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Arquivo para março 2009

Sem xampu pela natureza?

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Eric Camara | 15:11, segunda-feira, 30 março 2009

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Um estudo de cientistas das universidades britânicas de Birmingham e Warwick afirma que produtos como xampus, amaciantes de roupas e desinfetantes estão facilitando o crescimento da população de bactérias super-resistentes.

O alerta foi feito depois que os pesquisadores recolheram amostras de águas de esgoto em diversas regiões britânicas, que revelaram altos níveis de bactérias resistentes a antibióticos.

O estudo indica que a alta resistência das famosas superbactérias encontradas em hospitais também é encontrada no meio ambiente, graças ao alto uso de detergentes, que dissolvidos no esgoto, acabam levando a um fortalecimento desses organismos.

Nos hospitais, foram introduzidas rígidas regras de higiene para evitar a disseminação das superbactérias.

E em casa, você consideraria reduzir o seu uso de xampú e outros detergentes para evitar a proliferação de superbactérias no meio ambiente?

Floresta ou mato?

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Eric Camara | 18:18, quinta-feira, 26 março 2009

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Aproveitando a passagem do ex-secretário de Meio Ambiente do Amazonas Virgílio Viana por Londres, o Planeta & Clima ouviu o especialista sobre a sigla do momento: REDD - redução de emissões por desmatamento e degradação.

Na terça-feira, Viana deu uma disputada palestra sobre as experiências nessa área da sua Fundação Amazonas Sustentável (FAS); projetos que levaram a ativista Bianca Jagger a classificá-lo de "herói ambiental", depois de uma visita.

Assista à entrevista completa.

No ano em que líderes mundiais se preparam para negociações de Copenhague, em dezembro, sobre um novo tratado para combater as mudanças climáticas, o interesse nas experiências de Viana, que esteve à frente do Meio Ambiente no Amazonas no período em que o Estado cresceu 9% ao ano, enquanto a área desmatada caiu cerca de 70%, tende a crescer ainda mais.

Criador do slogan "floresta vale mais de pé do que derrubada", Viana defende uma valorização dos produtos e serviços ambientais como forma de recompensar as populações locais pela preservação das florestas.

Você acredita nessa forma de desenvolvimento? Ou acha que os brasileiros devem ter o direito de derrubar a floresta para explorar os seus recursos naturais?

A hora do planeta

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Eric Camara | 20:03, quarta-feira, 25 março 2009

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No dia 28, vai ser marcada a terceira Hora do Planeta, um manifestação iniciada pelo grupo ambientalista WWF em 2007 na Austrália, e que desde então acontece todo ano no último sábado de março.

A ideia é apagar todas as luzes de onde você estiver às 20h30m, no horário local, para "dar um voto" pela Terra - em outras palavras, pressionar os líderes mundiais por um acordo de combate ao aquecimento global na reunião das Nações Unidas, em dezembro.

Você pode ver quem já confirmou a participação no evento em todo o mundo.

Os organizadores esperam atingir 1 bilhão de pessoas, mas também existe um para ACENDER luzes.

De que lado você vai ficar?

Vilões do aquecimento global

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Eric Camara | 15:46, segunda-feira, 23 março 2009

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Para muita gente, cidade é sinônimo de poluição. Mas, essa má fama pode ser injustificada, de acordo com o estudo do pesquisador David Dodman, do Instituto Internacional para Meio Ambiente e Desenvolvimento (, na sigla em inglês), aqui de Londres.

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O especialista em meio ambiente e urbanização descobriu que tanto nos países ricos como nos em desenvolvimento, as emissões per capita de gases do efeito estufa dos moradores de grandes cidades ficam invariavelmente abaixo das médias por pessoa dos países.

Assista aqui à minha entrevista com David Dodman.

No Rio de Janeiro, as emissões per capita ficam por volta de um terço da média brasileira; em São Paulo, representam apenas 20%. A tendência se repete em Nova York (menos de um terço) e Londres (pouco mais de metade).

Entre as conclusões da pesquisa, Dodman destaca o peso dos hábitos de consumo individuais - que independem da localização geográfica, embora sejam mais comuns no chamado Primeiro Mundo - mas que representam um importante fator nas emissões globais.

Você se considera um "vilão" do aquecimento global?

