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Caso de saúde pública... O debate continua

Monica Vasconcelos | 2007-07-31, 12:06

Quando escrevi esse blog, tinha lá no íntimo uma esperança de que os leitores fossem responder contando histórias positivas, de pessoas que dependem da saúde pública no Brasil e que tiveram boas experiências.

Ao invés disso, recebi várias críticas, algumas pessoais, por ter ousado compartilhar minha experiência.

Se tiverem o cuidado de ler meu texto direito, vão ver que não critiquei a medicina brasileira, muito pelo contrário. Só critico o fato de que a medicina cinco estrelas que existe no país não esteja disponível para todos, como eu gostaria.

Porque meu pai, um médico que sempre fez medicina por amor e vocação, me ensinou desde criança que medicina não deve jamais ser um comércio.

Na Grã-Bretanha, ela é pública, o que em princípio é uma coisa maravilhosa. Mas os resultados são bastante irregulares.

Estou à procura de alternativas possíveis para uma saúde melhor para todos.

Que tal fazermos uma discussão construtiva?

dzԳáDzDeixe seu comentário

  • 1. à 05:50 PM em 31 jul 2007, Coiote escreveu:

    Concordo, absolutamente, com você. O que acontece é falta de vontade política, digo isto tanto no que se refere aos nossos governantes quanto ao povo - vida de gado? - que nada diz, que nada reage. Veja o exemplo de Cuba. Uma ínfima ilha, isolada pelo mundo (cadê nós mais uma vez!!!) com uma renda percapita mais de 2 vezes menor que a nossa, uma das menores economias, pobre. Quando se trata de educação ou saúde, é primeiro mundo. Isso é um exemplo!!!

  • 2. à 06:32 PM em 31 jul 2007, Ludi escreveu:

    O sistema de saúde do Brasil é universal, assim como na UK.
    Queira ou não, nosso sistema (brasileiro) é ótimo porém falta os recursos necessários para que o acesso seja uniforme e isonômico.
    No país, e se você olhar São Paulo você vai notar isso bem claramente, houve a escolha de criar grandes centros de tratamento especializado em vez de pequenas unidades avançadas espalhadas pelo estado/país.
    Todo mundo acaba indo no mesmo lugar (inclusive de outros países do cone sul) o que dificulta e muito o atendimento.

    E só pra deixar claro, se você sofrer um acidente grave e precisar de algum tratamento especializado ou de emergência, pode ter certeza que em algum momento você passará em centro especializado do SUS, inclusive se você tiver plano de saúde (e eles dão prioridade [mutreta] no atendimento desses segurados).

    44 bilhões economizados até agora pra pagar juros da dívida. Imagina o potencial de 44 Bi investidos na saúde em um ano apenas.

  • 3. à 12:48 AM em 01 ago 2007, alexandre escreveu:

    deselitizar a função médica seria um bom começo. Acredito que mais do que a saúde física do povo brasileiro, devemo-nos preocupar paralelamente com a saúde cultural, pois a permissividade da pessoas com o descaso de dinheiro público , falta de comprometimento com a causa social por parte da "elite pensante" desse país são fatores que colaboram sensivevelmente para a degradação desse serviço público. A medicna preventiva , saneamento básico,etc..., mas principalmente a cobrança por parte dos interessados do direcionamneto correto dos recursos.

  • 4. à 03:18 AM em 01 ago 2007, Loan escreveu:

    ôԾ,

    Acho que você sentiria saudades de ter sido filha de médico. Seu pai, como os médicos mais velhos, podia se dedicar ao sacerdócio, já que ele tinha a segurança de que o básico necessário para uma família de classe média estava garantido. Inclusive acesso aos melhores profissionais, normalmente sem custo.

    Hoje os profissinais de saúde estão desistimulados, trabalhando em condições estruturais precárias e se perguntando se poderão manter o nível de vida que seus pais lhes proporcionaram. Hoje médico paga para ser atendido por médico. Compare os valores pagos aos cargos de médicos nos concursos públicos com os pagos aos promotores, servidores dos tribunais superiores e legislativo. A formação do médico se completa após 10 anos e esse será relamente um médico com um mínimo de 10 anos de atuação. O custo pessoal não está valendo o sacerdócio que a população deseja e exige, mas não faz pressão para uma melhor remuneração junto com melhores serviços.

