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O rio Amazonas na TV britânica; leia e comente

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Neli Pereira | 13:49, terça-feira, 28 outubro 2008

Comentários (10)

amazon_203.jpg Há uma semana, os britânicos puderam acompanhar - certamente colados na tela da televisão e com a pipoquinha ao lado - o último episódio da série Amazon, apresentada por Bruce Perry e transmitida pela ³ÉÈËÂÛ̳2.

Dividida em seis partes, a série mostrou a viagem de Perry pelo rio Amazonas, desde a nascente, nos Andes, até o encontro com o mar no estado do Pará. No total, o aventureiro viajou mais de 6 mil quilômetros por mar, ar e terra e mostrou em vídeo a vida das comunidades ribeirinhas.

Por um lado, Perry faz um pouco mais do mesmo ao mostrar um roteiro bastante tradicional das produções estrangeiras em terras amazônicas e, principalmente, em tribos indígenas.

Ele mostra a pesca do Pirarucu e dos jacarés, toma a ayahuasca, dorme em redes em barcos e no meio da floresta Amazônica. Na fronteira, ele documenta o tráfico de drogas e durante o trajeto, o desmatamento da região e os projetos de desenvolvimento sustentável.

No entanto, a série Amazon vai além desse olhar, principalmente pela abordagem bastante pessoal de Perry nas comunidades que visita.

Em um dos episódios, Perry mostra uma mina de ouro ilegal em Grota Rica, enquanto em outro ele vai a festas com milionários na cidade de Manaus e assiste a um jogo de futebol da seleção brasileira em uma aldeia de pescadores.

De certa forma, a série conseguiu revelar com certa intimidade a diversidade do maior rio do mundo e das comunidades banhadas pelo Amazonas. E sua viagem foi acompanhada, de perto, por milhões de expectadores britânicos, ávidos por conhecer as muitas facetas da região.

Além da série, Perry lançou ainda o CD Amazon/Tribe - Songs for Survival. O álbum é dividido em duas partes: a primeira, intitulada Amazon, traz composições originais feitas a partir de gravações que a equipe fez durante a viagem.

Nessa parte, músicos como Cat Stevens, KT Tunstall, Coldplay e A-ha mostram faixas originais inspiradas nas gravações. Já a segunda parte do álbum traz samples de gravações feitas in loco pelo apresentador.

As águas do Amazonas acabam de banhar a televisão britânica e devem também invadir as ondas do rádio. Eu, brasileira que só, sinto que as mesmas águas não banhem com tanta freqüência a televisão aberta aí desse Brasil, que tanto olha para fora e é tão ávido por conhecer a si mesmo.

Para assistir trechos da série, acesse: /amazon

Vida íntima na televisão

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Iracema Sodre | 14:50, terça-feira, 14 outubro 2008

Comentários (6)

Eu sempre me perguntei o que faz alguém ir para frente de uma câmera de televisão e expor detalhes de sua vida pessoal.

Um documentário exibido recentemente aqui na Grã-Bretanha trouxe uma das respostas possíveis para esta pergunta.

(ou 'Escolhidos', em tradução livre) conta a história do abuso sexual sistemático sofrido por três meninos num internato britânico. Hoje adultos, eles explicam por que mantiveram o silêncio por 30 anos e por que, agora, decidiram vir a público.

Tom, Alastair e Mark foram vítimas de diferentes professores na mesma escola, mas se sentiam em parte culpados pelo abuso, tinham vergonha do que tinham passado. Eles também não queriam que seus pais tivessem a certeza de que o colégio escolhido a dedo por eles e os professores que eles tanto respeitavam tinham causado tamanho sofrimento a seus filhos.

Agora, com os pais mortos e com os próprios filhos como lembrança constante da fragilidade das crianças diante de predadores sexuais, eles decidiram contar a própria história como alerta sobre o que acontece à nossa volta e sobre como os pedófilos agem.

Mas nem sempre os motivos para aparecer diante das câmeras são tão nobres. Há um caso aqui na Grã-Bretanha de um casal que mentiu sobre um relacionamento incestuoso só para ganhar os cinco minutos de fama na televisão.

Programas que prometem cirurgias plásticas, roupas novas e conselhos sobre estética também levam as pessoas a se expor de forma por vezes exagerada em troca do "prêmio".

Mas eu acho que também há pessoas que acreditam que falar sobre experiências íntimas na TV - em programas de auditório, onde são julgadas sob aplausos ou vaias da platéia, por exemplo - pode funcionar como uma forma de terapia. Ou pelo menos é isso que os produtores dos tais programas devem ter falado para eles...

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