Mais pólvora

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Eric Camara | 21:50, terça-feira, 17 março 2009

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arcticiceap226i.jpgO alvoroço agora foi provocado por um artigo na última edição da publicação científica americana : um estudo com 52 especialistas afirma que existem 56% de chances de uma mudança dramática acontecer na Terra, se nada for feito para conter as alterações climáticas.

Foram avaliados cinco dos chamados "tipping points", algo como pontos sem volta, em termos científicos, capazes de influenciar o clima no planeta irreversivelmente: o desaparecimento da Amazônia, o derretimento da Groenlândia e da Antártida, a desaceleração da corrente do Golfo (que "esquenta" a Europa) e o fenômeno meteorológico El Niño.

As chances de pelo menos uma dessas "catástrofes" acontecer, caso o aquecimento global até 2200 fique em 4ºC, seriam de uma em seis. Caso ele ultrapasse este teto, o planeta pode chegar a vários desses pontos sem volta, e a probabilidade de pelo menos um deles ocorrer -- provavelmente o derretimento da capa de gelo da Groenlândia ou o desaparecimento da Amazônia -- sobe para 56%.

"Até o momento, um forte aquecimento de mais de 4ºC até 2200 parece um possibilidade clara", afirmou o coordenador do , Elmar Kriegler, do Instituto para Mudanças Climáticas de Potsdam, na Alemanha.

É bom lembrar que as análises levam em conta o ano 2200, ou seja, bem mais adiante que a maioria dos modelos, que costumam ir até 2100, no máximo. Na blogosfera, o estudo já vem despertando a ira dos céticos... Qual é a sua opinião?

Agora foi!

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Eric Camara | 21:43, terça-feira, 17 março 2009

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goce226.jpgA safra de 2009 era promissora no que diz respeito ao lançamento de satélites para monitorar a Terra, mas começou mal.

Há mais ou menos um mês, o satélite da Nasa Observatório Orbital de Carbono (OCO, na sigla em inglês)  -- que seria uma importante fonte de dados sobre emissões e absorção de CO2 no planeta -- não entrou em órbita por problemas no foguete que o transportava (leia a reportagem aqui).

Na segunda-feira, foi a vez da Agência Espacial Européia (ESA, na sigla em inglês) adiar novamente o lançamento do Explorador do Campo Gravitacional e Circulação Oceânica em Regime Estável (, na sigla em inglês) -- isso vinha acontecendo desde 2007, por problemas no sistema de navegação do foguete.

Mas dessa vez o problema na torre de lançamento foi rapidamente identificado e solucionado, e o satélite finalmente entrou em órbita nesta terça-feira.

O equipamento europeu vai mapear as diferenças na força do campo gravitacional ao redor do globo e também deve ser muito útil para o estudo do clima, já que o movimento dos mares e a elevação dos níveis oceânicos são fatores fundamentais nos modelos que simulam o sistema climático da Terra.

Já que 2009 promete ser também um ano decisivo para um acordo sobre mudanças climáticas, todo reforço científico é bem-vindo!

Ciência, clima e opinião pública

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Eric Camara | 10:24, sexta-feira, 13 março 2009

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Andei escrevendo aqui sobre o embate entre o IPCC e os céticos, e alguns leitores comentaram achar que o chamado consenso científico é "alarmista". Coincidentemente, saiu nos Estados Unidos uma pesquisa de opinião justamente sobre isso.

Os indicam que mais de 40% dos americanos acham que a preocupação sobre as mudanças climáticas é exagerada - a mais alta porcentagem em dez anos de pesquisa.

Por outro lado, mais de 2 mil cientistas de alguns dos mais respeitados centros de pesquisa do planeta passaram três dias em Copenhague, na Dinamarca, avaliando os estudos mais recentes sobre o assunto, e lançaram um alerta: as previsões mais pessimistas do IPCC já estão se transformando em realidade.

Entre elas, um novo estudo do conceituado Hadley Centre, aqui de Londres, que prevê a destruição de 85% da Floresta Amazônica em 100 anos se a temperatura média global subir 4 graus, como previsto em um dos cenários do Painel Intergovernamental para Mudanças Climáticas.

Me pergunto por que os cientistas parecem cada vez mais convencidos da gravidade do problema, enquanto a opinião pública parece estar ficando mais cética.

O que você acha?