    Por outro lado, lembre-se que um médico recém formado resolve 80 a 90% dos atendimentos. O restante deve ser encaminhado ao especialista. Talvez o erro seja na pressão feita sobre os médicos Ingleses para que esses encaminhamento sejam reduzidos ao máximo. Isso para evitar a superespecialização da medicina (especialista em olho direito de vesgo...) A pergunta que fica: Você foi examinada e tratada como uma pessoa pelo médico ou como uma doença em uma pessoa?

  • 5. à 03:54 AM em 01 ago 2007, José Gomes Ruiz escreveu:

    Prezada Monica Vasconcelos
    Obtive resultados favoraveis, com meu problema de saúde, após um médico da saúde publica concluir o seguinte: Zé aqui nesta cidade não da para resolver o caso que lhe aflige: "Epilepsia". Não há equipamentos para um aprimorado resultado final. Vou lhe encaminhar a dois locais, você decide: UNIFESP-HSP ou Hospital da Clinicas; fui ao HSP, lá já estava em tratamento do SONO. Após um certo cançasso, problema resolvido, não tenho mais "crises" há 4 anos; valeu a pena sofrer filas, obstaculos, demora, etc. Quando nos decidimos a enfrentar a situação, podemos resolver os problemas. Até orgãos do governo arrolei ao fato!

  • 6. à 04:04 AM em 01 ago 2007, elza escreveu:

    Nao moro no Brasil,mas tive experiencia de ser atendida pela rede de saude publica em Sao Paulo e tambem no Rio de Janeiro, nao ficou devendo nada para o tipo de atendimento que tenho nos EUA.Tirando as frescuras, gosto mais da relacao medico-paciente do Brasil.

  • 7. à 02:13 PM em 01 ago 2007, Isadora escreveu:

    A crítica é mais do que construtiva, pois a maioria concorda que a autora deveria ter um pouco mais de bom senso em seu discurso.
    Vou ousar de novo ( Já que, segundo a Sra. Mônica "ousei" partilhar da sua experiência)
    Pense bem , se a Sra. Monica se entitula Jornalista, quem deveria ter cuidado na forma de expressar seu pensamento é ela que, além de administrar esse blog, puxou o assunto.Ela insinua que as pessoas que criticaram sua matéria ( a grande maioria por sinal) não entenderam o que ela quis dizer... Que prepotência e arrogância da Sra. Monica, que mostra que 16 anos na Inglaterra,transformam um Brasileiro em um Britânico legítimo, pelo menos no discurso!

  • 8. à 02:24 PM em 01 ago 2007, Isadora escreveu:

    NOTA: quando digo discurso ao modelo Britânico, estou me referindo ao deboche que esses fazem aos cidadãos não- Britânicos.

  • 9. à 03:41 PM em 01 ago 2007, Heloisa Borges escreveu:

    ôԾ,

    Assim como você acha que as pessoas não entenderam seu texto, eu desconfio que você não entendeu as críticas.

    Histórias felizes existem, e algumas foram contadas. Histórias tristes também. Assim é a vida. Se todos ficarmos aqui contando histórias felizes ou tristes a discussão não vai a lugar nenhum (até porque meia dúzia de depoimentos postados não podem ser considerados uma amostra significativa, assim como você não pode generalizar sua experiência e a da sua amiga para falar do sistema de saúde inglês como um todo).

    É claro que o pior hospital do Brasil é bem pior do que o pior hospital da Inglaterra, e que o nosso melhor hospital público não fica devendo nada ao melhor hospital público daí. O problema está, como alguns leitores identificaram, na média.

    Ou seja, a questão não é saber se algumas pessoas conseguem excelente tratamento público, ou se em alguns campos o tratamento de excelência está disponível para todos... a questão é identificar se a pessoa com bronquite, pé quebrado, sinusite e outras coisas mais ou menos simpes consegue tratamento satisfatório.

