56% viam progresso nos esforços de reconstrução.

Desde que cheguei a Nova Orleans, na quarta-feira, pude ver de perto alguns exemplos da recuperação da cidade, cinco anos depois de o Katrina ter deixado milhares de mortos e mais de 200 mil casas danificadas.

O French Quarter, principal bairro turístico, está completamente recuperado. Em várias outras áreas as casas também estão reconstruídas.

Há, porém, regiões em que os efeitos do Katrina ainda são bem visíveis, como o Lower 9th Ward, área pobre às margens do rio Mississippi que foi uma das mais arrasadas pelo furacão e que ainda tem várias casas destruídas.

Caminhando por lá, encontrei por acaso Michael Brown, o ex-diretor da Fema, a agência que responde às situações de emergência nos Estados Unidos.

Brown renunciou ao cargo poucos dias após a passagem do furacão, em meio a críticas sobre a atuação do governo.

Ele parece concordar com a pesquisa do Instituto Pew. Em nossa breve conversa, ele me disse que os Estados Unidos correm o risco de ser atingidos por outro desastre natural como o Katrina e que é preciso estar preparado.

Perto dali, no rio Mississippi, puder ver os diques que se romperam um dia após a passagem do Katrina, inundando Nova Orleans, já recuperados.

Resta saber se, no caso de um novo furacão dessa magnitude, eles realmente vão resistir melhor.

O centro islâmico em Nova York e a religião de Obama

Alessandra Correa | 03:49, quinta-feira, 19 agosto 2010

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Uma pesquisa do instituto Pew Research Center mostra que quase 20% dos americanos acreditam que o presidente Barack Obama é muçulmano.

A mesma sondagem revela que apenas 34% dos americanos sabem que o presidente é, na verdade, cristão - uma redução em relação à época em que ele tomou posse, quando quase metade da população identificava sua religião corretamente, e 11% pensavam que fosse muçulmano.

Teorias da conspiração sobre a religião e o local de nascimento do presidente se espalham pela internet desde antes de Obama concorrer à Casa Branca, mas agora podem voltar a ganhar força, alimentadas pela recente polêmica sobre a construção de um centro cultural islâmico próximo ao local dos ataques de 11 de Setembro, em Nova York.

A proposta foi aprovada pela prefeitura, mas é rejeitada pela maioria dos nova-iorquinos, que consideram a construção um insulto às vítimas dos atentados de 2001.

Na semana passada, Obama entrou na polêmica e acabou transformando o tema no centro de um acalorado debate nacional, ao afirmar que o comprometimento dos Estados Unidos com a liberdade religiosa é inabalável e que os muçulmanos que vivem no país têm o direito de praticar a sua fé e de construir a mesquita.

A pesquisa do Pew Research Center foi feita antes dos comentários de Obama, mas parece indicar uma crescente desinformação sobre o presidente que já provoca inquietação na Casa Branca.

Diante da recepção negativa, Obama chegou a esclarecer seus comentários um dia depois, ao dizer que se referia ao direito dos muçulmanos de construírem o centro islâmico, e não especificamente ao local escolhido.

Mas o estrago já estava feito e, segundo os mais pessimistas, pode respingar nas eleições legislativas de novembro, ao garantir munição extra à oposição, que deve tentar tirar proveito de uma questão tão delicada para muitos americanos, e impor mais um obstáculo na luta dos democratas para manter o controle do Congresso.

Americanos enfrentam filas e caos em busca por moradia

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Alessandra Correa | 16:53, sexta-feira, 13 agosto 2010

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A cidade de Atlanta, capital da Geórgia, foi palco nesta semana de um episódio que serve para ilustrar os efeitos da lenta recuperação da economia na vida real dos americanos.

A notícia de que a administração local estava com inscrições abertas para candidatos a receber subsídio para alguel e moradia atraiu uma multidão a um shopping center da cidade.

Cerca de 30 mil pessoas formaram fila, algumas acampadas no local por vários dias, para disputar 200 vagas em moradias públicas e 455 em subsídios para aluguel. Outros 13 mil puderam se inscrever em uma lista de espera.

Na confusão, mais de 60 pessoas ficaram feridas e pelo menos 20 tiveram de ser hospitalizadas.

O caso mostra como ainda há um longo caminho até a recuperação da economia do país, passada a crise mundial.

Dois anos depois do colapso do mercado imobiliário americano (que mais tarde evoluiu, chegou ao mercado financeiro e acabou contaminando a economia mundial), ainda há milhares de pessoas sem acesso a moradia no país.

Mudanças na política habitacional nos últimos anos também contribuíram para a redução no número de moradias públicas disponíveis nos Estados Unidos.

Some-se a isso o fantasma do desemprego, que afeta quase 15 milhões de americanos (levando-se em conta apenas os que estão procurando trabalho, e não os milhares que já desistiram de encontrar uma vaga), e é possível apostar que incidentes como o de Atlanta podem se repetir até que a economia do país finalmente acerte o passo.

Festas para Obama

Alessandra Correa | 18:04, quarta-feira, 4 agosto 2010

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O presidente Barack Obama vai passar seu 49º aniversário, nesta quarta-feira, sem a companhia da família.

A primeira-dama, Michelle, e a filha mais nova, Sasha, estão na Espanha. A filha mais velha, Malia, passa as férias em um acampamento de verão.

Segundo o porta-voz da Casa Branca, Obama viaja no fim do dia para Chicago, seu berço político, onde deverá celebrar a data em um jantar com amigos.

Apesar da comemoração discreta, várias festas vão ser realizadas em todo o país para marcar o aniversário do presidente.

No momento em que diversas pesquisas de opinião indicam que a popularidade de Obama anda em baixa, a ideia é aproveitar a data para reativar a rede de apoio ao presidente.

Milhares de apoiadores, que com sua mobilização ajudaram Obama a chegar à Casa Branca, receberam convites para festas por email. Caso não possam comparecer, há a opção de assinar um cartão de aniversário para o presidente.

Esses eventos são realizados também já de olho nas eleições legislativas de novembro e no apoio de que os democratas tanto vão precisar para tentar manter o controle do Congresso.

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