Obama à mineira

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Eric Camara | 14:17, quarta-feira, 11 março 2009

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A semana começou com estardalhaço: por um lado, desde o fim de semana, céticos contra-atacando nos Estados Unidos (como apontei no post anterior); por outro, um alerta sombrio de cientistas reunidos em Copenhague (leia a reportagem).

No meio disso tudo, quase passou despercebida uma medida importantíssima do governo de Barack Obama: um projeto para inventariar emissões de gases do efeito estufa da indústria americana.

A agência de controle da poluição nos Estados Unidos (, na sigla em inglês) propôs na terça-feira uma regulamentação que obriga empresas que emitem mais de 25 mil toneladas métricas por ano a declararem a produção de gás carbônico (CO2), metano (CH4), óxido nitroso (N2O), hidrofluorcarbonetos (HFC), entre outros.

A proposta deve atingir já a partir do ano que vem cerca de 13 mil fábricas, responsáveis por entre 85% e 90% ddas emissões americanas

Na prática, esse é o primeiro passo no projeto de Obama para instituir um mercado de carbono nos Estados Unidos.

Os céticos contra-atacam

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Eric Camara | 11:01, segunda-feira, 9 março 2009

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Engana-se quem pensa que o veredicto do Painel Intergovernamental para Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) pôs um ponto final na discussão sobre a existência ou não do aquecimento global.

Em 2007, o grupo com milhares de cientistas de mais de 130 países - convocado pelas Nações Unidas para avaliar o conhecimento científico atual sobre alterações do clima - decretou em seu quarto relatório que o fenômeno é "inequívoco" e "muito provavelmente" (mais de 90% de probabilidade) provocado pela atividade humana.

Mas, saiu o cético George W. Bush, entrou Barack Obama - que, entre promessas de uma "revolução verde" nos Estados Unidos, incluiu no seu pacotão investimentos de US$ 80 bilhões em energias renováveis - e os céticos reaqueceram a discussão que andava morna.

Vou ficar em dois exemplos:

1. O repórter de meio ambiente Andrew Revkin, do New York Times, apontando exageros de ambos os lados a partir de dados científicos como o aumento/redução da cobertura de gelo dos pólos. Logo, um cético citado por Revkin, o colunista do Washington Post George Will contra atacou, criticando a ausência dos nomes das fontes usadas pelo jornalista. .

2. Nesta semana, o ex-vice-presidente americano Al Gore, prêmio Nobel por seu filme Uma Verdade Inconveniente (, participou de uma ³¦´Ç²Ô´Ú±ð°ùê²Ô³¦¾±²¹ sobre economia 'verde', organizada pelo Wall Street Journal, e foi criticado justamente por um dos céticos mais barulhentos, o dinamarquês , por não querer debater o consenso sobre as alterações climáticas.

Foi o suficiente para os céticos inundarem o blog do de críticas.

Em suma: enquanto a ciência continua a avançar na questão, o debate promete esquentar ainda mais, pelo menos os Estados Unidos de Obama.

Será que a maré pode acabar virando?

P:S. Neste domingo que passou, começou em Nova York uma sobre mudanças climáticas que pretende reunir dezenas desses céticos. Entre os cientistas e políticos esperados, está o presidente tcheco e atual ocupante da presidência rotativa da União Européia, Vaclav Klaus, que já chegou a dizer que "a mudança climática é um mito". Podem esperar mais uma declaração de repúdio ao consenso sobre mudança climática.

Como se adaptar às mudanças climáticas

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Eric Camara | 11:35, terça-feira, 3 março 2009

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Para quem pensa que as mudanças climáticas só atingem países distantes como Bangladesh, Papua Nova Guiné e outros pequenos países-ilha do Pacífico, o relatório do Banco Mundial "" (Pouco carbono, muito crescimento, em tradução livre) deve fazer pensar duas vezes.

O documento publicado no fim do ano passado não só traz as consequências das alterações climáticas para perto de casa, como sugere formas para os países da América Latina driblarem esses problemas e continuarem crescendo economicamente, sem aumentar as emissões de gases que provocam o efeito estufa.

Eu conversei sobre o assunto com o economista-chefe do Banco Mundial para sustentabilidade na AL, John Nash, que esteve aqui em Londres nesta semana e apresentou sugestões de como o Brasil pode começar desde já a se adaptar às mudanças climáticas, para entre outras coisas reduzir o aumento da pobreza que o problema deve, segundo o Banco Mundial, provocar nas áreas rurais brasileiras.

Assista a trechos da entrevista

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