    Pessoalmente eu acho que o problema no Brasil é justamente a inexistência desse filtro que você critica na Inglaterra. Os hospitais e as emergências estão lotados porque há diversos casos que não são emergências e não deveriam estar lá. As pessoas vão por falta de opção, ou por desconhecimento, ou mesmo porque não confiam nos postos de saúde.

    Ainda, eu tenho minhas dúvidas da abrangência que deve ter a saúde pública. Pessoalmente, eu não acho que um tratamento ainda experimental, caro, que depende de medicamentos importados a milhares de dólares a dose e, ocasionalmente só pode ser realizado no exterior, deva ser suprido pelo sistema público de saúde. Cada vez que o SUS paga um tratamento deste tipo (seja por indicação dos médicos seja, como muitas vezes ocorre, por determinação judicial), são deslocados recursos de atendimentos mais básicos, prioritários e que poderiam salvar muito mais vidas.

    O que estou colocando aqui é uma outra discussão, acerca da abrangência que deve ter um sistema público de saúde. Isso porque nenhum governo do mundo tem dinheiro para atender a absolutamente todas as demandas, para fazer todos os tipos de exames que os pacientes gostariam que fossem feitos ou para garantir a todos um atendimento especializado para qualquer coisa. Há trade-offs envolvidos aí e, dado que o orçamento é limitado, escolhas devem ser feitas.

    Essas escolhas são feitas pelas pessoas que elegemos para tanto e, se discordamos da forma como isso acontece, se discordamos da ordem de prioridades dos governantes, cabe aos eleitores votar em propostas distintas, escolher outras pessoas para governar.

    çDz,
    Heloisa.

  • 10. à 05:23 PM em 01 ago 2007, Robson escreveu:

    LEI MAXIMILIANO GARCIA: todos os servidores públicos e políticos empossados são proibidos de usufruir de serviços privados de educação e saúde, sob pena de exoneração.. ficção que li em algum lugar, mas que consertaria o Brasil rapidinho...

  • 11. à 10:35 PM em 01 ago 2007, Mig uel Lenz escreveu:

    O problema, minha cara, se resume numa coisa só: Dinheiro!Coisa que a Inglaterra tem e nós, infelizmente, temos mas nos bolsos de politicos corruptos de todas matizes.

    Na verdade, existe um descompasso muito grande entre as "possibilidades de fazer" e a "realidade do feito" no Brasil, pois tudo que se investe em educação, saúde, etc., possui um componente fortíssimo de desvio, a corrupção.

    Além disso, a assistência médica brasileira também é dicotômica:àquela voltada para o INPS, precária e ineficiente, e àquela voltada à burguesia, à exuberante burguesia nacional, àquela que esbanja confôrto e status social.E o pior de tudo: grande parte dos médicos brasileiros consideram a grande massa nacional como pertencente a esta última camada social, cobrando preços absurdos por qualquer "tratamentozinho de dor de barriga"Nesse sentido, "médicos sacerdotes", como foram citados acima,só existem no imaginário nacional, sendo excluidos pela classe por não "serem cooporativistas" e não defenderem uma classe que leva anos para se formar!!"Ora, se são médicos, têm a obrigação de tratar todos iguais, afinal, não fizeram o tal de "Juramento de Hipócrates"?

    Por isso que em Cuba, apesar dos médicos ganharem um pouco mais de dois salários mínimos, existe uma medicina de Primeiro Mundo, afinal, eles são realmente "sacerdotes"

    Aqui, médico é uma casta superior,uma espécie de "RAÇA ARIANA", ACIMA DO COMUM DOS MORTAIS, NÓS!PARA MAIORIA DESSE TIPO DE MÉDICO (O da classe burguesa, aquele que olha com cabeça empinada e visão esguia a seus pobres pacientes ), a massa ignara que adentra a seu consultório pertence a um outro planeta, a um outro mundo não digno de sua sabedoria e de sua "qualidade social superior", afinal, dizem eles, "levamos anos para nos formar", como se em outras profissões também não há esta necessidade

    É por isso que a profissão de curandeiro está prosperando tanto no Brasil, principalmente de "curandeiros Bíblicos", que com um livro na mão, "espantam os demônios da doença", bastando que se pague um mísero dízimo.

    Pobre Brasil!, qual será teu futuro?!

  • 12. à 10:48 PM em 01 ago 2007, Mig uel Lenz escreveu:

    No Brasil, o sujeito que tem determinadea doença que exige tratamento mais ou menos prolongado, se sente que está sendo levado à morte, à destruição e não pode fazer nada! Mas isso não significa que doente não fique curado do corpo, não; o problema dele, depois desse tratamento, vai ser sua alma, pois ficará totalmente dependente de parentes a amigos, isto em razão de ter de descartar seu capital para pagar os absurdos médicos.Assim, à vezes ele pensa se não teria sido bom morrer, afinal, que tipo de vida vai levar depois que ficou na miséria?E isto é mais trágico ainda com pessoas mais velhas: além de serem delipidadas pelos tais de "facultativos "e a máfia dos hospitais, terá de aguentar ser tachado de inútil e "parasita"

    o idoso, está sendo assassinado por representantes de uma elite que se julga acima dos demais por terem "estudado muito" e merecer"conforto e bem estar", pois ela possue a chave de nossa vida ou morte.

  • 13. à 01:56 AM em 02 ago 2007, Miguel Lenz escreveu:

    Outra coisa: Não existe algo mais irritante em certos médicos brasileiros, principalmente nos “Arianos”( como acentuei antes, os que se julgam uma “raça superior” em relação a outros habilitantes desse país) do que seu ar de “superioridade” em relação a nós, simples mortais, quando procuramos seus préstimos profissionais. Um médico, nesta condição, mais se parece com um Benito Mussolini ao declarar Guerra à Ethiópia, nos anos 30 do século passado: Queixo empinado, boca sardônica, olhar distante e com um viés de desprezo e pura malícia, pescoço reto como uma espada na mão do Paxá Omar, nádegas levemente levantadas, peito para fora e mãos saltitando impacientes numa mesa, esperando que tal paciente “cai fora de vez”.Lógico que o doente fica amedrontado com tal “presença”, afinal, está na frente de um “Deus “ e só lhe resta esperar sua declaração de morte e de vida...

    Estes dias, lendo um trabalho científico , produzido pelo professor Francisco de Assis Rocha, coordenador do Laboratório de Farmacologia Molecular da UNB, que provou os efeitos terapêuticos do extrato da planta medicinal conhecida por Pata de Vaca no controle da glicemia, deparei com um desses “Benitos Mussolinis”, um desses “médicos sabem tudo” e que não aceitam o que não existe em seus manuais.acadêmicos Para este Mussolini, esta “pesquisa é mentirosa”!, a “Pata de Vaca não serve para nada”!!, etc., etc.Pensei com meus botões: Se o professor Rocha estivesse na Alemanha, Grã Bretanha e outros “paises subdesenvolvidos”, poderia ter uma aceitação bem maior em suas pesquisas junto ao corpo médico de lá, do que desses “deuses clínicos” de países desenvolvidos como o Brasil

  • 14. à 11:19 AM em 02 ago 2007, leonor escreveu:


    costumo ler a bbc e encontrei este artigo bastante humano e sensato de sua parte. o meu comentario é o seguinte, nao estou no brasil mas num local onde a saude tem os mesmos problemas.

    eu acho que tento a água, como a educacao e saude, deveria ser de acesso de todo o cidadao, nao suporto negócia de venda de água, garanto-lhe que se o ar se pode-se vender ja seria negocio.

    um abraço

  • 15. à 05:55 PM em 08 nov 2007, zelia marisa dos santos escreveu:

    moro na rua sao felix do piaui 603
    cep 0822Q95-030 ITAQUERA . dentro da minha casa ha um vasamento do esgoto que vem da casa do vizinho, ja fiz varias reclamações pessoalmente e nada resolveram, quando chove a situação fica ainda pior, pois minha casa enche de agua suja.minha filha de 11 anos teve suspeita de dengue, eu estou muito preocupada e gostaria de providencias, agradeco desde já.

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